Com o objetivo de levar o BV a fazer sua oferta pública inicial de ações (IPO), ainda neste primeiro semestre de 2020, a instituição tem um volume pretendido que pode oscilar entre R$2,5 bilhões e R$ 3,5 bilhões, número este que depende da procura do mercado, dizem economistas. O IPO do banco tem como coordenador líder o Goldman Sachs e o JPMorgan como agente estabilizador.
Tanto o valor como a quantia que será negociada ainda não foi estabelecida. Porém, dizem os analistas, que é bem menor do que a pretendida antes do evento da pandemia, que fez com que o planejamento voltasse à estaca zero, por conta da disposição do mercado.
O valor e outros detalhes como por exemplo a fatia que será vendida por cada sócio, ainda estão em discussão, dizem as mesmas fontes. A faixa considerada é, contudo, inferior à estimada antes de a pandemia obrigá-los a engavetar a operação por conta das condições de mercado. Naquela oportunidade, o planejamento do IPO estava em torno de R$5 bilhões. Uma fatia desse valor seria utilizada para o BV aplicar na expansão digital.
Neste momento, no entanto, os acionistas discutem a probabilidade de ganhar menos agora, aproveitar para abrir o capital e assim destinar um aditivo para mais adiante. A elaboração do plano tem como meta um lucro melhor do ativo, em razão do potencial da transação e pelo fato do banco hoje estar capitalizado.
A instituição financeira fortaleceu sua carteira de crédito e já restabeleceu o cenário pré-crise no empréstimo para a aquisição de veículos. A inadimplência também foi favorável ao banco neste momento, com recorde em meio a retomada da economia do país, e ainda em razão dos planos de renegociação de dívidas, que foram levantadas em meio a uma crise mundial de saúde, quando o BV incorporou mais de 800 mil clientes, representando R$ 18 milhões.
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Com força total em um planejamento digital, o BV – que é hoje uma das principais marcas em soluções de crédito do Brasil – tem atualmente uma boa posição, graças a toda performance pela qual passou nos últimos anos.
No ano passado, conseguiu a despeito da pandemia, equilibrar de forma positiva seu lucro líquido além de R$ 1 bilhão. E isso frente ao panorama provável de inadimplência exatamente em razão do Covid-19, em 2020.
Ainda com direcionamento robusto no digital, o banco divulgou uma parceria de tempos com o Google Cloud – um conjunto de aplicações e soluções que disponibiliza todas as possibilidades de uso da nuvem – para desta forma aperfeiçoar a oferta de serviços. A parceria é observada de forma positiva. No 4º trimestre, 79% dos clientes entraram em contato com o banco através de canais digitais.
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