O Brasil bateu mais um recorde de número de óbitos por COVID-19. Próximos dos 260 mil mortos pela doença, o país ainda tem um baixíssimo nível de isolamento social, caminhando lado a lado com a lenta continuidade do programa nacional de imunização contra o vírus.
O governo federal anunciou que deve comprar milhões de doses da Pfizer (PFE) e Janssen, com entrega marcada para acontecer a partir de maio deste ano. O país podia ter garantido 40 milhões de doses da Pfizer em negociações do ano passado, mas o governo recusou a compra na época.
Esses e outros destaques você confere agora.
BRASIL REGISTRA RECORDE DE NÚMERO DE ÓBITOS POR COVID-19 PELO SEGUNDO DIA SEGUIDO
O Brasil mais uma vez bateu o recorde de número de óbitos diários por COVID-19. Ontem (03), 1.910 pessoas morreram pela doença, segundo dados do CONASS. É o segundo dia seguido que o país registra o recorde do número. No total, o Brasil tem 259.271 óbitos pela doença.
As mortes registradas na terça-feira (2) e ontem (03) superam o maior número de óbitos registrados em 2020, em julho, quando a pandemia matou 1.595 pessoas em um dia.
O Brasil continua na direção contrária do mundo todo, que pouco a pouco consegue superar a alta recente em número de casos diários e óbitos. Por aqui, a curva ainda não parou de subir.
Com baixo isolamento social, falta de medidas políticas e leitos de UTI lotados pelo país inteiro, o Brasil deve demorar para superar a pandemia de COVID-19. Isso, além de ser uma péssima notícia para o povo brasileiro, pode mudar as perspectivas econômicas acerca da recuperação fiscal do país.
A recuperação econômica do país, tal como a volta da normalidade social, depende das medidas impostas por governos e pela aceleração na vacinação da população. Ambos caminham em marcha lenta.
O caso Brasil já começa a repercutir em autoridades internacionais. Anthony Fauci, imunologista diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos EUA, disse que a situação por aqui é preocupante.
“É realmente uma situação muito difícil em que se encontra o Brasil. É muito difícil porque mesmo com a infecção do vírus original que estava circulando, na verdade, após a recuperação deste vírus, não há proteção contra a reinfecção da variante em circulação no Brasil. A melhor coisa a ser feita é vacinar o maior número de pessoas e o mais rápido o possível”, disse Fauci.
GOVERNO ANUNCIA INTENÇÃO DE COMPRA DE DOSES DA PFIZER E JANSSEN
O governo anunciou ontem (03) a intenção de compra de pelo menos 138 milhões de doses dos imunizantes da Pfizer (PFE) e Janssen contra COVID-19. Segundo o documento publicado no Diário da União (DOU), a compra será feita diretamente por empresas, sem licitação.
O Ministério da Saúde pretende comprar 100 milhões de doses da Pfizer (PFE), com o início de entrega marcado para maio deste ano.
Em vídeo, o ministro Pazuello agradeceu pelos esforços do Congresso e governo federal:
“Graças à aprovação pelo Congresso Nacional e à articulação do governo federal, será possível agora incorporar novas vacinas que antes possuíam impeditivos legais. Estamos trabalhando forte para que, até o final deste ano, os maiores de 18 anos que puderem ser vacinados sejam vacinados”, disse o ministro.
Até o momento, 7,7 milhões de pessoas receberam a primeira dose de uma das vacinas autorizadas pela Anvisa. Destas, 2,3 milhões receberam a segunda dose dos imunizantes.
De acordo com este dado, pelo menos 1,10% da população brasileira está oficialmente imunizada contra COVID-19.
SENADO APROVA PEC EMERGENCIAL EM PRIMEIRO TURNO, SEGUNDO TURNO ESTÁ MARCADO PARA HOJE
Por 62 votos a 16, Senado aprovou em primeiro turno a PEC Emergencial, medida necessária para abrir precedentes fiscais para a prorrogação do Auxílio Emergencial. A votação do segundo turno da PEC deve acontecer ainda hoje no Senado.
Além de viabilizar a retomada do programa social, a PEC dispõe de medidas cabíveis caso o teto de gastos do país seja rompido.
O ponto que retira o gasto obrigatório na saúde e educação foi cortado da PEC. A decisão foi tomada depois da repercussão negativa e risco da PEC morrer no plenário.
Os valores e extensão do Auxílio Emergencial ainda não foram definidos pelo governo federal. O que se sabe até agora indica que serão pagas quatro parcelas de R$ 250 para um número reduzido de beneficiários.
A prorrogação do Auxílio Emergencial acontece no momento em que o Brasil bate recorde de número de óbitos pela COVID-19, aumentando o isolamento social e as medidas adotadas por governos para conter o avanço do vírus. As novas parcelas deverão ajudar a população informal, amplamente prejudicada por um ano parado.
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AGENDA
Ás 18h: o Índice de Evolução de Emprego do CAGED é publicado pelo Ministério do Trabalho.
BOLSAS E CÂMBIO
De olho no pacote de estímulo de US$ 1,9 trilhão nos EUA, os mercados europeus iniciam a manhã registrando baixas em seus índices.
Com o Brexit já em vigor, os embates entre a Inglaterra, que tenta proteger seus interesses, com países da Zona do Euro continuam.
Às 8h da manhã:
- STOXX 600 (STOXX): -1,01%, indo a 409,26 pontos
- DAX (GDAXI): -0,56%, indo a 14.001,10 pontos
- FTSE 100 (FTSE): -1,05%, indo a 6.605,44 pontos
- CAC 40 (FCHI): -0,33%, indo a 5.810,60 pontos
- FTSE MIB (FTMIB): -0,84%, indo a 22.853,50 pontos
A recente alta nos rendimentos de títulos nos EUA provocou uma queda nos índices asiáticos.
- Hang Seng (HK50): -2,15%, indo a 29.236,79 pontos
- KOSPI (KS11): -1,28% , indo a 3.043,49 pontos
- Shanghai Composto (SSEC): -2,05%, indo a 3.503,49 pontos
- Nikkei 225 (N225): -2,13%, indo a 28.930,11 pontos
- Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): -3,15%, indo a 5.280,71 pontos
Às 8h da manhã, os índices futuros dos EUA apresentam resultados negativos.
- Nasdaq 100 Futuros: -0,72%, indo a 12.590,50 pontos
- Dow Jones Futuros: -0,36%, indo a 31.125,0 pontos
- S&P 500 Futuros: –0,53%, indo a 3.796,62 pontos
Acompanhe as cotações do Dólar e o Euro na manhã desta quinta-feira (04):
- Às 9h05, o Dólar caiu -2,40%, a R$ 5,60
- Às 9h05, o Euro caiu -3,23%, a R$ 6,71
Foto: Reuters / Divulgação
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