A administração de Joe Biden deve reverter hoje (25) uma decisão de Donald Trump que flexibilizava voos do Brasil para os Estados Unidos. A ordem executiva iria ser efetiva a partir do dia 26, mas agora deve ser revogada.
No Brasil, o Auxílio Emergencial é a grande pauta importante do início da semana. Membros do governo já estudam o retorno do programa, e tudo indica que o teto de gastos deve ser flexibilizado caso a prorrogação aconteça.
Esses e outros destaques você confere agora.
RENOVAÇÃO DO AUXÍLIO EMERGENCIAL JÁ É ESTUDADA PELO GOVERNO FEDERAL
O Auxílio Emergencial, programa criado pelo Governo Federal para atender a população informal do país durante a pandemia, pode ser renovado por mais alguns meses. O programa foi suspenso em dezembro, e os últimos pagamentos são feitos nesta semana, mas após pressões da oposição, somadas a situação da segunda onda de COVID-19 no país, a renovação do programa volta a ser discutida por membros do governo.
A renovação do programa do governo já foi sinalizada por ambos os candidatos favoritos à cadeira de presidência da Câmara dos Deputados. Baleia Rossi (MDB) e Arthur Lira (PP) disseram que existe um interesse da pasta da Economia de fornecer novos pagamentos.
O presidente Jair Bolsonaro também sinalizou ser a favor da renovação do Auxílio Emergencial, se caso exista espaço no orçamento. Para o presidente, a aprovação de uma nova Proposta de Emenda Constitucional (PEC) Emergencial seria necessária.
A grande polêmica quanto a volta do Auxílio Emergencial é em relação ao conflito econômico com as pautas sociais necessárias. Uma possível prorrogação do programa é uma ótima notícia para a população informal do país, que viu o desemprego do país saltar junto com a taxa da inflação. Porém, para o setor econômico, significa flexibilizar o teto de gastos, pauta central da pasta da Economia de Paulo Guedes.
Para alguns congressistas, como Rodrigo Pacheco (DEM), favorito à presidência no Senado, a excepcionalidade do momento não pode ser ignorada.
BIDEN DEVE APLICAR RESTRIÇÕES DE VOOS DO BRASIL A PARTIR DE HOJE, REVERTENDO DECISÃO DE TRUMP
Em sua segunda semana como presidente dos Estados Unidos, Joe Biden deve voltar a aplicar restrições de voos para o país nesta segunda-feira (25), em uma tentativa de conter a disseminação de COVID-19. As restrições devem limitar o fluxo de pessoas do Brasil, Reino Unido, Irlanda e parte da Europa. A decisão reverte a ordem executiva assinada por Donald Trump, que retirava as restrições dos países.
A restrição ainda deve ser aplicada a pessoas que tiveram recentemente na África do Sul.
A decisão da administração Biden não surpreende. Quando anunciada por Trump, a suspensão das restrições de voos, que começaria a ser efetiva a partir do dia 26 de janeiro, não foi bem recebida pela equipe de transição do democrata. No mesmo dia em que Trump assinou a ordem executiva, a equipe de Biden anunciou que reverteria a decisão.
Na época, a agora atual Secretária de Imprensa da Casa Branca já havia comunicado que a equipe do novo presidente não aceitaria a decisão de Trump.
Sendo o país que mais registrou óbitos por COVID-19, os Estados Unidos tem 420 mil mortos pela doença. Ontem, o país registrou 1.844 óbitos.
BRASIL JÁ TEM 600 MIL VACINADOS CONTRA COVID-19, MAS MÉDIA MÓVEL DE MORTES POR COVID-19 CONTINUA ACIMA DE 1.000
O Brasil alcançou a importante marca de 600 mil pessoas vacinadas contra COVID-19. Com o número, o país vacinou 0,25 pessoas a cada 100. Todas essas pessoas ainda precisam da segunda dose da vacina para serem imunizadas.
O Brasil tem 12,8 milhões de doses disponíveis das vacinas CoronaVac e AstraZeneca/Oxford. O número ainda não consegue comportar as 14,8 milhões de pessoas do grupo prioritário. Neste caso, são necessárias 29,6 milhões de doses das vacinas.
Enquanto avanços acontecem no plano de imunização nacional, o Brasil ainda registra números graves da pandemia de COVID-19. Ontem, o país passou de 217.000 óbitos pela doença, registrando 606 mortes. É comum que no domingo o número fique muito abaixo da média, mas mesmo assim, a média móvel de mortes dos últimos 7 dias ficou em 1.030.
Saiba mais
Auxílio emergencial: mais de 17 milhões de brasileiros podem ficar sem em 2021
AGENDA
Às 8h25: O Boletim Focus é publicado pelo Banco Central (BC).
Às 10h: Publicado o Índice de Evolução de Emprego do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED).
BOLSAS E CÂMBIO
Com resultados mistos, os principais índices europeus iniciam a última semana de janeiro com o mesmo pessimismo do final de semana. A alta de novos casos de COVID-19 no continente pode provocar novas medidas e lockdowns nos países, que apresentam números de infecção pela doença e óbitos semelhantes ao pico da pandemia do ano passado.
Às 8h da manhã:
- STOXX 600 (STOXX): +0,06%, indo a 408,79 pontos
- DAX (GDAXI): -0,18%, indo a 13.849,50 pontos
- FTSE 100 (FTSE): -0,34%, indo a 6.672,05 pontos
- CAC 40 (FCHI): -0,38%, indo a 5.538,50 pontos
- FTSE MIB (FTMIB): +0,11%, indo a 22.113,50 pontos
Na direção oposta da Europa, os índices asiáticos fecharam o pregão com resultados positivos. Existe um otimismo quanto ao início da vacinação, que significa um fim próximo da pandemia, das consequências econômicas imediatas dela, e uma recuperação econômica forte dos países.
- Hang Seng (HK50): +2,41%, indo a 30.159,01 pontos
- KOSPI (KS11): +2,18% , indo a 3.208,99 pontos
- Shanghai Composto (SSEC): +0,48%, indo a 3.624,24 pontos
- Nikkei 225 (N225): +0,67%, indo a 28.822,29 pontos
- Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): +1,01%, indo a 5.625,92 pontos
Às 8h da manhã, os índices futuros dos EUA apresentam resultados positivos:
- Nasdaq 100 Futuros: +0,95%, indo a 13.488,75 pontos
- Dow Jones Futuros: +0,05%, indo a 30.925,0 pontos
- S&P 500 Futuros: +0,34%, indo a 3.847,12 pontos
Acompanhe as cotações do Dólar e o Euro na manhã desta sexta-feira (22):
- Às 9h05, o Dólar subiu +3,43%, a R$ 5,46
- Às 9h05, o Euro subiu +4,25%, a R$ 6,65
Foto: Agência Brasil / Divulgação
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