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Americanas, Natura, Azul, Iguatemi, BB, B3, MRV, CCR, B2W e AES Brasil divulgam resultados do 4T20 em meio a lucros e prejuízos

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O mercado vem recebendo o resultado de várias empresas, referente ao 4T20. São resultados que apresentam  lucros, outros prejuízos, mas todos com impacto diretamente junto ao mercado financeiro e o de investimentos. Começando pela Lojas Americanas (LAME4), que apresentou no período um lucro líquido de R$ 400,4 milhões. Esse número não difere muito do apresentado em igual período em 2019, que foi de R$ 398 milhões. O Ebitda consolidado da varejista nos três últimos meses de 2020 ficou em R$ 1,106 bilhão. Uma queda anual de 8,8%. Já no critério da Controladora, a retração foi de 11%, com o indicador totalizando R$ 841,7 milhões.

Já o Ebitda ajustado teve queda de 5,8% na relação anual, batendo R$ 993,5 milhões no 4T20. No critério consolidado, o indicador ajustado também apresentou retração, de 5,4%, totalizando R$ 1,235 bilhão no período. A receita líquida atingiu R$ 4,112 bilhões, também registrando recuo, dessa vez de 4,8%. No consolidado houve avanço de 15%, com as receitas chegando a R$ 7,433 bilhões. A venda bruta de mercadorias também apresentou alta, de 18,4%, para R$ 13,499 bilhões.

 NATURA (NTCO3)

Também revertendo prejuízo de R$ 176,1 milhões  anotado nos últimos três meses de 2019, a  Natura & Co. (NTCO3), registrou no 4T20, um lucro de R$ 175,7 milhões. Observa-se que no resultado não está incluso o efeito de Alocação de Preço de Compra (PPA, na sigla em inglês), que envolve a aquisição da Avon. 

Levando-se em conta o PPA, houve lucro de R$ 22,3 milhões em 2019, o que fez o resultado do último trimestre de 2020 ter uma alta significativa de 687,5%. Os resultados consolidados incluem Natura &Co Latam, Avon International, The Body Shop e Aesop, além das subsidiárias da Natura nos Estados Unidos, França e Holanda. O lucro do Ebitda atingiu R$ 1,254 bilhão, uma alta de 21,3% sobre o mesmo intervalo de 2019. 

A despesa financeira líquida somou R$ 248,9 milhões, retração de 36,2% frente a 2019. A receita líquida do grupo avançou 24,3% sobre o mesmo período de 2019, para R$ 11,997 bilhões. No acumulado de 2020, o grupo teve que segurar um prejuízo de R$ 663,7 milhões, contra um lucro de R$ 173 milhões em 2019. Considerando o PPA, o lucro de 2019 foi de R$ 155,5 milhões. A receita líquida entre 2019 e 2020 cresceu 12,1%, para R$ 36,922 bilhões.

B3 (B3SA3) 

Com um crescimento de 52,98% na comparação, a B3 informou um lucro líquido de R$ 4,2 bilhões em 2020, frente ao lucro de R$ 2,7 bilhões de 2019. A receita fechou 2019 em R$ 9,3 bilhões, ou seja, um crescimento de 41,83%. Com um lucro líquido recorrente apontando um crescimento de 34,1%, para R$ 1,159 bilhão, a operadora da Bolsa apresentou no 4T20, lucro líquido de R$ 1,097 bilhão, um incremento de 49,7% sobre os três meses finais de 2019.

Também a receita líquida apontou crescimento de 44,4%, ficando em R$ 2,280 bilhões entre outubro e dezembro do ano passado. O Ebitda recorrente da empresa alcançou R$ 1,729 bilhão, um acréscimo de 46,5% frente ao mesmo período de 2019.

A B3 também viu as despesas subirem 10% de um ano para o outro, chegando a R$ 722,5 milhões. As despesas ajustadas somaram R$ 341,7 milhões, aumento de 9,6%. A bolsa de valores oficial do Brasil, afirmou que o sólido desempenho financeiro e forte geração de caixa, que totalizou R$ 6,1 bilhões no ano, encontraram amparo nos altos volumes negociados nas plataformas ao longo do ano. Apontando também que foram distribuídos entre os acionistas, em 2020, a soma de R$ 6,2 bilhões. 

MRV (MRVE3)

A MRV & Co – construtora brasileira, constituída como sociedade anônima de capital aberto e negociada na B3 sob o código MRVE3, divulgou um lucro líquido de R$ 196 milhões no 4T20. Em relação ao mesmo período do ano passado, o crescimento foi de 29,8%. No acumulado do ano, a queda foi de 20,3%, em relação a 2019, totalizando R$ 550 milhões. O bom resultado reflete o avanço dos lançamentos e vendas nos meses anteriores e a melhora da margem operacional nas suas linhas de negócios. 


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O Ebitda consolidado apresentou uma alta de 41,9% no trimestre, para R$ 327 milhões. O total no ano foi de R$ 1,007 bilhão. O número representou uma pequena queda de 0,2%. Enquanto isso, a margem Ebitda no trimestre bateu em 19,2%, ganho de 3 pontos porcentuais. A receita líquida nos três últimos meses de 2020 foi de R$ 1,702 bilhão, o equivalente a uma alta de 19,9%, com uma evolução positiva de 9,8% no ano, totalizando R$ 6,646 bilhões.

