Educação Financeira

Após o aniversário de São Paulo, oficialmente podemos dizer: Feliz 2021!

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Um pouco atrasado, pois das 12 voltas que o relógio-calendário dá, uma quase já se completou. Enquanto escrevo este texto, a maior cidade do Brasil, São Paulo, completa 467 anos, e merecidamente é feriado na terra da garoa. Eu confesso que me lembrei que era feriado quando fui abrir o home broker e percebi que minha carteira estava exatamente da mesma forma que na última sexta-feira, após o último pregão. E como a renda variável “também varia para baixo”, é bom para tirar uma folga da última semana. Ainda bem, pois assim ela tem mais um dia para respirar, recompor-se e reerguer-se, pois é o que todo investidor deseja.

Todo dia 25 de janeiro, dia de São Paulo, ocorre (2021 foi uma exceção) a final da Copa São Paulo de Futebol Júnior, a Copinha, como é conhecida. Sempre foi um belo presente de aniversário para a cidade ver jovens promissores do esporte bretão e assistir aos últimos resquícios de meninos que, com certeza, jogam por amor à camisa, sem ser apenas uma mera relação de negócio. Além, é claro, de ser um raro momento de descanso para os engravatados da Faria Lima. Há quem aproveite para contabilizar as perdas, mas há quem aproveite para rentabilizar os ganhos.

Ainda que em janeiro a movimentação seja diferente, pois as pessoas estão na praia, e tantas outras tirando férias, a impressão que me passa é que a partir do dia 26/01 é que tudo começa a andar, a fluir melhor. Antes disso, o que parece é que é tudo mais travado, sem aquela fluidez. Devem ser as altas temperaturas, que deixam as pessoas menos dispostas; é uma possibilidade.

De qualquer sorte, chega dezembro e as pessoas costumam fazer um balanço do que fizeram ao longo do ano, e principalmente do que prometeram e não cumpriram. Ainda há gente que faz listas prontas e que realmente acreditam que vão cumprir o que está lá. Se conseguiram cumprir de forma satisfatória, parabéns!, mas do contrário, bem-vindo à vida real. Início de ano é uma época interessante para refletir sobre o que se pretende fazer para o próximo exercício fiscal, para a próxima temporada. Sinceramente, aquela história de fazer listas do tipo “este ano vou fazer diferente” não me convence mais, pois até metade de janeiro a pessoa começa indo bem; chega pela época do aniversário de São Paulo já começa a relaxar; fevereiro mal faz uma ou outra coisa; e depois do Carnaval, já era, o ativo retorna à média e a euforia acaba na quarta-feira de cinzas.

Saindo de São Paulo e analisando o Brasil, este ano será um ano desafiador, para utilizar de um eufemismo. Não precisamos martelar aqui o que foi 2020, pois foi um ano completamente atípico, comparado com as últimas décadas. Mas os desafios persistem e a fatura vai chegar. Parte desta já vem ao longo do ano. Na próxima semana, início de fevereiro, teremos a eleição da presidência da Câmara dos Deputados, que é mais um fato político que vai interferir na ação do governo e no comportamento do mercado.

No campo fiscal, veremos como o governo se comportará ao continuar mais um ano no vermelho, no cheque especial. No campo monetário, já há analistas afirmando que a taxa básica de juros deverá sofrer aumentos ao longo do ano, possivelmente indo dos atuais 2% para 3%, 3,25% (os cenários serão diversos, essa é apenas uma possibilidade dentre muitas). No campo cambial, o dólar pode “subir, cair ou se manter estável” (previsão ao estilo conversa de botequim), ainda que o Brasil continue como um dos principais destinos dos investimentos estrangeiros diretos. Já no campo internacional, novos desafios se concretizam na relação Brasil-EUA com a mudança de rumo na condução governamental; na relação Brasil-China teremos mais um ano comercialmente desafiador, seja por insumos para produção de vacinas, seja pela tecnologia 5G; e na relação Brasil-UE também teremos desafios interessantes, principalmente para o nosso agronegócio, que tem sido nosso principal motor da economia.

Ainda que digam que o ano no Brasil começa depois do carnaval, eu prefiro ser ortodoxo e começar meu ano, minha temporada, em 1º de janeiro mesmo, com algum planejamento e alguma reflexão feita um tempo antes, uns dias talvez, pois até o carnaval nosso relógio-calendário já deu uma volta e meia, e o tempo é o ativo mais precioso que nós temos. De todos os ativos possíveis, o tempo é o único que não se valoriza; tempo só se deprecia. Não se ganha tempo, apenas gasta-se.

Quero encerrar este texto dizendo que assim como os demais ativos, o tempo é um recurso escasso e com necessidade infinita. Por isso devemos saber utilizá-lo de forma racional, de forma inteligente. Quando comentei sobre metas, não são apenas metas vazias, mas sobre prioridades. Amigo leitor, convido a fazer uma reflexão para entender o que é prioridade para você, se buscar aumentar seu patrimônio, aumentar a rentabilidade dos seus investimentos, planejar uma viagem ou então desfrutar de uma renda confortável para a aposentadoria. Lembre-se de que cada dia temos uma chance nova de darmos o nosso melhor, seja na família, no trabalho ou nos nossos estudos. O tempo é igual para todos e o sol nasce para todos, e cada dia é uma nova batalha para permanecermos de pé neste mundo dinâmico.

Douglas Pivatto

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