Educação Financeira

Qual a diferença entre gerir uma casa e uma nação? Entenda os conceitos de micro e macroeconomia

3 Minutos de leitura

Economia é um assunto complexo, isto provavelmente já sabe. Inúmeros termos usados no mercado causam confusão no público geral e faz com que muitas pessoas tenham certo receio de, por exemplo, entrar para o mundo dos investimentos.

Dois termos que você provavelmente já ouviu em uma discussão sobre economia são microeconomia e macroeconomia. Mas você sabe quais são as diferenças entre micro e macroeconomia? Este guia da Smart Money irá lhe auxiliar a entender melhor a diferença entre esses dois termos e como cada um deles influencia no seu cotidiano.

Antes de explicar os conceitos de microeconomia e macroeconomia de maneira avulsa, precisamos entender melhor o conceito geral de economia.

Segundo a Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP), economia “é o conjunto de atividades desenvolvidas pelos homens visando a produção, distribuição e o consumo de bens e serviços necessários à sobrevivência e à qualidade de vida”.

Diferente do que muitos podem imaginar, a Ciência Econômica está inserida no campo das ciências humanas, pois observa o comportamento humano a partir da sua relação com a sociedade capitalista. “A Ciência Econômica é uma ciência social, que estuda o funcionamento da Economia Capitalista, sob o pressuposto do comportamento racional do homem econômico, ou seja, da busca da alocação eficiente dos recursos escassos entre inúmeros fins alternativos”, aponta a FEA-USP.

Assim como qualquer outra ciência, a Ciência Econômica conta com uma variedade de correntes e divisões. A corrente mais comum nas universidades ocidentais é a neoclássica, que divide o estudo da economia em dois “níveis”, de acordo com a FEA-USP, sendo eles a microeconomia e a macroeconomia.


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MICROECONOMIA

Como o próprio nome sugere, a microeconomia estuda o comportamento individual de cada setor da economia de maneira individual. Um estudo microeconômico estuda, por exemplo, como uma família tende a gastar a sua renda, quais são seus gastos essenciais para garantir uma boa qualidade de vida, etc.

Para muitos, a microeconomia é chamada de “teoria dos preços”, pois as pesquisas neste nível costumam analisar preços de produtos e serviços, estudando os fenômenos que levam a composição dos preços estabelecidos no mercado.

A “teoria dos preços” se sustenta essencialmente no princípio da oferta e da demanda, considerado o principal fator na formação do preço de um produto ou serviço. De forma resumida, podemos dizer que um produto ou serviço com muita demanda e pouca oferta tende a ser muito valorizado no mercado, enquanto outro produto ou serviço com muita oferta e pouca procura tende a ter seu valor reduzido.

De acordo com a FEA-USP, a microeconomia como “discute a funcionalidade do mercado para garantir a organização e distribuição eficientes dos recursos escassos. Sua unidade de análise são os mercados específicos, examinando o comportamento e a interação dos agentes (consumidores e produtores)”.

Quando os conceitos básicos de microeconomia são dominados por uma empresa, por exemplo, a mesma tem uma capacidade avançada de conseguir calcular o valor preciso de uma mercadoria a ser comercializada.

MACROECONOMIA

A macroeconomia é um conceito mais amplo, que analisa o comportamento econômico de toda uma região, por exemplo, estudando os fatores que influenciam no funcionamento da economia de toda uma cidade, estado ou país.

Estudos macroeconômicos são adotados quando os objetivos de uma pesquisa são mais amplos. São utilizados, por exemplo, para avaliar a política econômica implantada em um país, seus resultados, etc. Alguns dos indicadores utilizados para estudos macroeconômicos são o Produto Interno Bruto (PIB), taxa de desemprego, impostos e taxas de juros.

De acordo com a FEA-USP, a macroeconomia “é o campo que embasa a atuação do  Estado em suas três funções fundamentais: Alocativa, Distributiva e Estabilizadora”. Tais funções são também chamadas de “funções fiscais”.

Na função alocativa, ocorre a atuação direta do estado na produção de bens, onde o estado age como produtor para cobrir possíveis “falhas de mercado”. Na função distributiva, ocorre a atuação do estado na distribuição de recursos públicos para resolver questões de eficiência e justiça social, por exemplo. Já a função estabilizadora é quando o estado age por meio do Orçamento Público com objetivo de manter baixas taxas de desemprego, preços estáveis a medida do possível, etc.

Análises macroeconômicas bem feitas levam a políticas econômicas e monetárias acertadas e podem ajudar os agentes de uma economia na preparação contra possíveis imprevistos. Estudos de macroeconomia, porém, falham em considerar fatores de impacto microeconômico, e vice-versa. Por isso é sempre importante levar em consideração fatores de ambas as naturezas, micro e macroeconômicos, para que as tomadas de decisões sejam as mais acertadas possíveis.

Guilherme Guerreiro

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