As ações ordinárias da Americanas (LAME3) saltaram 40% no pregão de segunda-feira (22). Os motivos não são poucos. Na sexta-feira (19), as duas gigantes do varejo, a Americanas e B2W (BTOW3), anunciaram a criação de comitês independentes para analisar a fusão das duas companhias.
A B2W já é responsável pelas vendas da Americanas, mas certamente existe mais espaço para sinergia, simplificando processos.
Com a junção, as empresas somarão 46 milhões de clientes na Americanas, Submarino e Shoptime, contando com mais de 1.700 lojas por todo o país.. A fusão vai fazer bem especialmente para o e-commerce das empresas.
Segundo a XP Investimentos, a sinergia é mais que o suficiente para colocar o universo Americanas entre os maiores players da Bolsa, como a Magazine Luiza (MGLU3).
Ao longo prazo, uma maior sinergia das companhias pode melhorar a experiência do consumidor. Um maior alinhamento de ideias, planos e objetivos só tende a melhorar o serviço a longo prazo.
Mesmo com poucas informações sobre como a junção se dará, é possível dizer que o resultante pode ser uma nova empresa de avaliação próxima de R$ 100 bilhões, considerando R$ 48,1 bilhões de valor de mercado da B2W e R$ 49,1 bilhões das Americanas.
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A fusão das gigantes será o suficiente para combater a Magalu?
A Magazine Luiza (MGLU3) dispensa apresentações. Com R$ 161,5 bilhões de valor de mercado, de acordo com dados da bolsa de terça-feira (23), a gigante do e-commerce é uma das empresas que melhor atuou em 2020 no ramo do varejo.
Com a pandemia, as ações da Magalu cresceram 109,7% em 2020, impulsionada pela boa administração e integração no e-commerce. As lojas Americanas caíram -4,6% na bolsa em 2020, enquanto a B2W valorizou 34,4%.
A B2W e Americanas podem superar, porém, no volume total de vendas. No 3T20, R$ 16 bilhões, a soma das duas empresas superam os R$ 12,3 bilhões da Magalu.
Segundo a XP Investimentos, as vendas da fusão podem superar R$ 57,6 bilhões, passando da estimativa dos R$ 53,5 bilhões da Magalu.
A Magalu e Via Varejo (VVAR3) somam resultados extremamente positivos em 2020, especialmente por ser um ano de pandemia. O fator crucial foi a incrementação, aplicação e investimento no setor de e-commerce, que viveu um verdadeiro boom em um ano marcado por restrições sociais.
Mesmo com bons resultados imediatos com a fusão, ao longo prazo, resultados do planejamento das Americanas e B2W podem ser o fator crucial para colocar as companhias entre as maiores do varejo.
Imagem: Americanas / Divulgação
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