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Pandemia é responsável por 53,6% das inadimplências de famílias com dívidas

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A pandemia de COVID-19 afeta praticamente todos os setores e serviços no país, desde as indústrias até os pequenos comércios. Enquanto a economia tenta se recuperar de um ano marcado pela paralisação econômica, os resultados começam a aparecer nos dados sobre as famílias brasileiras.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), 53,6% das famílias em endividamento no país ficaram inadimplentes nos últimos 6 meses, e graças a pandemia do novo Coronavírus. Os problemas que levam à inadimplência vão de redução de salário até perda total do emprego.

26% do total de famílias brasileiras possuem pelo menos uma pessoa endividada. No caso de famílias com renda de até R$ 2.100, este percentual é de 44%.

O maior motivo citado como razão de atraso de pagamento de contas é a perda de emprego, representando 28,9% das famílias. No caso do grupo de baixa renda, esse percentual vai a 49,6%.

O desemprego continua sendo um dos graves fatores de consequência da crise. Em 2020, a média anual de pessoas sem ocupação ficou em 13,5%, atingindo 13,4 milhões de pessoas.

A redução de salário também é um dos maiores motivos para a inadimplência. Pelo menos 19,3% das famílias brasileiras deixaram de pagar alguma conta por conta disso.

Um dos fatores que devem prejudicar a renda de famílias de baixa renda é o fim do Auxílio Emergencial, renovado a poucas semanas pelo Governo Federal. Além disso, existe uma redução do auxílio, que iniciou a R$ 600 por pessoa informal e agora paga de R$ 150 a R$ 375, a depender do número de pessoas no núcleo familiar.


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IPCA: Inflação fica em 0,93% em março, maior resultado para o mês desde 2015


Outro agravante na precária situação das famílias brasileiras é a escalada da inflação no país. A alta de preços atinge principalmente os setores de alimentos e bebidas (14,09% de aumento em 2020) e habitação (5,25% em 2020).

Embora as apostas econômicas indiquem que a inflação deve desacelerar a partir do meio do ano, ela fechou em 0,93% em março, ficando acima do teto da meta se considerarmos a variação dos últimos 12 meses (6,10%).

Até o momento, de acordo com o boletim semanal publicado pelo Banco Central (BC), os economistas ouvidos pelo banco indicam que a inflação deve fechar o ano em 4,85%, impulsionado pela nova onda de COVID-19 no país.

A curto prazo, a situação econômica das famílias brasileiras não deve melhorar. A chave recuperação econômica do país, segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, está no avanço da vacinação da população contra o vírus.

Foto: Agência Brasil / Divulgação

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