Após uma semana tensa no Executivo, um novo ministro da Saúde é anunciado para substituir Pazuello. A nomeação do cardiologista Marcelo Queiroga acontece no pior momento da pandemia no Brasil, com o país batendo recordes seguidos de número de óbitos e média móvel de óbitos.
A edição de uma Medida Provisória (MP) contendo número de parcelas e duração da prorrogação do programa do Auxílio Emergencial deve acontecer entre hoje e amanhã. O programa deve pagar quatro parcelas de R$ 150 a R$ 375.
Esses e outros destaques você confere agora.
MARCELO QUEIROGA É ANUNCIADO COMO NOVO MINISTRO DA SAÚDE
O cardiologista Marcelo Queiroga é o escolhido por Jair Bolsonaro para ser o novo ministro da Saúde. Queiroga é presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), e vai substituir Eduardo Pazuello, ministro da pasta desde maio de 2020.
Embora não tenha experiência com gestão pública, Queiroga é um amplo defensor da vacinação nacional como principal arma contra a pandemia de COVID-19. Além disso, defende que exista um abandono da hidroxicloroquina e azitromicina como tratamentos contra a doença, pois comprovadamente não funcionam.
A nomeação acontece após um fim de semana tenso e cheio de especulação. Em um primeiro momento, a imprensa nacional indicou que Eduardo Pazuello sairia da pasta por problemas de saúde.
A informação foi complementada com a notícia sobre uma reunião no sábado (13) envolvendo Pazuello, Bolsonaro, Braga Netto (da Casa Civil), Eduardo Ramos (da Secretaria de Governo) e Fernando Azevedo (da Defesa).
Em seguida, Pazuello disse que “não estou doente, não entreguei o meu cargo e o presidente não o pediu, mas o entregarei assim que o presidente solicitar. Sigo como ministro da saúde no combate ao coronavírus e salvando mais vidas”.
Mesmo assim, Bolsonaro se encontrou duas vezes com a cardiologista Ludhmila Hajjar, primeira cotada para assumir o Ministério da Saúde. A cardiologista recusou o convite ontem (15), alegando motivos técnicos.
Ainda ontem (15), após reunião que durou três horas, o Bolsonaro anunciou Marcelo Queiroga como novo ministro. Segundo o chefe do Executivo, a mudança acontece para dar um tom mais agressivo ao combate da pandemia no Brasil.
Queiroga é o quarto ministro da Saúde só durante a pandemia. Após demissões de Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, e troca de cargo com Pazuello, o cardiologista assume a pasta no pior momento da pandemia no Brasil, com o país registrando recordes em número de óbitos.
BRASIL BATE O 17º RECORDE SEGUIDO DE MÉDIA MÓVEL DE NÚMERO DE ÓBITOS POR COVID-19
Mesmo sendo domingo, dia em que o número de óbitos por COVID-19 costuma ser menor, o Brasil registrou 1.275 novas mortes pela doença. Já são 279.602 óbitos no total.
A média móvel de número de óbitos, que considera dados dos últimos 7 dias, ficou em 1.855, representando o 17º recorde seguido do índice. Já são 54 dias acima de 1.000 mortes diárias.
Até o momento, 10 milhões de pessoas já receberam a primeira dose de uma das vacinas distribuídas nacionalmente, representando 4,76% da população.
3,6 milhões de pessoas já receberam a segunda dose de um dos imunizantes.
PEC EMERGENCIAL É PUBLICADA NO DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO
Após cerimônia que marcou a promulgação da PEC Emergencial ontem (15) no Congresso Nacional, a proposta foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) hoje.
A PEC Emergencial é necessária para a prorrogação do Auxílio Emergencial, programa que atendeu a população informal do país durante a pandemia. Além disso, a proposta dispõe de gatilhos fiscais caso o país corra o risco de romper com o teto de gastos.
Agora, fica nas mãos do presidente a edição de uma Medida Provisória (MP) que define valores e duração da prorrogação do Auxílio Emergencial. Até o momento, segundo sinalizações, o Auxílio deve pagar quatro novas taxas de R$ 150 a R$ 375, a depender do número de membros da mesma família vivendo em uma mesma casa.
A edição da Medida Provisória (MP) deve acontecer entre hoje e amanhã. O Auxílio deve começar a pagar as parcelas em abril.
Saiba mais
Câmara aprova PEC Emergencial em 1º turno
AGENDA
Às 9h30: dados das vendas de varejo em 2020 dos Estados Unidos são publicados.
BOLSAS E CÂMBIO
Hoje começa os dois dias de reunião da Reserva Federal dos EUA, contando com a presença de Jerome Powell, presidente do Sistema de Reserva Federal dos Estados Unidos.
A expectativa dos investidores é que o Banco Central dos EUA aumente as taxas para tentar conter a inflação do país.
Com a vacinação caminhando no continente, os índices europeus começam a terça-feira (16) em nota positiva.
Às 8h da manhã:
- STOXX 600 (STOXX): +0,50%, indo a 425,18 pontos
- DAX (GDAXI): +0,66%, indo a 14.557,45 pontos
- FTSE 100 (FTSE): +0,52%, indo a 6.785,07 pontos
- CAC 40 (FCHI): +0,19%, indo a 6.047,45 pontos
- FTSE MIB (FTMIB): +0,60%, indo a 24.284,50 pontos
As expectativas quanto à reunião da Reserva Federal dos EUA, além do otimismo quanto ao pacote de US$ 1,9 trilhão aprovado no país, provocaram altas nos índices asiáticos, que fecharam o dia em nota positiva.
- Hang Seng (HK50): +0,67%, indo a 29.027,69 pontos
- KOSPI (KS11): +0,70% , indo a 3.067,17 pontos
- Shanghai Composto (SSEC): +0,78%, indo a 3.446,73 pontos
- Nikkei 225 (N225): +0,52%, indo a 29.921,09 pontos
- Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): +0,87%, indo a 5.079,36 pontos
Às 8h da manhã, os índices futuros dos Estados Unidos apresentam resultados mistos.
- Nasdaq 100 Futuros: +0,50%, indo a 13.135,12 pontos
- Dow Jones Futuros: -0,12%, indo a 32.811,0 pontos
- S&P 500 Futuros: +0,04%, indo a 3.959,88 pontos
Acompanhe as cotações do Dólar e o Euro na manhã desta terça-feira (16):
- Às 9h03, o Dólar caiu -0,47%, a R$ 5,61
- Às 9h03, o Euro caiu -0,12%, a R$ 6,72
Foto: Câmara Municipal de João Pessoa / Divulgação
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