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Via Varejo cresce no 4T20, fortalecida por vendas online

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Superando as projeções de analistas, a Via Varejo (SA:VVAR3) reportou lucro no 4T20, de R$ 336 milhões. A empresa vem de um prejuízo de R$ 875 milhões nos últimos três meses de 2019. O resultado foi fortalecido pelo volume das vendas no canal online e reabertura de lojas físicas. A receita líquida cresceu 24,4% ano a ano, para R$ 9,47 bilhões. O setor de vendas digitais subiu de 24% para 38%, e houve também crescimento nas vendas mesmas lojas, de 6,1%, com aumento total de vendas de 5,6%.

No e-commerce, a varejista registrou crescimento anual de 106% no GMV, que atingiu R$ 4,7 bilhões. O Ebitda ajustado passou de um resultado negativo de R$ 35 milhões para um positivo de R$ 545 milhões, 16% acima da projeção de consenso do mercado. A margem Ebitda evoluiu de -0,5% para 5,8%.

Alguns analistas dizem que a empresa apontou várias iniciativas a serem implantadas em 2021, em questão operacional, logística e financeira. E isso, ressaltam, vai gerar valor no futuro. Outros analistas apontam a perda de margem, mas não descartam o resultado positivo, destacando que 2020 foi desafiador para a Via Varejo como também para o setor, com um forte movimento nas vendas online, o que se projetava para os próximos anos. 

Economistas observam ainda que o resultado trimestral só demonstra o bom momento que a empresa alcançou no ano passado, com uma forte evolução do canal digital, que deverá ter um impulso ainda mais forte em razão dos investimentos previstos na área neste ano. 

As características enumeradas pelos economistas como altamente positivas referem-se principalmente às vendas, tanto físicas quanto online, que fizeram com que a carteira de clientes da Via Varejo aumentasse inclusive com consumidores das classes mais altas durante os três últimos meses de 2020. Eles acreditam que os problemas no setor operacional ficaram para trás frente ao forte resultado do 4T20, conseguindo recuperar a capacidade de execução e market share.


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Ações

As ações da VVAR fecharam o pregão da quarta-feira (3) em queda de 0,83%, a R$ 11,92, junto com o Ibovespa, que terminou o dia em baixa de 0,32%, aos 111.183,95 pontos. Após o resultado ter sido anunciado ao mercado pela empresa, esta teve sete recomendações de Compra, uma Neutra e uma de Venda, com preço-alvo médio de R$ 22,06. Observa-se que desde o início deste ano, os papéis registraram uma baixa de 25,6%, um movimento que pode, segundo analistas, se justificar pela desconfiança do mercado em relação ao market place, que apresenta um crescimento lento. 

Também há um temor em relação ao setor de eletroeletrônicos e eletrodomésticos, que bateram marcas recordes de vendas no ano passado e que podem não apresentar os mesmos números de entregas este ano. Porém, apontam vantagens competitivas, principalmente quanto ao número de lojas, o crediário e a fábrica de móveis, além de melhorias tecnológicas e entrada de novos vendedores na plataforma.

Analistas ainda destacam o fato da Via Varejo utilizar os pontos físicos como hubs logísticos para baratear o custo e reduzir o tempo de entrega. Outro fator é a queda nos índices de inadimplência. O mercado espera agora que a varejista brasileira siga apresentando resultados e demonstre recuperação mais significativa também nas vendas físicas. No entanto apontam como principal risco a alta competitividade que enfrenta e pode impactar forte no futuro.

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