O Orçamento segue sendo o assunto da semana. Agora, o impasse é político, com Bolsonaro correndo risco de perder base de apoio do centrão caso resolva cortar as verbas parlamentares do texto. No caso de uma possível sanção do presidente, ele pode ser enquadrado na Lei de Responsabilidade Fiscal e paralisar o governo.
Em jantar com presidente, empresários e ministros, o ministro da economia, Paulo Guedes, indicou que a recuperação econômica do país pode ser impulsionada pelo avanço do plano nacional de imunização.
Esses e outros destaques você confere agora.
CONGRESSO COBRA SANÇÃO DO ORÇAMENTO COM AS EMENDAS, CRIANDO UM IMPASSE COM O EXECUTIVO
O Orçamento para 2021, aprovado pelo Congresso, segue criando um impasse entre o Congresso e o Executivo. Ontem (07), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), disse que o texto aprovado está correto tecnicamente.
“Não tem nenhuma posição jurídica que possa ser contestada na sanção do orçamento. Eu penso que a sanção é um ato que corrobora uma ação feita pelo Congresso Nacional. Se, por acaso, existir qualquer risco de improbabilidade, ela se corrige com PLNs, contingenciamento e com veto”, disse Lira.
O texto aprovado pelo Congresso levanta pontos preocupantes, como o corte de verba em áreas de despesas obrigatórias, além de apresentar emendas parlamentares que beneficiam políticos das casas.
Segundo um parecer técnico do Tribunal de Contas da União (TCU), a sanção do Orçamento do jeito que está pode enquadrar Bolsonaro na Lei de Responsabilidade Fiscal.
Para a pasta da Economia, o texto é “inexequível”, e o corte deixaria o governo federal com risco de paralisação até o fim do ano.
Para o relator do projeto, o senador Márcio Bittar (MDB), nada foi feito sem o aval da pasta da Economia.
“Nada foi feito sem conhecimento ou consentimento do Ministério da Economia. O que o Ministério da Economia está fazendo agora comigo posso classificar, no mínimo, como deslealdade”, disse o relator ao Congresso em Foco.
Segundo a apuração do O Globo, o recado do presidente da Câmara e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM), foi claro. Ambos cobram uma sanção de Jair Bolsonaro.
No momento, o impasse é político. Possíveis cortes das emendas parlamentares podem prejudicar a aliança de Bolsonaro com a ala do centrão no Congresso. A sanção do texto, porém, traz o risco de estar irregular e pode paralisar o governo.
PARA GUEDES, RETOMADA DO CRESCIMENTO DO PAÍS SERÁ POSSÍVEL COM O INCENTIVO À VACINAÇÃO
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse ontem (07) que a economia brasileira está se recuperando, mas este movimento tem que ser sustentado pela vacinação em massa.
A afirmação foi feita após um jantar promovido por Bolsonaro, ministros e empresários.
Guedes destacou que as atuais previsões para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro estão em 3,2% a 3,3%.
No mesmo jantar, Jair Bolsonaro se comprometeu a lutar pela imunização da população contra COVID-19. A ação foi ovacionada pelos membros presentes.
BRASIL SEGUE REGISTRANDO NÚMEROS PREOCUPANTES DA PANDEMIA, CHEGANDO A 340 MIL MORTOS
Com 3.829 novos óbitos registrados ontem (07), o Brasil tem 340.776 mortes pela COVID-19 desde o início da pandemia. O número não supera os 4.195 óbitos da terça-feira, mas é o terceiro pior dia da pandemia no país.
Hoje, o Brasil representa ¼ do total das mortes registradas no mundo inteiro. Ontem (07), o país que mais registrou mortes, tirando o Brasil, foi os Estados Unidos, com 873 óbitos.
92.625 casos foram registrados ontem no Brasil, elevando o total para 13.193.205.
Até o momento, 21,5 milhões de pessoas foram vacinadas no Brasil, passando de 10% da população. 6,1 milhões já receberam a segunda dose de um dos imunizantes.
Saiba mais
Guedes aponta prioridades na agenda econômica para o Congresso
AGENDA
Às 8h30: as atas da Reunião de Política Monetária são publicadas pelo Banco Central Europeu (BCE).
BOLSAS E CÂMBIO
O otimismo com a retomada econômica dos países impulsiona as bolsas europeias no início da manhã.
Às 8h da manhã:
- STOXX 600 (STOXX): +0,37%, indo a 435,94 pontos
- DAX (GDAXI): –0,08%, indo a 15.164,65 pontos
- FTSE 100 (FTSE): +0,36%, indo a 6.909,85 pontos
- CAC 40 (FCHI): +0,39%, indo a 6.154,37 pontos
- FTSE MIB (FTMIB): -0,18%, indo a 24.695,50 pontos
Além dos bons inícios da retomada da normalidade, impulsionada pela vacinação global, os índices asiáticos fecharam registrando altas com a sinalização do Fed de que os estímulos fiscais para a economia norte-americana irão continuar.
- Hang Seng (HK50): +1,53%, indo a 29.016,37 pontos
- KOSPI (KS11): +0,19% , indo a 3.143,26 pontos
- Shanghai Composto (SSEC): +0,08%, indo a 3.482,55 pontos
- Nikkei 225 (N225): -0,07%, indo a 29.708,98 pontos
- Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): +0,17%, indo a 5.112,21 pontos
Às 8h da manhã, os índices futuros dos EUA apresentam resultados mistos:
- Nasdaq 100 Futuros: +0,87%, indo a 13.722,75 pontos
- Dow Jones Futuros: -0,05%, indo a 33.313,00 pontos
- S&P 500 Futuros: +0,31%, indo a 4.082,62 pontos
Acompanhe as cotações do Dólar e o Euro na manhã desta quinta-feira (08):
- Às 9h03, o Dólar caiu -0,74%, a R$ 5,60
- Às 9h03, o Euro caiu -0,79%, a R$ 6,64
Foto: Agência Brasil / Divulgação
Quer investir no mercado de ações mas não sabe por onde começar?
Preencha o formulário abaixo que um assessor da GX Investimentos irá ajudar em sua jornada a liberdade financeira