No trimestre em questão, também computado de forma positiva, a venda do primeiro empreendimento da construtora americana AHS após sua aquisição pela MRV, negociado a US$57 milhões. Um negócio que rendeu um lucro bruto de US$ 17 milhões. No acumulado de 2020, o lucro gerou uma receita líquida de R$ 47 milhões, montante 65,7% menor do que em 2019.

CCR (CCRO3)

A CCR – gigante brasileiro do ramo de concessões de infraestrutura, transportes e serviços reportou um lucro líquido acumulado de R$ 191 milhões em 2020. Mesmo com o valor significativo, houve queda de  86,7% frente a 2019. 

 O Ebitda ajustado, com uma queda de 18,6% sobre o resultado de 2019,  apresentou um total R$ 4,71 bilhões no consolidado de 2020. A margem Ebitda ajustada encerrou o ano com recuo de 8,2 pontos percentuais, em 52,7%, em relação a 2019. A receita líquida foi de R$ 8,94 bilhões no 4T20, queda de 5,8% sobre um ano antes. No critério pró-forma, houve queda de 7,7%, para R$ 9,35 bilhões.

B2W (BTOW3)

Driblando o prejuízo de R$ 22,3 milhões no 4T19, a B2W (BTOW3) registrou lucro líquido de R$ 15,6 milhões no mesmo período deste ano.  Mesmo tendo lucro, em relação ao mesmo período do ano passado, houve queda de 26,7%. As vendas totais chegaram a R$ 9,18 bilhões, ou seja, uma alavancagem de 38,2% na comparação anual. Com isso, a B2W viu sua receita líquida subir em 50%, para R$ 3,33 bilhões. O Ebitda ajustado ficou em R$ 385,7 milhões. Uma aceleração de 51,7% frente ao mesmo período em 2019.

IGUATEMI (IGTA3)

A rede de shopping centers Iguatemi, que é sócia de 16 empreendimentos, apresentou no acumulado do ano de 2020, um lucro líquido de R$ 202,3 milhões. No entanto, o valor ficou aquém 35,6% em relação ao ano anterior. O lucro líquido no 4T20 foi de R$ 82 milhões, recuo de 26,7% em relação ao mesmo período de 2019. A queda se dá pelo fechamento dos shoppings durante períodos da pandemia e reflete sobre a receita de estacionamento e a cobrança de aluguel de lojistas.

Mas a rede tem um lado positivo a comemorar: o ganho de R$ 18,9 milhões no trimestre com vendas de terrenos no estado de São Paulo. O Ebitda enquanto isso somou, no trimestre, R$ 162,2 milhões, recuo de 19,0%, totalizando R$ 514,2 milhões no ano, um recuo de 19,1%. A margem Ebitda no trimestre foi de 88%, encolhimento de 6,8 pontos porcentuais. Com baixa de 12,7%, a receita líquida no trimestre chegou a R$ 184,403 milhões. Em 2019, totalizou R$ 684,243 milhões, encolhimento de 9,3%.

AES Brasil (TIET11)

Após negociar contrato para prover energia à Ferbasa (FESA3;FESA4), à elétrica AES Brasil atualizou sua estimativa de investimentos para o período entre 2021 e 2025 para cerca de R$ 2,4 bilhões, frente a R$ 1,5 bilhão projetados anteriormente. 

AZUL (AZUL4)

Com a avaliação de que há ainda por volta de três meses  de dificuldades ainda em 2021, a Azul (AZUL4) decidiu pelo corte de 50 voos por dia entre março e abril, ficando em uma média de 600 voos diários para o período. Mesmo assim, a companhia opera com otimismo, tendo como justificativa a vacinação contra o Covid. Enquanto isso, a companhia se sente confiante para traçar objetivos para este ano, como a instalação de wi-fi na frota. 

O otimismo se espalha para a Azul Cargo, que no 4T20 teve na sua receita, um crescimento de 64% em relação ao mesmo período de 2019. A empresa também acredita no e-commerce, como grande incentivador dos negócios. E o setor deve ser alvo de investimentos ainda neste ano.

 BANCO DO BRASIL (BBAS3)

O Banco do Brasil registrou lucro líquido contábil de R$ 12,69 bilhões em 2020, um recuo de 30,1% em relação a 2019, quando a instituição financeira lucrou R$ 18,62 bilhões. O lucro líquido foi de R$ 3,199 bilhões, o que representa uma queda de 43,8% na comparação com o mesmo período do ano anterior (R$ 5,694). Ainda registrou lucro líquido contábil de R$ 12,69 bilhões em 2020. O resultado apresenta uma queda de 30,1% em relação a 2019, quando a instituição lucrou R$ 18,62 bilhões. A divulgação dos números foi em fevereiro.

Enquanto isso, conselheiros de administração apoiam o presidente André Brandão, em razão de especulações sobre sua substituição. Na semana passada, Brandão colocou o cargo à disposição do presidente Jair Bolsonaro, com o qual se desentendeu em razão de cortes de agências e pessoal. Os conselheiros destacaram a atuação de Brandão em sua competência técnica e reputação ilibada.

A ata da reunião extraordinária é assinada por Hélio Lima Magalhães (presidente do conselho), José Guimarães Monforte, Luiz Serafim Spinola Santos e Paulo Roberto Evangelista de Lima.

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