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Quando a Selic deve aumentar?

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A taxa básica de juros do país, a Selic, segue em sua baixa histórica de 2% desde agosto de 2020. Mesmo com as projeções do último Boletim Focus apontando para uma Selic de 3,47% até o fim do ano, e projeções como a do Santander apontando para uma taxa básica de 4%, a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em fevereiro optou pela manutenção de 2%.

Para os economistas, o aumento da Selic não é questão de acontecer ou não, e sim quando. Alguns acreditam que ela pode aumentar já na próxima reunião do Copom, nos dias 17 e 18 de março. Porém, com a economia recuperando a lentíssimos passos, alguns já preveem um aumento da taxa básica apenas nos próximos trimestres do ano.

Por enquanto, a sinalização do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, é de um aumento da Selic já em março. Em evento do banco JP Morgan na quinta-feira (11), Campos enfatizou que a taxa deve aumentar em março.

“Quando você tenta ser transparente sobre a discussão se alguns membros gostariam de começar a falar sobre uma normalização das taxas, houve uma interpretação equivocada. Acho que algumas pessoas interpretaram mal que isso seria em janeiro, não março”.

A variação da taxa Selic é usada para controlar a inflação, e influencia todas as taxas de juros, inclusive a de empréstimos e investimentos financeiros. Embora uma Selic baixa signifique mais incentivo para o consumo e investimentos no país, a taxa básica é uma forma de arrecadação importante do Governo Federal.

No caso da inflação, uma taxa maior da Selic desestimula a aceleração da economia, diminuindo a subida do IPCA. Para o consumidor final, uma alta da Selic significa preços mais estáveis e acessíveis, mas, em contrapartida, mais juros de crédito.

Alterações da Selic acontecem justamente porque a economia não é estável. Na definição de uma nova taxa básica de juros, inúmeros indicadores da economia brasileira são avaliados.


Saiba mais

Selic mantida a 2% indica que inflação surpreendeu o Banco Central


A possível prorrogação de programas como o Auxílio Emergencial, por exemplo, podem influenciar diretamente na Selic. No caso da retomada do programa sem a compensação via corte de gastos ou aumento de impostos, a taxa básica deve subir.

“Se fizer mais um pacote fiscal sem nenhuma contraparte, a mensagem que será passada é que a trajetória da dívida vai continuar a subir e o prêmio de risco que os investidores vão pedir para manter a dívida brasileira pode ter um efeito, uma implicação de qual tipo de política que o Banco Central pode adotar”, disse Campos Neto na terça-feira (09) em videoconferência.

Até o momento, as principais projeções apontam para um aumento da Selic em março, ou até mesmo após a reunião do Copom em maio.

Para Barclays, a Selic deve ir a 4% até setembro deste ano. Para o Santander, a taxa básica deve aumentar em 0,25% em março, ou 0,50% em maio.

Segundo o Boletim Focus do dia 8 deste mês, 2021 deve terminar com uma Selic de 3,47%.

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Juan Tasso - Smart Money

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