Os indicadores econômicos são importantes pois eles dão um diagnóstico do desempenho e direcionam a economia de um país. Tais indicadores são usados por analistas e economistas para gerar expectativas futuras, que podem ou não se consolidar. No nosso dia a dia é comum vermos notícias que citam os indicadores que, para muitos, ainda parecem ser abstratos. Por isso o artigo de hoje tem o objetivo de tornar esses termos mais palpáveis.
Selic – Sistema Especial de Liquidação e Custódia
Não poderíamos começar por outro indicador. A Selic é a taxa básica de juros e pode ser vista como a taxa mãe da economia. Ela é uma das ferramentas utilizadas pela Política Monetária para gerir e direcionar o consumo. A Selic baixa significa um estímulo ao crescimento econômico, já uma Selic alta quer dizer o oposto, é uma tentativa de frear o consumo e reduzir a inflação.
Para ficar ainda mais claro, a Selic é usada como referência para os principais produtos financeiros disponíveis no mercado, como financiamentos e empréstimos. Sendo assim quando a taxa está em alta, esses produtos ficam mais caros e os consumidores tendem a contratá-los menos, contraindo a economia. Quando a taxa está em baixa, como atualmente, onde vivemos a mínima histórica, ocorre o movimento contrário.
CDI – Certificado de Depósito Interfinanceiro
O CDI aparece principalmente nos investimentos de renda fixa pós-fixados, ou seja, que não são fixos e podem sofrer alterações até o vencimento do título escolhido. O CDI surge das transações entre instituições financeiras que ficam registradas em títulos de renda fixa privados e é exatamente igual a Selic Over.
Um ponto importante é que a Selic Over é sempre um 0,1 ponto percentual abaixo da Selic Meta ou simplesmente Selic. Ou seja, considerando a Selic atual de 2% ao ano, temos uma Selic Over e um CDI igual a 1,90% ao ano. Exemplo: Um CDB de 120% do CDI paga 20% acima dos 1,90%, sendo então 2,28% ao ano.
IPCA – Índice de Preço do Consumidor Amplo
O IPCA é o índice oficial de inflação do Brasil, é medido pelo IBGE. Ele é usado como referência para perseguir a meta de inflação determinada pelo governo federal. O seu cálculo possui diferentes ponderações para as categorias de produtos e serviços, além de levar em conta somente as capitais brasileiras e ainda assim com ponderações. Por isso, o aumento do preço no vestuário, por exemplo, em uma cidade do interior pode não refletir o aumento do índice geral.
PIB – Produto Interno Bruto
O PIB, sem dúvidas, é o indicador mais falado nas salas de aula e talvez o único que tenhamos um contato mais cedo. Ele reflete o crescimento da produção de um país, considerando bens e serviços finais e por isso indica se a economia está crescendo ou encolhendo. O cálculo do PIB considera o consumo das famílias brasileiras, os investimentos feitos pelas empresas, os gastos do governo e a diferença entre as exportações e importações do período apurado.
Todos esses indicadores estão presente na nossa rotina e nos afetam diretamente. Através deles podemos interpretar um cenário e fazer melhores escolhas financeiras, avaliando o cenário econômico do momento.
