A Eletrobras (ELET3; ELET3) informou neste domingo (24) por meio de Fato Relevante a renúncia de Wilson Ferreira Junior da presidência da companhia, por motivos pessoais. Wilson foi presidente da companhia por 4,5 anos, e ficará no cargo de Presidente até o dia 5 de março. Seu sucessor ainda não foi escolhido.
A nota agradece Wilson pela sua atuação na Eletrobras, que durante sua gestão atingiu “lucros históricos” e “reduziu custos operacionais com privatizações de distribuidoras e programas de eficiência”.
Como fica a privatização?
A Eletrobras passa por pressões para sua desestatização desde o governo Temer. Segundo especialistas do setor elétrico, a privatização é necessária para aumentar investimentos para a empresa, que está pouco a pouco perdendo sua fatia no mercado.
Na terça-feira (19), em seu manifesto pela democracia, o favorito à cadeira de Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM) indicou que a privatização da estatal não é prioridade. Os papéis ELET6 da Eletrobras chegaram a cair 6,15% após a declaração.
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O atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), havia dito em dezembro de 2019 que a privatização da companhia não passaria pelo Congresso com o atual modelo proposto para a venda. O apagão no Amapá no início de novembro do ano passado foi outro fator agravante para a resistência de Alcolumbre.
Com a saída de Wilson, e com uma sinalização negativa no Congresso, a desestatização da Eletrobras fica cada vez mais difícil.
Foto: Valor / Divulgação
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