Educação Financeira

Dinheiro é coisa de mulher, sim!

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Nesta semana tivemos o Dia Internacional da Mulher, data que é sempre marcada por reflexões importantes sobre papel da mulher na sociedade e como ele vem se transformando ao longo dos anos. No mercado financeiro não seria diferente. A representatividade feminina vem ganhando força nesse setor, mas com expressividade ainda lenta.

As mulheres ainda lidam com a falta de equiparação salarial, recebendo menos por exercerem as mesmas funções que os homens. Além da renda menor, os gastos geralmente são maiores. Uma pesquisa realizada pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) mostra que produtos femininos são, em média, 12,3% mais caros. Essa distorção nos preços dos itens consumidos pelas mulheres é chamada de “Pink Tax”.

Historicamente, a mulher acabou sendo inserida mais tarde no contexto das finanças e, da mesma forma, também inserida tardiamente no mercado de trabalho. Ainda hoje, mesmo que de forma sutil, permanece o estereótipo de que mulheres não são boas para lidar com matérias que envolvem números. Esses acabam sendo alguns dos fatores que afasta as mulheres do mercado financeiro, não só como investidoras, mas também como profissionais.

Atualmente, as mulheres correspondem a aproximadamente 25% dos cadastros B3 – Bolsa, Balcão, Brasil – mesmo depois de o número de investidores em renda variável ter aumentado significativamente no ano passado, o percentual feminino permaneceu constante. Isso se relaciona também ao perfil de investidora das mulheres, que é predominantemente conservador. Mas esse perfil também vem sofrendo mudanças ao passo que a representatividade feminina ganha força nesse cenário.

Profissionalmente falando, o mercado financeiro também é predominado por homens. Várias instituições financeiras buscam diminuir essa distorção no médio prazo. Um exemplo é a XP Investimentos que se comprometeu publicamente em aumentar seu quadro feminino, de forma a equipará-lo ao masculino até o ano de 2025. Esse é um exemplo de incentivo às mulheres que querem trabalhar no mercado financeiro, mas ainda sentem dificuldades em ingressar nesse setor.

Um ponto muito questionado em relação às mulheres, ao ingressarem no mercado de trabalho, é a maternidade. É comum este assunto ser uma pauta tratada nos processos seletivos e ser interpretada de forma inadequada. As mulheres que são mães são vistas como menos disponíveis que os homens, independente deles possuírem filhos ou não. Além disso, existe um temor pela gravidez e, consequentemente, a posterior “licença maternidade”. A própria mulher se sente insegura e desconfortável a levar a situação para o empregador devido a possíveis consequências. Para amenizar esse tipo de ocorrência, algumas empresas vêm oferecendo auxílio creche e espaço de amamentação.

O mercado financeiro também ganha com a inserção feminina. Um estudo realizado em 90 países, pela Hay Group, mostra que as mulheres possuem mais inteligência emocional, uma das competências mais importantes para cargos de liderança. Outro estudo, dessa vez realizado pela Warwick Business School, mostra que, no longo prazo, as carteiras de investimento das mulheres apresentam retornos melhores. O excesso de confiança dos homens faz com que eles realizem mais operações, tendo maiores custos e menor retorno líquido.

A melhor forma de aumentar a participação feminina no mundo das finanças é através da representatividade. Quanto mais mulheres falando de dinheiro, mais mulheres terão vontade de fazer o mesmo. Geralmente, nós escolhemos nossas profissões por inspirações, referências e exemplos. Por isso, incentivos são muito importantes e fazem toda diferença.

Kamila Alves

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