A Bolsa de Valores (B3SA3) veio com tudo em 2021. O bom momento da B3 registra, só nos dois primeiros meses deste ano, 15 empresas novas que realizaram IPO, abrindo seu capital e listando suas ações. Este número é basicamente a soma de três anos, 2017, 2018 e 2019, quando 18 empresas ofertaram IPOs.
Porém, foi nestes três anos que a Bolsa perdeu 77 empresas, que acabaram fechando suas contas. Muitas delas optaram por fechar as transações na Bolsa, outras foram absorvidas por determinadas companhias e também há aquelas que fecharam suas portas de vez ao mercado como um todo.
Com a entrada destas estreias em 2021, como Mobly (MBLY3), loja de móveis online, que estreou no dia 5 de fevereiro, com alta de 33,33%, a B3 mostra que reverteu o recuo dos anos anteriores. Essa recuperação iniciou-se em 2020 – quando a B3 registrou 28 IPOs, depois de cinco anos consecutivos de recuo, que começou a ser registrado em 2014, avançando até 2019. Nestes cinco anos, o número de empresas abertas despencou de 459 para 391. Em 2020, a bolsa reagiu e já haviam 470 empresas. Atualmente são 418.
Também no ano de 2020 o número de pessoas físicas cadastradas na B3 quase dobrou, de 1,7 milhão para 3,2 milhões. Pode ser considerado pequeno, se comparado a população de mais de 210 milhões de brasileiros, mas é de longe o número mais expressivo já registrado.
A recuperação, que acontece de forma acelerada, nada mais é, segundo analistas da bolsa, do que o mercado de capitais tentando se fortalecer, embora esteja ainda distante do “boom” da então Bovespa, hoje unida à B3, que em 1990, contabilizava 615 empresas no pregão.
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De lá para cá, a Bolsa tem amargurado um enxugamento do qual não conseguiu se recuperar 100%. Observando que os anos de 2006 e 2007 somados listaram 90 empresas abrindo capital, batendo recorde em 2007, com 64 companhias ofertando IPO de uma vez.
O mercado ainda avalia o porquê do recuo e aponta que é fundamental ter uma Bolsa de Valores forte para comportar os investimentos que estão chegando, com juros baixos. Só os fundos têm R$ 6 trilhões em ativos atualmente. E o mercado, observam os analistas, não tem estrutura para concentrar tudo isso em ações.
Entre as razões que podem ter contribuído para o recuo de empresas listadas na Bolsa entre 1990 e 2000, estão os altos juros, que passavam dos 20% ao ano. Por outro lado, os juros atuais, considerados no menor valor, impulsionaram uma grande onda de novos investidores para a renda variável (de acordo com as expectativas do mercado) e é o principal fator que atrai empresas de todos os portes para a Bolsa.
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