O mês de novembro do ano de 2020 não foi de muitas comemorações para o IRB (B3: IRBR3), que reportou na manhã desta sexta-feira (22), um prejuízo líquido apurado de R$124,5 milhões. A empresa anunciou também que o resultado anual do IRB será divulgado em 18 de fevereiro de 2021 após o fechamento do pregão.
O IRB, a maior companhia do setor de seguros no país, informou ainda em comunicado, que “ao excluirmos o impacto dos negócios descontinuados, o prejuízo líquido se reduz para R$80,7 milhões, explicado quase que em sua totalidade, pelo Resultado Financeiro do período e pelo desenvolvimento no mês das linhas de Property e Rural”.
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IRB Brasil corrige equívoco de dados divulgado pela Forbes
Abaixo, texto na íntegra, que pode ser encontrado no site oficial da IBR, no link:
https://ri.irbre.com/informacoes-financeiras/planilhas-interativas-dados-historicos/
O IRB-Brasil Resseguros S.A. (“IRB Brasil RE” ou “Companhia”), para fins da Instrução CVM no 358/02, e, em linha com as melhores práticas de governança corporativa e transparência, comunica aos seus acionistas e ao mercado em geral, que disponibilizou relatório periódico mensal enviado à Superintendência de Seguros Privados – SUSEP, por meio do FIP – Formulário de Informações Periódicas.
Para melhor entendimento, uma vez que o FIP atende às exigências do plano de contas definido pelo regulador, na data de hoje, a Companhia disponibilizou em seu website, planilha com os dados financeiros referentes ao mês de novembro de 2020 e ao bimestre, que compreende os meses de outubro e novembro 2020. A referida planilha reconcilia as informações apresentadas no FIP com o modelo Visão Negócio, já praticado pela Companhia em suas divulgações periódicas. Ressalta-se que estes dados estão sujeitos a mudanças e não foram auditados.
Em linha com o reportado e registrando a tendência de melhora de resultados, encerramos os onze meses de 2020 com um faturamento bruto (prêmio emitido) em seus negócios continuados (run-on) de R$8,9 bilhões um crescimento de 15,8% em relação ao mesmo período de 2019, sendo R$4,6 bilhões no Brasil e R$4,3 bilhões no exterior.
Resultado Mensal – novembro de 2020 e bimestre de 2020
No mês de novembro de 2020, bem como no bimestre, destacaram-se os seguintes efeitos que influenciam na análise da atividade:
(i) Efeitos Normais do Negócio: desenvolvimentos relevantes de sinistros nos segmentos de rural e property reportados pelas cedentes em novembro;
(ii) Efeitos Abnormais Prudenciais do Mês:
a) provisionamento adicional dos impactos dos negócios descontinuados em novembro – cauda dos contratos de vida;
b) maior provisionamento da carteira de vida internacional em outubro;
(iii) Efeitos one-off (não repetitivos):
a) LPT: das operações de transferência/venda pelo IRB de portfólio de sinistros dos segmentos rural e patrimonial (Loss Portfolio Transfer);
b) Regulatório 1: por determinação do órgão regulador, houve modificação nos critérios de contabilização de receitas e despesas decorrentes da variação cambial sobre os estoques de Provisões de Prêmios Não Ganhos, cujo efeito deixa de afetar a linha de Prêmios e na mesma proporção impacta – one-off – as Despesas e/ou Receitas Financeiras. O ajuste do ano foi todo alocado em novembro, diminuindo o Resultado Financeiro e elevando as Receitas de Prêmios;
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c) Regulatório 2: para fins de informações periódicas (FIP) ao órgão regulador, houve mudança no critério da alocação dos impactos da variação cambial sobre os estoques das Provisões chamadas de atuariais (IBNR, IBNeR, RVNE e PDR), onde a contrapartida dos ajustes nas contas patrimoniais do Passivo relativo às mesmas, deixa de ter a contrapartida no Resultado Financeiro, e passa a ser Receita (desvalorização do USD) ou Despesa (valorização do USD) de Sinistros. O efeito do ajuste do ano foi todo alocado em novembro, elevando a Despesas com Sinistros e melhorando o Resultado Financeiro.
• Faturamento bruto (Prêmio Emitido): Em novembro de 2020 totalizou R$709,8 milhões, um crescimento 10,2% em relação a novembro de 2019, sendo R$399,3 milhões no Brasil e R$310,6 milhões no Exterior. No Brasil 9,3% de crescimento em relação a novembro de 2019 e no exterior 11,4% no mesmo conceito.
