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Com Biden empossado, confira o que deve mudar na guerra comercial com a China

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Um dos carros-chefes da administração Donald Trump, desde 2016, é a chamada trade war que o político republicano comprou com a China. Segundo Trump, a China pratica táticas econômicas irregulares e injustas, além de roubo de propriedade intelectual.

O resultado dessa briga são sanções sobre autoridades chinesas, proibições de empresas e aplicativos, e novas políticas tarifárias, que buscam valorizar o mercado norte-americano interno. Joe Biden, que assume hoje a presidência dos EUA, já assumiu querer continuar um nível significativo de tensões comerciais, mas seus métodos e severidade devem ser diferentes.

O democrata já sinalizou pretender reunir países de cunho parecido ideologicamente para tratar de assuntos de enfrentamento do governo de Xi Jinping. Em uma entrevista ao The New York Times, Biden disse: “Vai ser uma prioridade para mim nas primeiras semanas da minha presidência, para tentar nos colocar de volta à mesma página de nossos aliados”.

Em dezembro, Biden disse que a posição do país quanto à China vai ganhar força com a coalizão de países aliados.

“Enquanto competimos com a China e responsabilizamos a China por abusos no comércio, tecnologia e direitos humanos, e outras coisas, nossa posição vai ser muito mais forte quando construirmos coalizões com países que pensam semelhante e aliados”, disse Biden.

De certo modo, Joe Biden significa mais diálogos e retorno de alianças quebradas por Trump, mas também uma continuação de políticas anti-China. Biden já chegou a chamar o líder do país chinês de “criminoso”, e acusa o país de práticas que violam os direitos humanos.


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Tensões com os EUA provocam quedas nos índices chineses


Durante o último ano de Trump, diversas investidas foram feitas para boicotar empresas que segundo o republicano trabalham em conjunto com o exército chinês. Isso resultou no banimento da Huawei de receber investimentos dos EUA, e interrompendo os planos da empresa de construir torres 5G no país, e mais recentemente, no banimento da Xiaomi.

A briga dos Estados Unidos com a Huawei, uma das principais fornecedoras de equipamentos 5G no mundo, afetou inclusive o Brasil. O Itamaraty já sinalizou ser favorável ao banimento em uma visita do Subsecretário de Estado dos EUA para Crescimento Econômico, e indicou que pode fazer a mesma coisa aqui.

Além dessas duas empresas, Trump comprou uma briga, quase que pessoal, com os aplicativos TikTok e WeChat, que o presidente acusa de coletar dados dos usuários e passar para o governo chinês. No caso do TikTok, Trump aplicou um decreto para obrigar a ByteDance a vender o aplicativo para uma empresa norte-americana.

É incerto dizer o que Biden fará sobre os aplicativos, mas as gigantes empresas de tecnologia esperam que o democrata trate o assunto com mais diálogos. As ações da nova administração a respeito desses assuntos podem servir como um bom termômetro para compreender como os Estados Unidos devem tratar a China a partir de hoje.

A nova administração democrata provavelmente vai seguir os passos do governo de Barack Obama, quando Biden foi vice-presidente. Segundo Obama, a China faz práticas de roubo de propriedade intelectual, e quebra todas regras de comércio internacional. A diferença de Trump para Biden está no método e nos acordos com aliados, que podem facilitar as pressões contra a China.

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Juan Tasso - Smart Money

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