Nesta sexta-feira (12), o líder político russo Alexei Navalny, principal opositor do presidente Vladmir Putin, foi transferido da colônia penal onde estava detido desde o mês passado. Segundo publicação em uma das redes sociais do próprio Navalny, feita por sua equipe de advogados, o governo russo se nega a dar informações sobre o paradeiro do político.
Alexei Navalny é um dos críticos mais proeminentes do governo de Vladmir Putin, e atualmente cumpre uma pena de dois anos e meio por crime de fraude. A condenação, de 2014, foi amplamente criticada por vários países do ocidente, que apontaram motivações políticas na sentença contra Navalny.
Com mais de 4 milhões de seguidores no Instagram, Alexei Navalny se declara um ativista anticorrupção. Nas suas redes, ele publica periodicamente o que considera provas que mostram a severidade da corrupção no governo de Vladmir Putin, presidente russo desde maio de 2012 e atualmente em seu quarto mandato a frente do Kremlin.
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Alexei Navalny estava detido Kolchugino, na região de Vladimir, a oeste de Moscou. Ele estava cumprindo quarentena para ser enviado a outro complexo penal na mesma região. Segundo um de seus advogados, porém, Navalny não estava no complexo nesta sexta-feira, e a administração da colônia penal não deu informações sobre o paradeiro do mesmo.
“A prisão disse que ele não estava lá, e foi tudo”, afirmou um dos advogados de Navalny, Vadim Kobzev, em entrevista à agência Reuters. Uma porta-voz do Serviço Penitenciário Federal russo afirmou que não era permitido o compartilhamento das informações do paradeiro de Navalny, alegando que a divulgação das mesmas violaria leis de proteção de informações pessoais.
Alexei Navalny foi preso em janeiro, quando voltava da Alemanha após ser envenenado com uma substância conhecida como Novichok, plantada em sua cueca. Em reunião da Organização das Nações Unidas (ONU) realizada nesta sexta, 45 países assinaram um termo exigindo a libertação de Navalny, alegando que sua prisão é ilegal, e que as ações do governo russo contra o ativista são “inaceitáveis e politicamente motivadas”.
Imagem em destaque: G1 / divulgação
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