A PEC emergencial foi aprovada no Senado ontem (04). Agora, a proposta que viabiliza a volta do Auxílio Emergencial, e cria “gatilhos” no caso de rompimento no teto de gastos, vai à Câmara dos Deputados.
O Brasil bateu mais uma vez o recorde de média móvel de óbitos por COVID-19 dos últimos 7 dias. Com o baixo isolamento social e falta de leitos em todos os estados, a situação da pandemia no país deve piorar.
Esses e outros destaques você confere agora.
PEC EMERGENCIAL É APROVADA NO SENADO E VAI À CÂMARA
A PEC Emergencial, necessária para a retomada do Auxílio Emergencial, foi aprovada em segundo turno no Senado ontem (04). Agora, a proposta vai à Câmara dos Deputados, para depois seguir para sanção do presidente.
Além de viabilizar a retomada do Auxílio, a PEC dispõe de medidas fiscais podendo ou não serem adotadas caso o teto de gastos do país for rompido.
A decisão é comemorada pelo presidente do Senado:
O principal ponto da PEC que viabiliza a volta do programa é o crédito extra de R$ 44 bilhões fora do teto de gastos.
Diversos pontos foram cortados para que a PEC fosse aprovada. Uma delas é a redução de até 25% nos salários de servidores e a redução proporcional na jornada de trabalho.
Outro ponto que ficou de fora após pressões da oposição é o fim dos gastos mínimos para a área da saúde e educação.
A PEC também cria “gatilhos” no caso das despesas passarem de 95%. No caso deste rompimento, ficam proibidas as realizações de novos concursos públicos, aumento de salários no funcionalismo público, renegociações de dívidas e criação de cargos e despesas obrigatórias.
A proposta não define especificidades do Auxílio Emergencial, como valor, data e número de beneficiários. As sinalizações do governo federal indicam que o programa deve pagar quatro parcelas de R$ 250 para uma parcela reduzida da população.
Para famílias compostas por mulheres e filhos, o programa deve pagar até R$ 375. As famílias de uma pessoa só devem receber R$ 150.
COM 1.786 MORTES CONFIRMADAS ONTEM, BRASIL BATE MAIS UM RECORDE NA MÉDIA MÓVEL
O Brasil confirmou 1.786 mortes por COVID-19 ontem (04). O número é maior que qualquer um registrado no ano passado, e eleva o total de óbitos na pandemia para 261.188.
A média móvel de mortes no Brasil é de 1.361, a mais alta desde o início da pandemia. É o 43º dia seguido deste número acima de 1.000.
74.285 casos foram confirmados ontem (04), elevando o total para 10.796.506.
Diversos estados ainda registram lotação nos leitos de UTI. No caso do Rio Grande do Sul, de acordo com o portal oficial de monitoramento da pandemia, 100% dos leitos de UTI do estado estão lotados.
Segundo a apuração do jornal Valor, a cúpula do Ministério da Saúde espera que o número de mortes diárias no Brasil passe dos 3.000.
Em entrevista ao El País, o médico e neurocientista Miguel Nicolelis disse que o número é perfeitamente possível.
“As pessoas estão falando de sucessão presidencial em 2022 quando o país está morrendo na pandemia. Faltou decisão política e visão estratégica. Faltou as pessoas eleitas pensarem não nos lobbies econômicos e políticos que as sustentam, mas nos cidadãos como prioridade. É preciso bancar uma decisão”, disse o médico.
E a vacinação?
O método mais eficiente de superação da pandemia continua em ritmo lento no país. Mesmo com a recente indicação de compra de imunizantes da Pfizer (PFE), a entrega deve acontecer apenas em maio, e até dezembro.
7,7 milhões de pessoas foram vacinadas no Brasil até agora. 2,4 milhões já receberam a segunda dose de um dos imunizantes distribuídos nacionalmente.
Saiba mais
Avançam as discussões sobre a continuidade do auxílio emergencial
AGENDA
Às 9h: dados da produção industrial anual referente à 2020 são divulgados pelo IBGE.
BOLSAS E CÂMBIO
As falas de Jerome Powell, Presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos, não agradaram os investidores.
Seguindo Wall Street, o mercado europeu reage de forma negativa à possibilidade do banco central dos EUA não estar pronto para conter o aumento significativo no rendimento de títulos ao longo prazo.
Às 8h da manhã:
- STOXX 600 (STOXX): -0,36%, indo a 410,41 pontos
- DAX (GDAXI): -0,76%, indo a 13.949,90 pontos
- FTSE 100 (FTSE): +0,13%, indo a 6.659,27 pontos
- CAC 40 (FCHI): -0,56%, indo a 5.797,90 pontos
- FTSE MIB (FTMIB): +0,01%, indo a 23.096,50 pontos
Os resultados ruins em Wall Street provocaram quedas nos índices asiáticos, que fecharam em baixa.
- Hang Seng (HK50): -0,47%, indo a 29.098,29 pontos
- KOSPI (KS11): -0,57% , indo a 3.026,26 pontos
- Shanghai Composto (SSEC): -0,04%, indo a 3.501,99 pontos
- Nikkei 225 (N225): -0,23%, indo a 28.864,32 pontos
- Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): -0,34%, indo a 5.262,80 pontos
Às 8h da manhã, os índices futuros dos EUA apresentam resultados negativos.
- Nasdaq 100 Futuros: -0,36%, indo a 12.410,25 pontos
- Dow Jones Futuros: -0,13%, indo a 30.839,0 pontos
- S&P 500 Futuros: –0,17%, indo a 3.759,12 pontos
Acompanhe as cotações do Dólar e o Euro na manhã desta sexta-feira (05):
- Às 9h05, o Dólar subiu +0,30%, a R$ 5,67
- Às 9h05, o Euro subiu +0,19%, a R$ 6,78
Foto: Agência Brasil / Divulgação
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