As pressões nas estatais chegaram em um desgaste total do presidente do Banco do Brasil. André Brandão pediu renúncia do cargo ontem (18) após pressões do Executivo e atuações do presidente na Petrobras.
A pandemia de COVID-19 continua registrando números preocupantes no país. Ontem (18), o país registrou o segundo pior dia da doença no país. No Congresso, políticos recebem com choque a notícia do falecimento de um dos políticos mais importantes de São Paulo.
Esses e outros destaques você confere agora.
ANDRÉ GUILHERME BRANDÃO RENUNCIA DO CARGO DE PRESIDENTE DO BANCO DO BRASIL
O presidente do Banco do Brasil, André Brandão, oficializou seu pedido de renúncia nesta quinta-feira (18). Segundo o fato relevante divulgado pelo BB, Brandão fica no cargo até o final de março.
Para substituí-lo, o governo federal, via Ministério da Economia, nomeou o diretor-presidente da BB Consórcios, Fausto de Andrade Ribeiro.
Brandão já havia demonstrado intenção de pedir renúncia do cargo ainda em fevereiro deste ano. Na ocasião, o presidente do BB havia sinalizado que a crise na Petrobras havia sido a gota d’água, e que estava preocupado com a atitude intervencionista do presidente quanto às estatais do país.
Ainda no início deste ano, uma reformulação no banco, que fechou 112 agências e demitiu 5 mil funcionários, fez Bolsonaro se irritar com a administração de Brandão, chegando a pedir a cabeça do presidente.
O desgaste do presidente do BB já acontece há algum tempo, e parecia ter data próxima para acabar. A ocasião faz parte de uma série de investidas de Bolsonaro nas principais estatais do país.
A renúncia de Brandão representa um claro embate entre o Ministério da Economia de Guedes com o Executivo. Até então, Guedes havia tentado segurar o desgaste de Brandão, mantendo ele no cargo. Porém, a falta de alinhamento da pasta com a presidência do país vem incomodando, gerando episódios como o do “cartão vermelho”, quando o chefe do executivo se irritou com o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, por propostas de restrições em benefícios sociais.
Brandão é o segundo a renunciar ao cargo durante a presidência de Jair Bolsonaro. Em setembro de 2020, Rubem Novaes saiu do cargo dizendo “não se adaptar à cultura de privilégios, compadrio e corrupção de Brasília”.
SENADOR MAJOR OLÍMPIO É UM DOS 2.724 ÓBITOS CONFIRMADOS ONTEM (18) POR COVID-19
O Brasil confirmou 2.724 novos óbitos por COVID-19 nesta quinta-feira (18), elevando o total para 287.499.
É o segundo maior número de óbitos em 24h desde o início da pandemia. Não supera apenas as mortes registradas na terça-feira (16), quando o país registrou 2.841 óbitos.
¼ do total de óbitos registrados no mundo nos últimos 7 dias é no Brasil.
Em mais um dia grave da pandemia no Brasil, foi confirmada também a morte cerebral do senador Major Olímpio (PSL).
O senador estava internado em São Paulo desde o dia 3 de março com o diagnóstico positivo de COVID-19. No dia 5 do mês, ele foi transferido para a UTI, e não resistiu à doença. O senador tinha 58 anos e dois filhos.
Major Olímpio é o terceiro senador a ter seu óbito confirmado pela COVID-19, depois de Arolde de Oliveira (PSD) e José Maranhão (MDB).
O assessor do senador, o jornalista Diego Freire, de 33 anos, está internado em estado grave pela COVID-19.
A morte do senador foi uma onda de choque no Congresso. Segundo relatos, congressistas choravam ao receber a notícia. Agora, as pressões para a instalação da CPI da Covid devem aumentar.
A chamada CPI da Covid deve investigar as ações do governo federal durante a pandemia.
“A morte de um senador da República por Covid-19 remete ao aumento da temperatura e da tensão no Congresso Nacional. Isso é indiscutível. Com certeza as cargas vão se voltar para poder se instalar essa CPI”, disse o senador Nelsinho Trad (PSD), à CNN Brasil.
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AGENDA
Às 17h30: relatório semanal COT (Commitments of Traders) da CFTC (Commodity Futures Trading Commission).
BOLSAS E CÂMBIO
A preocupação com a alta da inflação, resultado da manutenção dos juros baixos, empurrou os índices europeus para baixo no início da manhã.
Às 8h da manhã:
- STOXX 600 (STOXX): -0,23%, indo a 425,61 pontos
- DAX (GDAXI): -0,51%, indo a 14.700,75 pontos
- FTSE 100 (FTSE): -0,64%, indo a 6.736,05 pontos
- CAC 40 (FCHI): -0,40%, indo a 6.038,50 pontos
- FTSE MIB (FTMIB): -0,24%, indo a 24.301,50 pontos
Além da carga inflacionária, a alta nos rendimentos de títulos provocou quedas nos índices asiáticos.
- Hang Seng (HK50): -1,41%, indo a 28.990,94 pontos
- KOSPI (KS11): -0,86% , indo a 3.039,53 pontos
- Shanghai Composto (SSEC): -1,69%, indo a 3.404,66 pontos
- Nikkei 225 (N225): -1,41%, indo a 29.792,05 pontos
- Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): -2,62%, indo a 5.007,09 pontos
Às 8h da manhã, os índices futuros dos Estados Unidos apresentam resultados positivos.
- Nasdaq 100 Futuros: +0,55%, indo a 12.849,62 pontos
- Dow Jones Futuros: +0,19%, indo a 32.828,00 pontos
- S&P 500 Futuros: +0,31%, indo a 3.918,12 pontos
Acompanhe as cotações do Dólar e o Euro na manhã desta sexta-feira (19):
- Às 9h05, o Dólar caiu -0,28%, a R$ 5,54
- Às 9h05, o Euro caiu -0,66%, a R$ 6,56
Foto: Agência Brasil / Divulgação
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