A autonomia do Banco Central (BC) deve ser discutida hoje entre ministro da Economia, presidente do Banco Central, presidente da Câmara dos Deputados e relator da proposta. Já aprovada pelo Senado, o Projeto de Lei deve afastar o BC de oscilações emocionais do Governo Federal, aumentando a confiança dos investidores na entidade. Com isso, o Brasil se aproxima do modelo econômico de países desenvolvidos, como Estados Unidos e Inglaterra.
O Brasil conta com 1,69% da população vacinada contra COVID-19. Ainda em marcha lenta, a vacinação deve acelerar a recuperação econômica do país, que ainda sofre com a pandemia.
Esses e outros destaques você confere agora.
AUTONOMIA DO BANCO CENTRAL É DISCUTIDA HOJE POR ARTHUR LIRA, CAMPOS E GUEDES
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), pretende se reunir ainda hoje com Roberto Campos e Paulo Guedes a respeito do Projeto de Lei Complementar n° 19/2019, que dá autonomia ao Banco Central (BC). O projeto deve ser votado nesta semana no plenário, e tem como relator o Silvio Costa Filho (Republicanos), que também deve participar da reunião.
A pauta estava travada enquanto Rodrigo Maia (DEM) estava na presidência da Câmara, por falta de diálogo entre os parlamentares. Ela só precisa da análise dos deputados da Casa, e já foi aprovada no Senado em novembro do ano passado.
A autonomia no Banco Central é amplamente apoiada por investidores. Um BC mais autônomo, por mais que diminua o poder de atuação do Governo Federal sobre ele, aumenta a credibilidade da entidade, podendo se refletir em uma redução da inflação no país, visto que a confiança dos investidores deve aumentar.
A decisão deve aproximar o Brasil de países da Zona do Euro, Inglaterra e Estados Unidos, que também possuem um Banco Central independente.
Em novembro do ano passado, Campos Neto havia dito que o BC sabe o que fazer para manter a meta da inflação:
“Nós entendemos que no mundo emergente se dá muita força no emprego, onde nem tem ferramentas para atuar nisso. Acaba gerando um equilíbrio ótimo-ruim, porque no final você nem vai ter emprego e nem vai ter inflação controlada e, muito provavelmente, a falta de controle da inflação vai gerar desemprego”, disse Neto.
Para o relator Silvio Costa Filho, a autonomia reduz as influências das mudanças de humor do Governo Federal.
BRASIL JÁ VACINOU 3,5 MILHÕES DE PESSOAS CONTRA COVID-19, MAS DADOS AINDA PREOCUPAM
O Brasil já passou da marca de 3,5 milhões de pessoas vacinadas contra COVID-19, sendo que mais de 25 mil já receberam a segunda dose dos imunizantes. Embora o número represente um avanço no plano nacional de imunização do Ministério da Saúde, com 1,69% da população do país vacinada, os dados da doença ainda preocupam.
O Brasil está a 18 dias acima dos 1.000 óbitos na média móvel dos últimos 7 dias. Ontem, 492 óbitos foram confirmados, elevando o total para 231.561.
9.524.640 casos de COVID-19 foram confirmados desde o início da pandemia, sendo 25.024 confirmados ontem.
Saiba mais
Selic mantida a 2% indica que inflação surpreendeu o Banco Central
AGENDA
Às 8h25: O Boletim Focus é publicado pelo Banco Central (BC).
Às 13h15: Pronunciamento de Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (BCE).
BOLSAS E CÂMBIO
As expectativas do mercado quanto a um novo pacote de estímulos fiscais nos Estados Unidos impulsionaram as bolsas europeias no início da manhã. Embora investidores ainda se preocupem com as consequências imediatas da segunda onda de COVID-19 no continente, os bons resultados em Wall Street, e as previsões de uma forte recuperação econômica, mantiveram o otimismo no início da semana.
Para Janet Yellen, secretária do Tesouro dos Estados Unidos, em uma entrevista concedida à CNN, embora as consequências econômicas de um pacote de US$ 1,9 trilhão no país preocupem, a prioridade é dar ao cidadão americano as ferramentas para superar a crise.
Às 8h da manhã:
- STOXX 600 (STOXX): +0,38%, indo a 411,11 pontos
- DAX (GDAXI): +0,15%, indo a 14.078,10 pontos
- FTSE 100 (FTSE): +0,79%, indo a 6.540,83 pontos
- CAC 40 (FCHI): +0,57%, indo a 5.691,62 pontos
- FTSE MIB (FTMIB): +1,29%, indo a 23.380,50 pontos
Com uma forte recuperação econômica no continente no horizonte, os índices asiáticos fecharam apresentando resultados positivos na maioria dos índices.
- Hang Seng (HK50): +0,11%, indo a 29.319,47 pontos
- KOSPI (KS11): -0,94% , indo a 3.091,24 pontos
- Shanghai Composto (SSEC): +1,03%, indo a 3.532,45 pontos
- Nikkei 225 (N225): +2,12%, indo a 29.388,50 pontos
- Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): +1,48%, indo a 5.564,56 pontos
Às 8h da manhã, os mercados futuros dos Estados Unidos apresentam resultados positivos:
- Nasdaq 100 Futuros: +0,33%, indo a 13.642,62 pontos
- Dow Jones Futuros: +0,30%, indo a 31.136,0 pontos
- S&P 500 Futuros: +0,24%, indo a 3.889,38 pontos
Acompanhe as cotações do Dólar e o Euro na manhã desta segunda-feira (08):
- Às 9h05, o Dólar subiu +0,40%, a R$ 5,40
- Às 9h05, o Euro subiu +0,11%, a R$ 6,50
Foto: Agência Brasil / Divulgação
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