A elevação da meta Selic deve pautar o fim desta semana no Brasil. Com o país ainda passando pela pandemia, provocando inflação alta e desemprego, o Copom aumenta a taxa para tentar frear o avanço do IPCA.
O Brasil segue registrando números muito preocupantes da pandemia. 2.736 óbitos foram registrados só ontem, valor muito mais alto que qualquer dia da pandemia no país em 2020.
Esses e outros destaques você confere agora.
COPOM SOBE A META SELIC PARA 2,75%
Indo de acordo com a previsão de economistas, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a meta da taxa Selic para 2,75% após as reuniões que acabaram ontem (17). A Selic estava em sua baixa recorde de 2% desde agosto do ano passado.
A motivação do Copom para o aumento da taxa Selic é a tentativa de frear a inflação. Embora uma baixa taxa de juros signifique mais apetite de investidores, uma inflação descontrolada pode não acompanhar o poder de compra do brasileiro.
A inflação do início do ano não surpreende investidores, mas sua alta já começa a causar preocupação. Isso é provocado principalmente pela pandemia, que ainda mantém o país sob medidas de restrição e um certo nível de isolamento social. Para fevereiro, o IPCA fechou em 0,86%.
Outro efeito buscado é a de atrair capital ao deixar os créditos mais caros, podendo valorizar o real ante ao dólar.
As aplicações de renda fixa, como o próprio Tesouro Selic, devem aumentar seus rendimentos. Os ganhos, porém, ainda são prejudicados pela inflação alta.
Para a população comum, principalmente para aqueles que não investem seu dinheiro, os impactos imediatos serão pequenos. Em longo prazo, porém, com mais altas na Selic previstas para acontecer nas próximas reuniões, as pessoas talvez comecem a pagar mais barato por produtos em supermercado, enquanto pagam mais caro em juros de empréstimo bancário.
A atual situação do país fez o BC ir na direção contrária da economia global. No caso dos Estados Unidos nesta semana, as taxas básicas de juros foram mantidas pelo Fed para atrair investidores.
BRASIL SEGUE REGISTRANDO NÚMEROS PREOCUPANTES DA PANDEMIA
O Brasil confirmou mais 2.736 óbitos por COVID-19 ontem (17). Com o número, já são 285.136 mortes desde o início da pandemia.
A média móvel de óbitos ficou em 2.031, representando o 19º dia seguido, batendo recorde do índice.
Atualmente, em nenhum outro país morre tanta gente por COVID-19 como no Brasil. Quase 30% dos óbitos registrados em todo o mundo são daqui.
O plano nacional de imunização segue em marcha lenta, indicando um fim não muito próximo da pandemia no país. Atualmente, 10,7 milhões de pessoas foram vacinadas contra a doença, e 3,9 milhões receberam a segunda dose de um dos imunizantes.
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AGENDA
Às 8h: discurso de Christine Lagarde, Presidente do Banco Central Europeu (BCE).
BOLSAS E CÂMBIO
A elevação do Fed das projeções de resultados econômicos dos EUA, como PIB e inflação, provocou altas no mercado global no início desta manhã.
Às 8h da manhã:
- STOXX 600 (STOXX): +0,42%, indo a 426,68 pontos
- DAX (GDAXI): +1,28%, indo a 14.782,75 pontos
- FTSE 100 (FTSE): +0,01%, indo a 6.761,95 pontos
- CAC 40 (FCHI): +0,23%, indo a 6.068,75 pontos
- FTSE MIB (FTMIB): +0,38%, indo a 24.373,50 pontos
Acompanhando os mercados europeu e norte-americano, os índices asiáticos fecharam em tom positivo. O Fed manteve as baixas taxas de juros no país norte-americano para fomentar o crescimento econômico.
- Hang Seng (HK50): +1,28%, indo a 29.405,72 pontos
- KOSPI (KS11): +0,61% , indo a 3.066,01 pontos
- Shanghai Composto (SSEC): +0,51%, indo a 3.463,07 pontos
- Nikkei 225 (N225): +1,01%, indo a 30.216,75 pontos
- Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): +0,80%, indo a 5.141,77 pontos
Às 8h da manhã, também afetados pela reunião do Fed, os índices futuros dos Estados Unidos apresentam resultados mistos.
- Nasdaq 100 Futuros: -1,17%, indo a 13.034,25 pontos
- Dow Jones Futuros: +0,14%, indo a 32.949,00 pontos
- S&P 500 Futuros: –0,41%, indo a 3.947,12 pontos
Acompanhe as cotações do Dólar e o Euro na manhã desta quinta-feira (18):
- Às 9h03, o Dólar caiu -1,11%, a R$ 5,58
- Às 9h03, o Euro caiu -2,35%, a R$ 6,57
Foto: Agência Brasil / Divulgação
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