A prorrogação do Auxílio Emergencial ganha corpo com fala do ministro da Economia, que disse que o programa pode voltar com parcelas de R$ 250. O valor é menor que a metade do valor inicial do programa, de R$ 600, e deve atender a metade dos beneficiados.
No Senado, a fala de Eduardo Pazuello amplia a crise do Ministério da Saúde. O ministro falou sobre a atuação da pasta na crise de Manaus, e comparou a situação com a Alemanha nazista.
Esses e outros destaques você confere agora.
GUEDES: AUXÍLIO EMERGENCIAL PODE SER DE R$ 250
O ministro da Economia Paulo Guedes disse nesta quinta-feira (11) que o Auxílio Emergencial, criado pelo Governo Federal para ajudar a população informal do país durante a pandemia, pode pagar R$ 250 em nova rodada do programa. Segundo o ministro, a PEC da Guerra é essencial para fazer o programa funcionar.
Sem a PEC da Guerra, a volta do programa fica impossibilitada por conta do teto de gastos. A aprovação está nas mãos do Congresso. Ontem (11), Arthur Lira (PP), presidente da Câmara, cobrou uma solução rápida de Paulo Guedes, e disse que a situação é crítica.
“Urge que o ministro Guedes nos dê, com a sensibilidade do governo, uma alternativa viável dentro dos parâmetros da economia como ele pensa e como a sociedade deseja. A situação está ficando crítica na população e a gente tem que encontrar uma alternativa”, disse Lira.
As negociações da prorrogação do programa provocaram instabilidades na bolsa de valores brasileira durante a semana. Em resposta, o Presidente Jair Bolsonaro disse para o mercado não ficar “irritadinho”.
“Nós queremos tratar da diminuição dos impostos num clima de tranquilidade e não num clima conflituoso no Brasil. E o pessoal do mercado, qualquer coisa que se fala aqui, vocês ficam aí irritadinhos na ponta da linha, né. Sobe dólar, cai a bolsa”.
FALA DE PAZUELLO AMPLIA CRISE NO MINISTÉRIO DA SAÚDE
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, falou aos senadores nesta quinta-feira (11). O ministro falou sobre a atuação da pasta durante a pandemia, e a crise em Manaus que deixou dezenas de pessoas sem oxigênio, provocando óbitos e transferência de pacientes para outras cidades.
O ministro negou que o documento apresentado em janeiro disse especificamente sobre a falta de oxigênio nas unidades de saúde de Manaus. O documento, porém, diz que “foi relatado um colapso dos hospitais e falta da rede de oxigênio”.
Para se justificar, Pazuello disse que “rede de gases são os tubos de gases e não o oxigênio que vai dentro. Pressurização entre o município e o estado é regulação entre um e outro”.
Em resposta, o senador Eduardo Braga (MDB) do Amazonas disse que tinha avisado o ministro sobre a crise.
“Eu estive com vossa excelência no seu gabinete, em dezembro. E lá, no início de dezembro, eu já dizia a vossa excelência que nós iríamos enfrentar uma onda no Amazonas muito grave. Sugeri, inclusive, que assumisse uma unidade hospitalar no Amazonas diante da comprovação da ineficiência do governo do meu estado quando da primeira onda, que, lamentavelmente, mesmo com recursos, não conseguiu evitar mortes. Eu fui a vossa excelência e disse: É grave”.
A postura do ministro, assim como a atuação do ministério da Saúde e Executivo, são criticadas por senadores e membros da oposição. Parece existir uma busca por se isentar da culpa de um dos colapsos mais graves da história da área da saúde.
Justificando a atuação e se referindo à CPI, Pazuello comparou a atuação do Governo Federal.
“Queria fazer o meu alerta: a Alemanha perdeu a guerra duas vezes porque ela abriu a frente russa. Duas vezes: na 1ª Guerra Mundial e na 2ª Guerra. Todo mundo avisou ao ditador que não deveria abrir a frente russa. Duas frentes não tem como manter. Temos uma guerra contra a Covid, a guerra é contra a Covid. Ela é técnica, de saúde. Ela não é política. Se abrir a segunda a frente, política e técnica, vai apertar”, disse o ministro em fala.
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AGENDA
Às 9h: Índice de Atividade Econômica do Banco Central IBC-Br é divulgado pelo BC.
BOLSAS E CÂMBIO
Em semana lenta, os índices europeus amanheceram registrando resultados mistos. Embora a vacinação esteja avançada no continente, milhares de casos confirmados por dia de COVID-19 ainda preocupam os investidores.
Às 8h da manhã:
- STOXX 600 (STOXX): -0,04%, indo a 411,18 pontos
- DAX (GDAXI): -0,48%, indo a 13.974,00 pontos
- FTSE 100 (FTSE): +0,06%, indo a 6.532,95 pontos
- CAC 40 (FCHI): -0,03%, indo a 5.668,36 pontos
- FTSE MIB (FTMIB): -0,40%, indo a 23.213,50 pontos
Com o feriado no continente, boa parte das bolsas asiáticas estão fechadas.
- Hang Seng (HK50): +0,45%, indo a 30.173,57 pontos (FECHADO)
- KOSPI (KS11): +0,52% , indo a 3.100,58 pontos (FECHADO)
- Shanghai Composto (SSEC): +1,43%, indo a 3.655,09 pontos (FECHADO)
- Nikkei 225 (N225): -0,15%, indo a 29.520,07 pontos
- Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): +2,14%, indo a 5.807,72 pontos (FECHADO)
Às 8h da manhã, os mercados futuros dos Estados Unidos apresentam resultados negativos:
- Nasdaq 100 Futuros: -0,17%, indo a 13.705,00 pontos
- Dow Jones Futuros: -0,18%, indo a 31.303,0 pontos
- S&P 500 Futuros: -0,22%, indo a 3.903,38 pontos
Acompanhe as cotações do Dólar e o Euro na manhã desta sexta-feira (12):
- Às 9h05, o Dólar caiu -0,36%, a R$ 5,37
- Às 9h05, o Euro caiu -0,08%, a R$ 6,53
Foto: Agência Brasil / Divulgação
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