Educação Financeira

Riscos: quais são e como reduzi-los?

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Risco é a possibilidade de algo sair diferente do esperado. Para qualquer escolha que tomamos existe um risco. E isso não fica restrito ao mercado financeiro. Até mesmo nas mais simples decisões do dia a dia, estamos sujeitos a algum tipo de risco. Quando você decide atravessar a rua, mesmo com sinal aberto, você está aceitando assumir o risco para chegar mais rápido ao outro lado. Quando você opta por não aderir ao plano de saúde oferecido pela empresa onde trabalha, você está assumindo um risco visando uma economia.

Nas finanças pessoais e nos investimentos não seria diferente. Sempre que você faz uma determinada escolha financeira, você está aumentando ou diminuindo algum risco. Os principais riscos são os riscos de crédito (ou calote), risco de mercado e o risco de liquidez. Esses são riscos não sistemáticos que são aqueles específicos, dos quais podemos nos proteger utilizando a estratégia da diversificação. Existe também o risco sistemático que não é específico e não pode ser previsto, é o risco de um colapso no sistema. Um belo exemplo é a pandemia, que ocasionou queda generalizada no mercado.

Falando um pouco melhor dos tipos de riscos, o risco de crédito é aquele que o banco assume ao emprestar dinheiro para você ou o risco que você corre ao emprestar dinheiro para o seu cunhado. Existe a possibilidade dessas dívidas não serem quitadas, e disso nasce o conceito de “prêmio de risco”, que é o ganho proporcionado por se expor ao risco de tomar um calote. Provavelmente você não receberá nenhum prêmio por emprestar dinheiro a um parente, mas o banco converte esse prêmio em taxas de juros nos empréstimos a terceiros.

O mesmo ocorre quando investimos em um título de renda fixa privado, como um CDB, uma LCI ou LCA. Ao aderir a esse título, grosso modo, estamos emprestando dinheiro ao banco emissor e existe a possibilidade de que aquele banco vá à falência e não consiga arcar com esses compromissos. Por isso são oferecidas taxas de retorno para o investidor, é o prêmio de risco novamente. Porém nos títulos citados existe a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito). Então, uma boa forma de reduzir o risco de crédito é filtrar os títulos de acordo com a qualidade do banco emissor e manter o valor investido dentro dos limites oferecidos pelo FGC que é 250 mil reais por conglomerado financeiro e 1 milhão de reais por CPF.

O risco de mercado é a volatilidade presente na renda variável, ou seja, é quanto o preço de um determinado ativo se movimenta, valorizando ou desvalorizando. A melhor forma de reduzir esse risco é a diversificação dos ativos e o balanceamento da carteira. O que quero dizer com isso? Bem, diversificar é comprar ativos expostos a diferentes setores, pois cada um deles apresenta um comportamento nos ciclos econômicos. Por exemplo, o varejo está muito mais exposto às oscilações da economia do que o setor de seguros. Além disso, devemos evitar concentrar um percentual muito expressivo da carteira em um único ativo ou setor.

Por fim, o risco de liquidez é a dificuldade de se desfazer do ativo, ou seja, de vender ou resgatar seu investimento. Esse risco está presente tanto na renda fixa, em títulos com vencimento de médio e longo prazo, quanto na renda variável em ativos com pouco volume de negociações. Os imóveis são um bom exemplo de investimentos com esse risco por ter baixa liquidez. Para diluir o risco, a melhor alternativa também é diversificar seu capital aproveitando as várias alternativas do mercado.

Pela relação risco x retorno, quanto maior o risco maior o potencial de retorno. Por isso, não devemos fugir do risco, mas sim gerenciá-lo com as dicas citadas e também mantendo uma reserva de emergência, ter mais de uma fonte de renda e aumentar suas receitas pensando em investimentos em outros negócios fora da sua atividade principal.

Kamila Alves

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