O índice de confiança do consumidor despencou 9,8 pontos em março, indo a 68,2, menor número desde maio de 2020, no primeiro pico da pandemia no país. Os dados do Índice de Confiança do Consumidor (ICC) foram publicados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta terça-feira (23).
“A forte queda da confiança dos consumidores é resultado do recrudescimento da pandemia de covid-19 em todo o país e do colapso do sistema de saúde em várias cidades. A campanha de imunização do Covid-19 no país segue lenta, enquanto o número de hospitalizações e mortes por dia avança rapidamente, levando estados e municípios a adotar medidas de restrição à circulação de pessoas”, diz Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora das Sondagens.
Segundo a Fundação, as expectativas quanto aos próximos meses também preocupam. O Índice de Situação Atual (ISA) caiu 5,5 pontos, e o Índice de Expectativas (IE) despencou 12,3.
Com o agravamento da pandemia no Brasil, com registro de recordes diários de dados negativos sobre a doença, a recuperação econômica do país parece atrasar mais que o previsto.
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“Os consumidores percebem a piora da situação econômica atual com sérios riscos ao emprego e à renda e são também afetados psicologicamente pelo medo de contrair a doença e pela necessidade de isolamento social”, diz a nota.
Todas as faixas de renda apresentaram quedas no ICC. Famílias de baixa renda, porém, de até R$ 2.100, representam a maior queda do índice de confiança, de 11,8 pontos em março, indo a 63,5.
O indicador que mede a percepção da população quanto a situação econômica geral caiu em 3,7 pontos em março, indo a 70,3. É o menor valor desde o início do registro do índice, de 2005.
Foto: Agência Brasil / Divulgação
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