Um dia após a troca em 6 Ministérios, Bolsonaro decide exonerar os três comandos das Forças Armadas. Intimidando uma aproximação com as FA, o presidente abriu mais uma crise política, e membros da oposição já ameaçam protocolar um pedido de impeachment.
Mais um recorde em número de óbitos por COVID-19 foi registrado ontem (30). O Brasil agora registra por dia a soma dos outros nove países da lista de dez que mais registram mortes pela doença.
Esses e outros destaques você confere agora.
COMANDANTES DAS TRÊS FORÇAS ARMADAS SÃO EXONERADOS
Um dia após a troca no Ministério da Defesa, exonerando Fernando Azevedo do cargo, que abriu uma crise na pasta, o Executivo decidiu demitir os três comandantes das Forças Armadas ontem (30): Edson Pujol (Exército), Antônio Carlos Moretti Bermudez (Aeronáutica) e Barbosa (Marinha).
É a primeira vez desde a redemocratização do país que os três comandos das Forças Armadas são intimados a se demitirem. Embora o conteúdo da reunião dos três comandos como a Defesa não tenha sido divulgado, a apuração dos principais jornais do país indicam que o encontro foi tenso.
Os três comandantes já pretendiam uma renúncia conjunta após a demissão do ministro da Defesa. A troca de ministros foi recebida com extrema preocupação e interpretada como uma tentativa de Bolsonaro de se aproximar das FA.
Bolsonaro já estava incomodado com Fernando Azevedo à frente do Ministério da Defesa. No ponto de vista do presidente, o agora ex-ministro não fazia esforço para defender o Executivo, principalmente quando o presidente era alvo de críticas. Azevedo sempre se posicionou de maneira mais amena, dizendo que as FA são instituições de Estado, não de governo.
Edson Pujol é mais um dos que defendem um afastamento das Forças Armadas da política, reforçado inclusive pelo vice-presidente Mourão.
A crise política se agravou no fim do dia de ontem (30), com o primeiro ato público do novo ministro da Defesa, Braga Netto. O ministro disse que o golpe de 64, que faz aniversário de 57 anos hoje, deveria ser ‘celebrado’.
“Eventos ocorridos há 57 anos, assim como todo acontecimento histórico, só podem ser compreendidos a partir do contexto da época”, diz o comunicado de Braga Netto. “Os brasileiros perceberam a emergência e se movimentaram nas ruas, com amplo apoio da imprensa, de lideranças políticas, das igrejas, do segmento empresarial, de diversos setores da sociedade organizada e das Forças Armadas, interrompendo a escalada conflitiva, resultando no chamado movimento de 31 de março de 1964.”
A carta termina dizendo que as FA “acabaram assumindo a responsabilidade de pacificar o País”.
Em resposta às trocas promovidas por Bolsonaro, a oposição no Congresso pretende protocolar mais um pedido de impeachment do presidente da república por interferência política no Exército.
BRASIL BATE MAIS UM RECORDE EM NÚMERO DE ÓBITOS POR COVID-19: 3.780
Com o agravamento da pandemia no país, os recordes sucessivos viraram rotina do brasileiro. Ontem (30), foram registrados no país mais 3.780 óbitos por COVID-19, um recorde desde o início da pandemia. Já são 317.646 vítimas da doença.
De acordo com os dados de ontem, o Brasil é o que mais registra óbitos pela doença, representando mais de ⅓ do total de óbitos registrados no mundo inteiro.
Além disso, o número de mortes registradas aqui é maior que a soma dos outros nove países que compõem as dez nações que mais registram óbitos pela doença. EUA, Itália, Polônia, Rússia, Índia, França, Ucrânia, Hungria e Alemanha somaram 3.769 óbitos ontem (30).
Os números ainda refletem os resultados das festas de fim de ano e carnaval, somando ao afrouxamento de medidas nas principais capitais do país. Mesmo assim, segundo especialistas, a situação não deve melhorar muito em abril.
Até agora, 16,9 milhões de pessoas foram vacinadas no país, e 4,9 milhões já receberam a segunda dose de um dos imunizantes distribuídos nacionalmente.
Saiba mais
Erros colocam posição do Brasil em xeque quanto a vacinação
AGENDA
Às 9h: a Taxa de Desemprego mensal é divulgada pelo IBGE.
Às 9h30: dados da dívida líquida / PIB são divulgados pelo IBGE.
BOLSAS E CÂMBIO
Em manhã mista nas bolsas europeias, os investidores seguem preocupados com o lento avanço dos planos de vacinação dos países, indicando um atraso na retomada da normalidade.
Com mais restrições sociais aplicadas, a recuperação econômica fica cada vez mais prejudicada.
Às 8h da manhã:
- STOXX 600 (STOXX): +0,14%, indo a 431,25 pontos
- DAX (GDAXI): +0,11%, indo a 15.024,45 pontos
- FTSE 100 (FTSE): -0,25%, indo a 6.755,38 pontos
- CAC 40 (FCHI): -0,18%, indo a 6.077,23 pontos
- FTSE MIB (FTMIB): +0,48%, indo a 24.754,50 pontos
Com investidores também preocupados com o avanço da COVID-19 nos países, os índices asiáticos fecharam registrando baixas:
- Hang Seng (HK50): -0,72%, indo a 28.366,00 pontos
- KOSPI (KS11): -0,28% , indo a 3.061,42 pontos
- Shanghai Composto (SSEC): -0,43%, indo a 3.441,91 pontos
- Nikkei 225 (N225): -0,86%, indo a 29.178,80 pontos
- Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): -0,91%, indo a 5.048,36 pontos
Às 8h da manhã, os índices futuros dos EUA apresentam resultados mistos:
- Nasdaq 100 Futuros: +0,62%, indo a 12.958,00 pontos
- Dow Jones Futuros: -0,12%, indo a 32.886,50 pontos
- S&P 500 Futuros: +0,09%, indo a 3.951,38 pontos
Acompanhe as cotações do Dólar e o Euro na manhã desta quarta-feira (31):
- Às 9h03, o Dólar subiu +0,47%, a R$ 5,77
- Às 9h03, o Euro subiu +0,22%, a R$ 6,75
Quer investir no mercado de ações mas não sabe por onde começar?
Preencha o formulário abaixo que um assessor da GX Investimentos irá ajudar em sua jornada a liberdade financeira