O Brasil registrou o segundo pior dia em número de óbitos por COVID-19 desde o início da pandemia. Com 1.582 mortes confirmadas ontem (25), o país passa por inadimplências políticas, com falta de isolamento social por todo o território nacional, além de atrasos categóricos no plano nacional de imunização.
Duas PECs marcaram a semana do Congresso. A PEC da Imunidade deve ser votada hoje, após adiamentos por falta de diálogos. A PEC Emergencial, porém, só deve ser votada na semana que vem.
Esses e outros destaques você confere agora.
BRASIL REGISTRA 2º PIOR DIA EM NÚMERO DE ÓBITOS POR COVID-19 DESDE O INÍCIO DA PANDEMIA
O Brasil registrou 1.582 óbitos por COVID-19 ontem (25), elevando o total para 251.661. É o segundo pior dia em número de óbitos desde o início da pandemia.
A média móvel de óbitos dos últimos sete dias é de 1.150.
Fonte: WorldMeters
A preocupação de especialistas é quanto à baixa taxa de isolamento social registrada no país, além da falta de medidas cabíveis para conter o avanço do vírus.
O Brasil anda na direção oposta dos números registrados no mundo inteiro, que registram quedas significativas em número de casos diários.
Para tentar enfrentar o avanço da pandemia, ontem (25), em live, o governador do estado do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), anunciou bandeira preta em todo o estado a partir do sábado (27), sem a possibilidade de os prefeitos abrandarem as regras em suas respectivas cidades.
Além da ineficiência e às vezes ausência de medidas, a vacinação no país está flagrantemente atrasada. 6,3 milhões de pessoas já receberam a primeira dose de um dos imunizantes, mas o número sofreu pouca variação durante a semana.
1,7 milhões de pessoas receberam a segunda dose das vacinas. Com este número, 0,83% da população brasileira está imunizada contra COVID-19.
O Ministério da Saúde anunciou a compra de 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin. O imunizante, porém, ainda está na terceira etapa de estudos.
PEC DA IMUNIDADE PARLAMENTAR É VOTADA HOJE
A PEC da Imunidade, que muda diretrizes sobre a imunidade parlamentar, é votada nesta sexta-feira (26). A PEC, que não passou por comissão, havia sido adiada depois da ausência de acordo no Congresso.
A PEC é uma reação direta a prisão de Daniel Silveira (PSL), detido após defender o AI-5 e atacar a corte do Supremo Tribunal Federal (STF).
Com a aprovação da proposta, parlamentares só poderão ser presos de acordo com crimes previstos na Constituição. Como o caso de Daniel Silveira foi enquadrado nos crimes previstos na Lei de Segurança Nacional, a aprovação pode favorecer o congressista.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (DEM), se demonstra inquieto com a falta de diálogo entre os congressistas:
VOTAÇÃO DA PEC EMERGENCIAL É ADIADA PARA QUARTA-FEIRA (03)
A votação da PEC Emergencial, necessária para a prorrogação do Auxílio Emergencial, foi adiada para a próxima quarta-feira (03). O adiamento deve atrasar a retomada do programa, que presta assistência à população informal do país durante a pandemia.
Com o acordo fechado na sessão plenária de ontem (25), o relator da proposta, Marcio Bittar (MDB), lerá a proposta em sessão na terça-feira (02), as discussões serão feitas, e a votação acontece no dia seguinte.
A votação da PEC foi adiada por falta de diálogos e acordo entre os congressistas do Senado. Do jeito que está, a PEC anularia o valor mínimo obrigatório para o investimento em saúde e educação. Líderes da oposição ainda tentam barrar esse trecho.
Ainda existe uma discussão sobre “fatiar” a votação da PEC. Se for o caso, primeiro é votado o texto que permite a volta do Auxílio Emergencial, que é considerada urgente, e assuntos fiscais ficariam para depois.
“Ao vincular uma situação como essa, de um debate que é importante e é relevante, e que eu reconheço a necessidade, que é de travas fiscais, à concessão da retomada do auxílio, nós estamos condenando mais brasileiros à miséria e, na miséria, ele é forçado a ir para a rua, contaminar-se, fazer todo o ciclo de mortes”, disse o líder do Cidadania no Senado, Alessandro Vieira (SE), ao Correio Braziliense.
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AGENDA
Às 9h: a Taxa de Desemprego é publicada pelo IBGE. Às 11h, sai o Índice de Evolução de Emprego do CAGED publicado pelo Ministério do Trabalho.
BOLSAS E CÂMBIO
As perdas nas bolsas dos Estados Unidos, provocadas principalmente pelas empresas de tech, empurraram o mercado para a negativa neste início de sexta-feira (26).
Um aumento de juros nos Treasuries gerou um movimento de liquidação, com investidores evitando o risco.
Às 8h da manhã:
- STOXX 600 (STOXX): -0,43%, indo a 409,94 pontos
- DAX (GDAXI): -0,43%, indo a 13.820,15 pontos
- FTSE 100 (FTSE): -0,68%, indo a 6.606,85 pontos
- CAC 40 (FCHI): -0,57%, indo a5.750,71 pontos
- FTSE MIB (FTMIB): -0,64%, indo a 22.916,50 pontos
Influenciadas por Wall Street, as bolsas asiáticas fecharam apresentando resultados negativos.
- Hang Seng (HK50): -3,64%, indo a 28.980,21 pontos
- KOSPI (KS11): -2,80% , indo a 3.012,95 pontos
- Shanghai Composto (SSEC): -2,12%, indo a 3.509,08 pontos
- Nikkei 225 (N225): -3,99%, indo a 28.966,01 pontos
- Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): -2,43%, indo a 5.336,76 pontos
Às 8h da manhã, os mercados futuros dos Estados Unidos apresentam resultados mistos:
- Nasdaq 100 Futuros: -0,31%, indo a 12.791,50 pontos
- Dow Jones Futuros: -0,19%, indo a 31.311,0 pontos
- S&P 500 Futuros: -0,06%, indo a 3.825,88 pontos
Acompanhe as cotações do Dólar e o Euro na manhã desta sexta-feira (26):
- Às 9h05, o Dólar subiu +0,46%, a R$ 5,53
- Às 9h05, o Euro caiu -0,40%, a R$ 6,68
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