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Petrobras despenca -16,5% após intervenção de Bolsonaro

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As ações preferenciais da Petrobras (PETR4) abriram o pregão desta segunda-feira despencando -16,5% às 10h19, a R$ 22,85 cada, após a intervenção de Bolsonaro na sexta-feira (19). As ações ordinárias (PETR3) caíram -16,3%, a R$ 22,70 cada. O Ibovespa também abriu em queda, de -4,35% às 10h19.

Hoje mais cedo, às 7h, a Petrobras já tinha caído -15% no pré-market das bolsas de Nova Iorque.

Os resultados negativos acontecem depois da intervenção de Bolsonaro na estatal. Na sexta-feira (19), antes do mercado fechar, o chefe do executivo havia criticado o aumento no preço dos combustíveis nas refinarias, e sinalizou intervenção. As declarações fizeram as ações ordinárias da Petrobras despencarem 7,92%.

Foi apenas depois do fechamento do Ibovespa, porém, que Bolsonaro anunciou oficialmente a demissão de Roberto Castello Branco e a indicação de Joaquim Silva e Luna para a presidência da Petrobras.

A ação foi recebida com críticas duras de instituições financeiras e investidores. As gestoras já começaram a rebaixar os papéis da estatal, sob risco da empresa não cumprir com os preços vigentes no mercado internacional.

“Está se tornando cada vez mais difícil do ponto de vista político para a Petrobras implementar uma política de preços em que os preços dos combustíveis variam de acordo com as variações dos preços do câmbio e do barril de petróleo”, diz o relatório da XP Investimentos, que rebaixou os papéis da estatal para VENDA.

Não apenas isso, mas o mercado aguarda com extrema negatividade a possível intervenção de Bolsonaro em outras estatais brasileiras:

“Vamos meter o dedo na energia elétrica, que é outro problema também”, disse Bolsonaro na sexta-feira (19).

O episódio deve somar a lista de ações que fritam o ministro da Economia, Paulo Guedes, que ainda não se pronunciou sobre a intervenção na estatal. Há menos de duas semanas atrás, o mercado comemorava a aprovação da autonomia do Banco Central.


Saiba mais

Anunciando mudanças no setor de energia elétrica, Bolsonaro anuncia intervenção


O que esperar do futuro?

Mesmo sem certezas absolutas sobre a administração de Joaquim Silva e Luna, os investidores temem que a Petrobras passe a não cumprir com os preços vigentes do mercado internacional. No caso de atitudes que vão contra o mercado, a estatal corre o risco de perder boa parte de sua credibilidade, o que deve impactar diretamente na economia do país.

Porém, mesmo no caso de uma administração positiva, a estatal já colhe frutos amargos do mercado.

“Esperamos uma deterioração nos resultados no futuro, não apenas devido às margens de refino mais baixas, mas também devido aos riscos que a Petrobras deva realizar importações de combustível com prejuízo para evitar qualquer risco de desabastecimento no mercado local”, diz a análise da XP Investimentos sobre o futuro do valor da estatal.

Mesmo assim, o momento é de pessimismo. Bolsonaro também prometeu zerar o imposto sobre o diesel, em partes para amenizar a greve de caminhoneiros.

O momento não é bom. O Brasil passa por uma crise de credibilidade há meses, com um Congresso que só agora conseguiu dialogar para prorrogar o Auxílio Emergencial, juntamente com a aprovação de PECs, sem que a atitude fure o teto de gastos.

Com a recente atitude do Executivo, a negativa na credibilidade do país deve retornar.

Foto: Agência Brasil / Divulgação

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Juan Tasso - Smart Money

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