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Infraestrutura: um entrave para o agro brasileiro

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Problema grave que faz com que a economia, como um todo, não deslanche como deveria, a falta de infraestrutura em um país deixa os empreendedores decepcionados. No Brasil, há décadas, temos um suporte deficitário. Tanto que, quando o poder público resolve investir, parece ser tarde demais, pois muitas vezes o estilo da obra e o prazo de conclusão a deixam obsoleta.


Um grande exemplo é a BR 101, que liga o Brasil do Sul ao Norte. A duplicação já deveria de estar pronta há 30 anos atrás. Hoje, as condições de trafegabilidade estão boas, entretanto, em feriadões e durante o verão, devido ao grande fluxo de veículos, nota-se a defasagem da rodovia que, deveria de estar com mais uma pista de cada lado, pelo menos.

Mas este é somente um dos exemplos do Brasil que está muito atrasado no quesito infraestrutura. Os modais logísticos brasileiros (rodoviário, aquaviário, aéreo, dutoviário e ferroviário) necessitam, urgentemente, de grandes investimentos para que nossas safras agrícolas possam ser escoadas com agilidade, reduzindo perdas e sendo entregues aos consumidores com total integridade dos produtos transportados.

O Agronegócio sofre com essa negligência do poder público há décadas. Não somente com a falta de suporte em rodovias federais e estaduais, mas também nas estradas municipais, que é de onde retiramos grande parte da produção brasileira. Sem falar nas ferrovias, que estão praticamente abandonadas. E, por se tratar de um modal que necessita de grande investimento, muitos governantes acabam o deixando de lado.


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A safra de grãos 2020/2021 promete ser a maior da história. Com o dólar valorizado, as exportações serão imensas. A pujança do setor agrícola, com grande produtividade de nossos agricultores, aliado a novas tecnologias (sementes, máquinas de última geração, etc.) contrasta com uma infraestrutura frágil. Mesmo que as três esferas da nação tenham investido em melhorar nossa malha rodoviária, aeroportos e portos, mesmo assim, não foi o suficiente pelo tanto que nosso país cresce nesse setor que é exemplo de competitividade.

Precisamos de sustentação para que o Agronegócio brasileiro cresça ainda mais, proporcionando novos recordes de superávit na balança comercial. Se o país tem grande aptidão no setor primário, é de vital importância que o poder público tenha bons olhos as demandas deste que tem sido o “carro chefe” de nossa economia. O Agro merece muito mais do que aquilo que lhe é proporcionado, em termos de suporte para escoamento da safra.


O Agronegócio brasileiro funciona muito bem. Inclusive, em grande parte, tem sido financiado por empresas privadas, ao invés de buscar o crédito agrícola, que ficou a cada ano mais restrito e com muitas exigências. Talvez o único pedido que todo produtor rural de nosso país faria aos governantes seria de melhorar nossa infraestrutura.

Assim, teríamos menos custos de transporte, redução de perdas, segurança para escoar as safras e, consequentemente, mais dinheiro no bolso. Inclusive do comprador, pois poderia adquirir mercadorias com melhor preço. Tornaríamos o Brasil um país muito mais competitivo em âmbito global (exportações) e, no mercado interno o preço pago na gôndola do supermercado seria mais em conta para os consumidores.

O Agro é meu, e nosso chão! Precisamos lutar por ele!

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Denis Kohler Bubolz

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