O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) divulgou a ata da reunião que definiu a meta da Selic, a taxa básica de juros do Brasil, de 2,75%. A ata traz atualizações sobre a atual conjuntura fiscal do país.
No cenário básico, o Copom prevê um crescimento consistente da atividade econômica, impulsionada pelo Produto Interno Brasileiro (PIB) do 4T20. Mesmo assim, o comitê afirma que é difícil prever os resultados do recente agravamento da pandemia no país. Por isso, “a incerteza sobre o ritmo de crescimento da economia permanece acima da usual, sobretudo para o primeiro e segundo trimestres deste ano”.
Em cenário básico, o comitê do BC prevê uma inflação da média de 5% em 2021. Segundo o Copom, isso se deve pela alta das commodities, desvalorização da moeda e preço dos combustíveis, e é compatível com os dados divulgados pelo BC no Boletim Focus.
O comitê afirma que o agravamento da pandemia deve atrasar a recuperação fiscal do país, provocando uma alta na inflação.
“Um prolongamento das políticas fiscais de resposta à pandemia que piore a trajetória fiscal do país, ou frustrações em relação à continuidade das reformas, podem elevar os prêmios de risco. O risco fiscal elevado segue criando uma assimetria altista no balanço de riscos, ou seja, com trajetórias para a inflação acima do projetado no horizonte relevante para a política monetária”, diz a ata.
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Na discussão sobre a condução da política monetária, o Copom reafirmou a vacinação da população como um fator importante na recuperação econômica no segundo semestre de 2021.
No caso da decisão de uma meta Selic a 2,75% a.a., o comitê avalia que a decisão “reflete seu cenário básico e um balanço de riscos de variância maior do que a usual para a inflação prospectiva”, além de ser compatível com a “convergência da inflação para a meta no horizonte relevante”.
A decisão tirou a Selic da baixa histórica de 2%, mantida desde agosto do ano passado:
“O amplo conjunto de informações disponíveis para o Copom sugere que essa estratégia é compatível com o cumprimento da meta em 2022, mesmo em um cenário de aumento temporário do isolamento social”, diz o Copom.
Para as próximas reuniões, caso as projeções sobre a inflação se mantenham, e a depender da atividade econômica do país, o Copom avalia que deve dar continuidade no aumento da taxa básica de juros.
Foto: Agência Brasil / Divulgação
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