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O Brasil fez avanços significativos para a aquisição de mais doses de vacinas contra COVID-19. 2 milhões de imunizantes devem chegar da Índia hoje. Embora a notícia seja muito positiva, o país ainda tem travas diplomáticas que dificultam a importação do insumo farmacêutico ativo (IFA).

O Auxílio Emergencial volta a ser pauta no Congresso. O programa do governo acabou em dezembro, mas a segunda onda de COVID-19, que surpreendeu a pasta da Economia, talvez provoque uma prorrogação do Auxílio.

Esses e outros destaques você confere agora.

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2 MILHÕES DE DOSES DA ASTRAZENECA/OXFORD CHEGAM HOJE DA ÍNDIA

Após embates diplomáticos e atrasos por parte do governo indiano, 2 milhões de doses da vacina AstraZeneca/Oxford chegam hoje no Brasil. O avião carregado de imunizantes decolou da Índia por volta das 20h da quinta-feira (21), e deve chegar no fim da tarde de hoje.

A vacina, que é produzida no Serum Institute of India, já havia sido comprada pelo governo brasileiro, que esperava receber as doses há semanas. O governo da Índia, porém, anunciou na semana passada que não exportaria as doses até começar o próprio plano nacional de imunização. No início desta semana, o país enviou doses gratuitas a países aliados, como Butão, Nepal, Bangladesh e Maldivas.

Representando outra notícia positiva para a vacinação no país, o presidente da União Química, farmacêutica responsável pela produção da vacina Sputnik V, da Rússia, disse que quando aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a produção pode ser de 8 milhões de doses mensais no Brasil.

“Nós temos uma fábrica de biotecnologia que foi montada em Brasília. Então, o IFA [Insumo Farmacêutico Ativo] vai ser produzido nessa unidade. Temos a capacidade de fazer 8 milhões de unidades mensais da Sputnik”, disse Fernando de Castro Marques em entrevista à CNN Brasil.

O IFA é notícia também devido às travas diplomáticas com a China. O Brasil já comprou o insumo, que é necessário para a confecção de doses da CoronaVac, e de todas as eventuais vacinas que serão produzidas aqui, mas ainda não recebeu a remessa do país chinês.

O Brasil provocou inúmeras brigas diplomáticas com a China no ano passado. Ernesto Araújo, ministro das Relações Exteriores, Abraham Weintraub, ex-ministro da Educação, e o presidente Jair Bolsonaro culparam a China inúmeras vezes pela pandemia de COVID-19. Além disso, o presidente chegou a dizer que não compraria vacina chinesa, se referindo à CoronaVac, e chegou a desautorizar o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.

As negociações que buscam destravar o IFA envolvem o Ministério de Relações Exteriores, mas também governadores e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM). Até o ex-presidente do país, Michel Temer, entrou nas negociações, contactando um ex-embaixador da China no Brasil. A embaixada da China prometeu esforço máximo para conseguir um acordo entre as partes.

Existem rumores que apontam que Pequim está pressionando Jair Bolsonaro pela demissão do ministro Ernesto Araújo, ou por um pedido de desculpas público. Da parte da China, as relações sino-brasileiras foram duramente prejudicadas após declarações do chanceler brasileiro.

Em live na quinta-feira (21), Jair Bolsonaro sinalizou que os rumores de que Pequim havia pedido a cabeça de Ernesto são falsos.

“Quem demite ministro sou eu. Ninguém me procurou, nem ousaria me procurar no tocante a isso”, disse o presidente durante a live.

O Brasil já tem 214.228 óbitos por COVID-19, sendo que 1.335 óbitos foram registrados só ontem (21). A média móvel de mortes dos últimos 7 dias é de 1.010.

8.699.814 foram confirmados, 59.946 só ontem (21).

A PRORROGAÇÃO DO AUXÍLIO EMERGENCIAL VOLTA A SER PAUTA NO CONGRESSO

Criado para atender a população informal durante a pandemia, o Auxílio Emergencial do Governo Federal acabou em dezembro. Existem, porém, avanços para tentar prorrogar o programa que manteve o poder de compra do brasileiro durante um ano de economia parada.

Na terça-feira (19), o deputado Baleia Rossi (MDB), um dos candidatos à presidência da Câmara dos Deputados, disse que novas parcelas do Auxílio Emergencial devem ser ofertadas pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. A informação foi reiterada por Arthur Lira (PP), outro candidato à presidência da Câmara.

Existe também o Projeto de Lei 5650/20 circulando no Congresso. O autor é  Chiquinho Brazão (Avante), que propõe pagamentos do Auxílio até abril, e justifica com os números que indicam que se o Auxílio não tivesse sido aplicado, os índices de pobreza no Brasil teriam saltado.

A preocupação da pasta da Economia é com o teto de gastos. Também é a preocupação de Rodrigo Pacheco (DEM), favorito à presidência do Senado, que também já sinalizou ser a favor de uma prorrogação do programa. Segundo ele, porém, o Congresso não deveria ignorar “a excepcionalidade do momento”.

Pacheco, que pretende procurar a equipe econômica já na primeira semana na presidência do Senado, disse que o desafio é conseguir equilibrar as necessidades da população pobre com a rigidez fiscal do país.


Saiba mais

Brasil inicia vacinação contra Covid-19, veja as principais informações


AGENDA

O setor industrial e de serviços retraiu na Zona do Euro. O PMI Markit ficou em 47,5 pontos em janeiro. O dado representa uma piora do setor, que ficou em 49,1 pontos em dezembro.

BOLSAS E CÂMBIO

A alta nos novos casos de COVID-19 provocou quedas nos índices do mundo inteiro. A preocupação com os investidores é que a retomada da normalidade demore mais que o esperado.

Embora a vacinação contra o vírus já tenha começado em boa parte dos grandes países, até que todas as etapas de imunização tenham acontecido, provavelmente já estaremos no segundo semestre do ano. 

Às 8h da manhã:

  • STOXX 600 (STOXX): -1,01%, indo a 406,76 pontos
  • DAX (GDAXI): -0,71%, indo a 13.807,50 pontos
  • FTSE 100 (FTSE): -0,70%, indo a 6.668,73 pontos
  • CAC 40 (FCHI): -1,16%, indo a 5.526,06 pontos
  • FTSE MIB (FTMIB): -1,90%, indo a 22.003,50 pontos

A alta nos casos de COVID-19 na Ásia, principalmente na China, tirou o otimismo das bolsas do continente. O país chinês, que não registrava alta severa nos diagnósticos positivos desde abril, está reportando mais de 100 novos casos por dia.

  • Hang Seng (HK50): -1,60%, indo a 29.447,85 pontos
  • KOSPI (KS11): -0,64% , indo a 3.140,63 pontos
  • Shanghai Composto (SSEC): -0,40%, indo a 3.606,75 pontos
  • Nikkei 225 (N225): -0,44%, indo a 28.631,45 pontos 
  • Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): +0,08%, indo a 5.569,78 pontos

Às 8h da manhã, os índices futuros dos EUA apresentam quedas:

  • Nasdaq 100 Futuros: -0,53%, indo a 13.324,62 pontos
  • Dow Jones Futuros: -0,78%, indo a 30.839,0 pontos
  • S&P 500 Futuros: -0,68%, indo a 3.819,88 pontos

Acompanhe as cotações do Dólar e o Euro na manhã desta sexta-feira (22):

  • Às 9h10, o Dólar subiu +1,66%, a R$ 5,37
  • Às 9h10, o Euro subiu +2,93%, a R$ 6,57

Foto: Ministério da Saúde / Divulgação

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