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Após meses de atritos e acusações de fraudes, o democrata Joe Biden é empossado como presidente dos Estados Unidos em uma cerimônia marcada para às 14h (horário de Brasília). Atipicamente, a cerimônia deve contar com plateia reduzida, e medidas intensas de segurança.

No Brasil, as notícias otimistas quanto ao início das vacinações são ofuscadas por intrigas políticas, que já prejudicam a confecção e importação de vacinas e matérias-primas importantes.

Esses e outros destaques você confere agora.

CERIMÔNIA DE POSSE DE JOE BIDEN ACONTECE HOJE EM WASHINGTON

Por volta das 14h de hoje, Joseph Robinette Biden Jr, democrata de Scranton, Pensilvânia, será empossado como o 46º presidente dos Estados Unidos. O político de 78 anos tomará posse em uma cerimônia em Washington, marcada por medidas severas de segurança.

A cerimônia atípica vai contar com plateia reduzida. Além das medidas aplicadas para evitar a disseminação do novo Coronavírus, que já matou 400.000 no país, Washington vive sob severas medidas de segurança depois do ataque no Capitólio. 25 mil agentes da guarda nacional devem acompanhar a cerimônia de posse do novo presidente.

As medidas para evitar algum tipo de interrupção da posse são severas ao ponto do Serviço Secreto divulgar um mapa contando com todas as ruas fechadas desde o dia 16 até o dia 21 deste mês.

Diversos artistas farão apresentações na cerimônia, como Lady Gaga, Bruce Springsteen e Jennifer Lopez. Também terá presença do ator Tom Hanks, primeiro artista de Hollywood a divulgar diagnóstico positivo de COVID-19 no início da pandemia.

Donald Trump, que ainda faz alegações infundadas de fraude nas eleições do país, não vai participar da cerimônia de posse de Biden. Apenas o vice-presidente, Mike Pence, deve participar.

Joe Biden tem a difícil missão de herdar um país marcado pela divisão e incertezas. Biden, que promete governar para todos os americanos, vai enfrentar milhões de apoiadores de Trump que ainda não aceitaram o resultado das eleições. Além disso, deve tentar reverter danos na diplomacia do país provocados pela administração republicana, como a retirada dos EUA da Organização Mundial da Saúde (OMS) e a saída do Acordo de País.

Enquanto o governo de Trump foi marcado por polêmicas diárias, tweets acalorados e instabilidade, Joe Biden promete uma administração estável e de “cura”. A intenção é que a estabilidade esfrie as tensões do país.

VACINAÇÃO NO PAÍS INICIA MARCADA POR ATRASOS

Mais de 11.400 pessoas já foram vacinadas no Brasil. A aprovação das vacinas CoronaVac e AstraZeneca/Oxford, que representam avanços importantes na superação da pandemia do novo Coronavírus, não estão livres de atrasos e irresponsabilidades políticas.

Até o momento, 6 milhões de doses da CoronaVac foram distribuídas entre os estados da federação. Outras 4,8 milhões de doses da CoronaVac já foram para a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A futura produção da CoronaVac no Brasil, porém, pode estar comprometida por impasses políticos.

A confecção dos imunizantes depende da importação do ingrediente farmacêutico ativo (IFA) da China. O Brasil já comprou a matéria-prima, que deveria ter chegado semana passada.

O atraso é resultado de mais de dois anos de ataques do Ministério das Relações Exteriores e do ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, contra a China. As relações sino-brasileiras estão severamente prejudicadas, o que pode prejudicar exportações brasileiras, e, inevitavelmente, a importação da matéria-prima para a confecção das vacinas.

O IFA é necessário também para a confecção da AstraZeneca/Oxford pela Fiocruz. O Brasil já comprou milhões de doses dessa vacina da Índia, que está segurando os imunizantes. O país anunciou que pretende iniciar o próprio plano nacional de vacinação antes que começassem a exportar.

Amanhã, porém, a Índia deve começar a exportar a vacina para 6 outros países. O Brasil não está entre eles.

Ainda no ano passado, o governo de Jair Bolsonaro se posicionou contra a proposta da Índia de abolir a patente sobre as vacinas. O embate com a Índia aconteceu para que o Brasil se posicionasse da mesma forma que a administração Trump se posicionou na época, sonhando em conseguir uma vaga na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Os frutos da briga estão sendo colhidos agora.

O Brasil segue sem data para receber o IFA da China. Segue também sem data para receber as doses da AstraZeneca/Oxford que comprou da Índia. Por conta disso, o Plano Nacional de Imunização deve atrasar.


Saiba mais

Joe Biden é eleito o 46º presidente dos EUA, e como fica o Brasil?


AGENDA

Às 5h: Publicado o índice IPC-Fipe.

Dados da arrecadação de impostos no Brasil referente a dezembro são divulgados.

BOLSAS E CÂMBIO

Na expectativa de uma passagem de poder tranquila nos Estados Unidos, os mercados europeus iniciaram a manhã apresentando resultados positivos nos seus principais índices. Para muitos oficiais europeus, os EUA estão “de volta” com Biden, depois de uma administração Trump.

Às 8h da manhã:

  • STOXX 600 (STOXX): +0,63%, indo a 410,51 pontos
  • DAX (GDAXI): +0,69%, indo a 13.910,80 pontos
  • FTSE 100 (FTSE): +0,11%, indo a 6.720,15 pontos
  • CAC 40 (FCHI): +0,60%, indo a 5.632,23 pontos
  • FTSE MIB (FTMIB): +0,73%, indo a 22.606,50 pontos

Boa parte dos índices asiáticos compartilham do otimismo das bolsas europeias. O destaque fica para o índice japonês, que fechou em queda. O país passa por alta nos novos casos de COVID-19, passando de 100 mortes em 24h pela primeira vez desde o início da pandemia.

  • Hang Seng (HK50): +1,08%, indo a 29.962,47 pontos
  • KOSPI (KS11): +0,71% , indo a 3.114,55 pontos
  • Shanghai Composto (SSEC): +0,47%, indo a 3.583,09 pontos
  • Nikkei 225 (N225): -0,38%, indo a 28.523,26 pontos 
  • Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): +0,72%, indo a 5.476,43 pontos

Às 8h da manhã, os índices futuros dos EUA apresentam alta:

  • Nasdaq 100 Futuros: +0,85%, indo a 13.095,25 pontos
  • Dow Jones Futuros: +0,29%, indo a 30.917,0 pontos
  • S&P 500 Futuros: +0,45%, indo a 3.807,62 pontos

Acompanhe as cotações do Dólar e o Euro na manhã desta quarta-feira (20):

  • Às 9h10, o Dólar subiu +0,93%, a R$ 5,33
  • Às 9h10, o Euro subiu +1,15%, a R$ 6,46

Foto: Associated Press / Divulgação

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Juan Tasso - Smart Money

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