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O pronunciamento de Bolsonaro marca o fim da tarde da terça-feira (23). Em tom mais ameno, o presidente reforçou o compromisso do governo federal com a compra e entrega de doses de vacinas contra COVID-19. 

No mesmo dia em que Queiroga é empossado como ministro da Saúde, o país registra mais um recorde de número de óbitos em 24h: 3.258.

Esses e outros destaques você confere agora.

EM PRONUNCIAMENTO, BOLSONARO DIZ QUE 2021 SERÁ O ANO DA VACINAÇÃO PARA BRASILEIROS

O presidente Jair Bolsonaro fez um pronunciamento na rede de TV e rádio na noite desta terça-feira (23). O chefe do executivo enfrenta acusações de má gestão durante a pandemia de COVID-19 no Brasil, que bateu mais um recorde de número de mortos ontem.

O discurso acontece poucos dias depois de uma carta aberta assinada por mais de 200 economistas pedindo por medidas mais enfáticas quanto a pandemia, principalmente sobre o plano nacional de vacinação, que está atrasado.

Confira o pronunciamento completo:

“Estamos fazendo e vamos fazer de 2021 o ano da vacinação dos brasileiros”, disse o presidente em discurso marcado por tom mais ameno. O chefe do Executivo sofre pressões da base no Congresso e de poderes por atuações do Ministério da Saúde durante a pandemia e em casos mais específicos, como o de Manaus.

Com uma troca de ministros no meio do pior momento da pandemia no país, Bolsonaro aposta no diálogo e no avanço do plano nacional de vacinação contra COVID-19.

Bolsonaro falou sobre avanços do governo federal na aquisição de mais doses dos imunizantes contra COVID-19. Disse ter firmado um contrato com a universidade de Oxford em julho do ano passado para a produção de 100 milhões de doses da AstraZeneca/Oxford na Fiocruz.

O presidente também relembrou que o governo liberou R$ 20 bilhões para a aquisição da CoronaVac, em acordo firmado com o Instituto Butantan, e que o Brasil é o 5º país que mais vacinou no mundo.

A negociação de imunizantes contra a COVID-19 já foi ponto de polêmica do governo federal. No início deste mês, a Pfizer disse que o governo brasileiro recusou a compra de 70 milhões de doses em agosto do ano passado, com entrega prevista em dezembro.

“Hoje, somos produtores de vacina em território nacional. Mais do que isso, fabricaremos o próprio insumo farmacêutico ativo, que é a matéria prima necessária. Em poucos meses, seremos autossuficientes na produção de vacinas”, disse Bolsonaro a respeito do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), necessário para a confecção de imunizantes. “Não sabemos por quanto tempo teremos que enfrentar essa doença, mas a produção nacional vai garantir que possamos vacinar os brasileiros todos os anos, independentemente das variantes que possam surgir”.

O presidente destacou que o governo federal não deixou de tomar medidas cabíveis para evitar o desemprego e o caos na economia.

“Solidarizo-me com todos aqueles que tiveram perdas em sua família. Que Deus conforte seus corações”, disse Bolsonaro no fim do discurso. “Somos incansáveis na luta contra o coronavírus. Essa é a missão e vamos cumpri-la”.

BRASIL BATE NOVO RECORDE DE ÓBITOS EM 24H POR COVID-19: 3.258

O Brasil passou pela primeira vez da marca de 3.000 óbitos diários por COVID-19. Com 3.258 mortes confirmadas ontem (23), o país tem 298.843 vítimas do vírus.

Fonte: WorldoMeters

O país também bateu recorde em média móvel de número de óbitos, indo a 2.349. Já é o 25º recorde seguido do índice.

De acordo com os dados de ontem, o Brasil representa quase  ⅓ do total de número de óbitos no mundo.

12,8 milhões de pessoas já foram vacinadas no país contra a doença, representando 6% da população. 4,3 milhões já receberam a segunda dose.

MARCELO QUEIROGA É EMPOSSADO COMO MINISTRO DA SAÚDE

Marcelo Queiroga, cardiologista e escolhido do presidente para substituir Eduardo Pazuello, foi oficialmente empossado ontem (23) em cerimônia discreta. A troca acontece no pior momento da pandemia no Brasil.

A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU):

Fonte: Diário Oficial da União (DOU)

Desgastado, Pazuello sai durante as acusações de má gestão no caso da Amazônia. Na época, em depoimento à Polícia Federal (PF), ele disse que o Ministério da Saúde sabia com antecedência da falta de cilindros de oxigênio em Manaus.

Agora empossado, Queiroga deve fazer uma administração de continuidade dos trabalhos de Pazuello. O novo ministro também pediu por união da nação em entrevista coletiva cedida na semana passada.


Saiba mais

Erros colocam posição do Brasil em xeque quanto a vacinação


AGENDA

Às 11h nos EUA: Depoimento de Jerome Powell, Presidente do Fed.

Às 11h30 nos EUA: dados sobre os Estoques de Petróleo Bruto.

BOLSAS E CÂMBIO

Em mais um dia de baixas, os índices europeus amanhecem em queda nesta quarta-feira (24), influenciados principalmente pela decisão de países europeus de manterem medidas de restrição e lockdowns para conter o avanço do COVID-19.

Os investidores seguem temendo que as novas medidas de restrição atrasem a recuperação econômica dos países.

Às 8h da manhã:

  • STOXX 600 (STOXX): -0,21%, indo a 422,40 pontos
  • DAX (GDAXI): -0,46%, indo a 14.594,20 pontos
  • FTSE 100 (FTSE): -0,25%, indo a 6.682,44 pontos
  • CAC 40 (FCHI): -0,22%, indo a 5.932,10 pontos
  • FTSE MIB (FTMIB): +0,11%, indo a 24.140,50 pontos

Seguindo a Europa e Wall Street, os mercados asiáticos fecharam apresentando resultados negativos no pregão.

  • Hang Seng (HK50): -2,03%, indo a 27.918,14 pontos 
  • KOSPI (KS11): -0,28% , indo a 2.996,35 pontos
  • Shanghai Composto (SSEC): -1,30%, indo a 3.367,06 pontos 
  • Nikkei 225 (N225): -2,04%, indo a 28.405,52 pontos
  • Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): -1,61%, indo a 4.928,68 pontos 

Às 8h da manhã, os índices futuros dos Estados Unidos apresentam resultados positivos.

  • Nasdaq 100 Futuros: +0,75%, indo a 13.103,88 pontos
  • Dow Jones Futuros: +0,27%, indo a 32.393,50 pontos
  • S&P 500 Futuros: +0,34%, indo a 3.912,88 pontos

Acompanhe as cotações do Dólar e o Euro na manhã desta quarta-feira (24):

  • Às 9h03, o Dólar subiu +0,12%, a R$ 5,51
  • Às 9h03, o Euro caiu -0,32%, a R$ 6,51

Imagem: TvBrasil / Reprodução

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