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Joe Biden é empossado como 46º presidente dos EUA: o que esperar do democrata?

4 Minutos de leitura

Joe Biden tomou posse nesta quarta-feira (20) como 46º presidente dos Estados Unidos da América. Sucessor de Donald Trump na Casa Branca, o democrata de 78 anos de idade pediu união aos norte-americanos, e enfatizou que o momento é de derrotar o extremismo e focar para vencer os verdadeiros inimigos, como a violência, as doenças e o desemprego.

“E agora, meus amigos, a democracia prevaleceu”, afirmou o presidente, ao apontar que os eventos recentes mostraram que a democracia é preciosa e deve ser protegida. Biden se comprometeu ainda em combater a desigualdade no país e também afirmou que seu governo focará em restaurar a economia norte-americana da crise trazida pela pandemia de Covid-19.

Outro ponto tocado por Joe Biden foi a política externa norte-americana, uma vez que as relações externas do país se deterioraram ao longo dos últimos quatro anos com a política “America First” do governo de Donald Trump. “Vamos restaurar nossas alianças e nos reunir com o mundo novamente, não para enfrentar os desafios de ontem, mas os de hoje e de amanhã”, declarou o presidente recém empossado.

Um pouco mais cedo, Kamala Harris foi empossada como primeira mulher no cargo de vice-presidente dos Estados Unidos. Negra e filha de imigrantes, a presença de Harris na chapa de Biden foi considerada fundamental para a vitória do Partido Democrata no pleito do último dia 3 de novembro.


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AUSÊNCIA DE TRUMP NA CERIMÔNIA

O agora ex-presidente Donald Trump não se fez presente na cerimônia de posse de seu sucessor, como é tradicional no país. Em seus últimos momentos como presidente dos EUA, o republicano não mencionou de Joe Biden enquanto discursava a frente do Air Force One, aeronave presidencial. “Voltaremos de alguma forma”, afirmou Trump.

Após seu último discurso como presidente, Donald Trump embarcou no Air Force One rumo à Flórida. Ele passou seus últimos momentos como presidente norte-americano em seu resorte Mar-a-Lago, na cidade de Palm Beach.

Donald Trump foi o primeiro presidente norte-americano a sofrer dois impeachments. O primeiro processo foi arquivado no Senado após aprovação na Câmara, enquanto o segundo impeachment ainda está com julgamento pendente no Senado. Caso aprovado, Trump perderá seus benefícios de ex-presidente, como pensão vitalícia, e também estará impedido de concorrer novamente à Casa Branca em futuras eleições.

O QUE ESPERAR DO GOVERNO DE JOE BIDEN?

Algumas das principais bandeiras levantadas por Joe Biden em sua campanha foram o enfrentamento à pandemia de Covid-19 e a restauração de relações diplomáticas comprometidas durante o governo Trump. Por isso, o mercado já está atento para uma possível enxurrada de dólares disponíveis a partir de pacotes de estímulos.

Segundo dados apresentados pela CNN Brasil Business, podemos esperar ao longo do governo do democrata na Casa Branca uma desvalorização da moeda norte-americana. Desde a crise econômica de 2008 o Dollar Index saltou cerca de 45%, mas já caiu 11% desde abril do ano passado.

Com a pandemia e uma tendência pró-gastos do governo democrata, o viés de queda do dólar no mercado internacional deve continuar ao longo de 2021. Para Luiz Eduardo Portella, sócio da Novus Capital ouvido pela reportagem da CNN Brasil, o cenário pode ajudar o real a recuperar pelo menos parte do prejuízo de 2020, quando o dólar subiu 29% ante nossa moeda nacional.

“Não digo que vamos voltar a ter o dólar cotado a R$ 3, mesmo porque, agora, temos juros de primeiro mundo, mas a moeda americana acima de R$ 5 está muito fora do lugar se olharmos para o fundamento de fluxo, que é o que importa”, apontou Portella.


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Quanto ao embate à pandemia, é esperado que o novo presidente norte-americano adote medidas mais severas já no primeiro dia de seu governo. Biden deve divulgar a obrigatoriedade do uso de máscaras em prédios e demais territórios do governo federal estadunidense, obrigação que se estende a todos os funcionários públicos federais em serviço.

O pacote de estímulo anunciado por Biden ainda antes de sua posse, no valor total de US$ 1,9 trilhão, prevê US$ 415 bilhões em combate direto à pandemia, englobando nesse valor a distribuição de vacinas contra a Covid-19 em território estadunidense. O democrata prometeu a aplicação de 100 milhões de doses em seus 100 primeiros dias na Casa Branca. Até o momento, os EUA aplicaram cerca de 14 milhões de doses de vacina contra a Covid-19 desde meados de dezembro.

Biden deve ainda procurar estender o prazo para execução de hipoteca e moratórias de despejo. O novo presidente deve, ainda, recorrer ao Departamento de Educação para prorrogar os prazos de pagamentos de empréstimos estudantis até o dia 30 de setembro.

Outra bandeira levantada por Biden ao longo de sua campanha foi a de combate ao aquecimento global. Ele deve anunciar ainda hoje a volta dos EUA ao Acordo de Paris, que delimita metas na redução da emissão de carbono. Os EUA saíram do Acordo de Paris ainda em 2017, primeiro ano do mandato de Donald Trump.

Biden deve ainda paralisar imediatamente a construção do muro na fronteira entre os EUA e o México, no sul do território norte-americano. O presidente recém empossado deve ainda encerrar o decreto que proíbe a entrada de naturais de algumas nações do Oriente Médio nos EUA.

Imagem em destaque: G1 / divulgação

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Guilherme Guerreiro

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