Educação Financeira

Juros compostos e visão de longo prazo

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“Os juros compostos são a oitava maravilha do mundo. Aquele que entende, ganha. Aquele que não entende, paga”. Essa frase, normalmente atribuída a Albert Einstein, ajuda-nos a sintetizar o comportamento dos investidores no mercado financeiro. Compreender a dinâmica dos juros compostos é um fator imprescindível para obter sucesso em investimentos de longo prazo.


Logo no começo dos estudos de Matemática Financeira, o aluno realiza uma revisão de razão e proporção, porcentagem, para então entrar nos juros simples. Essa parte inicial não é algo tão difícil para quem já é familiarizado a realizar operações aritméticas. No entanto, na continuação do conteúdo, ele se adentra no mundo dos juros compostos, que começam a tornar o estudo da Matemática Financeira mais dinâmico e interessante, pois é possível observar que na verdade o mundo não se comporta de forma reta, mas sim com variações exponenciais. No curtíssimo e curto prazo, a tal variação não é dada tanta relevância, devido a não se dar tanta diferença.

O “truque” dos juros compostos ocorre a cada período de capitalização, pois embora o percentual do juro seja o mesmo, a sua base vai aumentando de tamanho ao longo do tempo, fazendo assim com que sua dinâmica exponencial se manifeste. E olhando para o universo do mercado financeiro, uma visão de longo prazo é importante pois assim o investidor pode compreender que seus investimentos serão capitalizados ao longo dos períodos, seja devido aos ganhos de capital dos seus ativos, seja também por reinvestimentos de lucros ao longo dos anos.


E como já sinalizado no parágrafo anterior, para visualizar a “mágica” dos juros compostos, é preciso ter uma visão de longo prazo, coisa que a maioria da população não tem. É perfeitamente compreensível que, dada toda a sorte de problemas que as pessoas já possuem em suas vidas, em que cada dia é uma batalha para sobreviver, ainda mais em tempos de tamanha incerteza como os nossos, pensamentos de longo prazo muitas vezes são apenas “uma fantasia, um devaneio, um sonho de uma noite de verão” para a maioria das pessoas, o que é bastante preocupante.


Ainda que seja algo com aparência de mágica, é matemática pura, pura e simples. Porém, é uma matemática que anda devagar, e em cenários de juros baixos, mais devagar ainda. Por isso o foco no longo prazo é importante, indispensável. Porém, com os juros baixos, a renda fixa tende a ser menos atrativa, e como o investidor é racional, ele vai para onde pode obter maior retorno, avaliando os riscos, também indo para a renda variável.


Assim, caro leitor, lembra que ao investir seus recursos, ao aportar na corretora, longo prazo não são 6 ou 12 meses. Longo prazo é um trabalho de anos, décadas. Mas reforço aqui que procurar ter visão de longo prazo, não só nos investimentos como na vida, é fundamental, pois assim daremos relevância ao que realmente importa. Observando a dinâmica exponencial da curva de juros compostos, vemos que esta possui importância cada vez maior ao longo do tempo, tendendo “ao infinito”, enquanto que coisas não tão importantes vão se reduzindo, tornando-se irrelevantes, tendentes a zero.

Douglas Pivatto

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