Já no bimestre, o faturamento bruto superou o montante de R$1.402,8 milhões, crescimento de 13,9% em relação ao mesmo período de 2019, sendo R$769,3 milhões no Brasil e R$633,5 milhões no Exterior, crescimento de 13,4% e 14,6% respectivamente, em relação ao mesmo período de 2019.
• Faturamento de competência (Prêmio Ganho): o prêmio ganho totalizou R$350,8 milhões em novembro de 2020 e R$774,0 milhões no bimestre. Ao excluirmos o efeito one-off das operações de LPT, o prêmio ganho dos negócios continuados (run-on) foi de R$550,3 milhões em novembro de 2020 e de R$1,1 bilhão no bimestre.
• Índice de sinistralidade (Despesas de Sinistros/Faturamento de Competência do período): No mês de novembro, excluindo o efeito reportado em “(iii) c” registramos R$364,0 milhões de despesa de sinistro, com destaque para o impacto dos negócios descontinuados, na ordem de R$71,4 milhões. Com isso, o índice de sinistralidade alcançou 103,8% no mês de novembro de 2020. Ao excluirmos os efeitos do impacto dos negócios descontinuados e dos efeitos one offs do período, o índice de sinistralidade se reduz para 89,5%. No bimestre, a despesa de sinistro somou R$711,5 milhões e, ao excluirmos os efeitos dos negócios descontinuados (run-off) e do “LPT – one-offs” (iii-a) do período, o índice de sinistralidade foi de 74,9%.
• Índice de Gastos Internos em novembro totalizou 7,3% (equivalente a 4,6% excluindo efeito “LPT – one-off*”) e o Índice de Gastos Externos (principalmente comissões) 33,8% (21,4%excluindo efeito LPT); no bimestre, o Índice de Gastos Internos foi 6,2% (equivalente a 4,5%*) e o Índice de Gastos Externos (principalmente comissões) se situou em 31,2% (equivalente a 22,5%*);
• Contribuição marginal (Resultado de “Underwriting” ou de Subscrição): em novembro, o resultado de underwriting foi negativo em R$112,5 milhões. Ao excluirmos o impacto dos negócios descontinuados, o resultado de underwriting se mantém negativo, porém em R$40,9 milhões.
No bimestre, o resultado de underwriting registrou perda de R$156,1 milhões. Ao excluirmos os efeitos one-offs de outubro e o impacto dos negócios descontinuados em novembro, o resultado de underwriting foi positivo em R$49,6 milhões.
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• Índice de resultado financeiro e patrimonial o efeito da nota “iii-b” produziu uma maior despesa financeira no mês decorrente dos ajustes sobre o estoque total das provisões de prêmios, devido a mudança de critério contábil, de forma que o mês torna-se incomparável aos meses do passado, impactando negativamente o resultado financeiro do mês em cifra da ordem de R$78,6 milhões.
No bimestre, o índice de resultado financeiro e patrimonial se situou em -1,5% (-1,1% excluindo o efeito do LPT) do faturamento de competência do período, o impacto negativo é explicado pelo efeito mencionado acima.
• Lucro (prejuízo) líquido: em novembro de 2020, o prejuízo líquido apurado somou R$124,5 milhões. Ao excluirmos o impacto dos negócios descontinuados, o prejuízo líquido se reduz para R$80,7 milhões, explicado quase que em sua totalidade, pelo Resultado Financeiro do período e pelo desenvolvimento no mês das linhas de Property e Rural.
Já no bimestre, o prejuízo líquido totalizou R$148,3 milhões. Ao excluirmos os efeitos one-offs de outubro e o impacto dos negócios descontinuados em novembro, o prejuízo se reverte para lucro líquido de R$29,6 milhões.
Nota:
Efeito LPT: LPT significa Loss Portfolio Transfer, ou a venda/transferência via contrato de Retrocessão das Provisões de Sinistros de uma determinada Carteira pelo IRB para uma retrocessionária (resseguradora).
Os efeitos dessa operação se dão por: (i) diminuição do Prêmio Ganho pelo valor da Carteira Transferida; e (ii) Diminuição das Despesas com Sinistros pelo mesmo valor. São efeitos one-offs.
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