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Qual é a diferença entre investir em um banco e em uma corretora?

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Quando falamos sobre instituições financeiras, bancos sempre vão estar na ponta da língua. É a instituição mais popular das que constam no Sistema Financeiro Nacional (SFN), mais reconhecida pela população, e a mais usada também.

Os bancos desempenham diversas ferramentas essenciais para a sociedade e economia. No caso de bancos comerciais, podendo ser privados ou públicos, os cidadãos podem se beneficiar da criação de contas correntes, emissão de cartões e outros serviços financeiros básicos.

No caso do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a instituição entra na categoria de bancos de desenvolvimento. Trata-se de uma instituição estatal com fins de investimentos em áreas de benefícios à população. Entram nessa categoria também os bancos regionais de desenvolvimento.

Mesmo que a maioria das pessoas relacionem bancos a esse tipo de serviço básico, essas instituições são também um grande hub de investimentos. Bancos de investimentos, privados, oferecem ao cliente o serviço de participação societária temporária. A captação, neste caso, é feita por CDB’s e LCI’s.

Como os bancos são responsáveis por uma magnitude de operações, as corretoras de investimentos, importantes instituições financeiras, acabam apelando para custos baixos e especialização do serviço. Elas são conhecidas por todos os investidores, amadores ou não, mas não chegam perto da popularidade dos bancos.

Mas qual é, exatamente, a diferença entre investir em um banco e uma corretora?

Foto: G1 / Divulgação

Investir em um banco vale a pena?

Bancos, de forma geral, ganham boa parte de seus lucros fazendo operações de crédito. No caso de empréstimos pessoais, que podem ser oferecidos a qualquer cidadão comum, os juros pagos pelos clientes são os lucros dos bancos nas operações. Geralmente, esses juros são altíssimos, pois pessoas comuns possuem um nível relativamente alto de possibilidade de inadimplência.

Bancos também emprestam dinheiro para outros bancos. Isso acontece porque as instituições financeiras precisam terminar o dia com uma certa porcentagem mínima de dinheiro nas contas do Banco Central (BC). Por conta disso, bancos fazem empréstimos de curtíssimo prazo — chamados de over –, usando títulos do Tesouro Nacional e Certificados de Depósito Interbancário (CDI) como garantia. Neste caso, os juros praticados são baixos, por se tratar de instituições com baixo risco de inadimplência.

As operações são importantes de se compreender, pois toda vez que você coloca seu dinheiro em contas corrente e poupança, aquele dinheiro vai ser utilizado em operações de créditos pelos bancos.

A forma mais conhecida, simples e direta de se investir dinheiro em bancos é justamente via abertura de contas poupança. Os rendimentos acontecem, e seu dinheiro irá ser utilizado pelos bancos para outros tipos de operações de crédito.

É exatamente por isso que há quem defenda que investir em bancos não é a forma mais rentável possível. A intenção das instituições financeiras é a de maximizar os lucros, e os bancos não são exceção. Para isso acontecer, essas instituições precisam usar o seu dinheiro para realizar operações de crédito, retornando os rendimentos para você em taxas mínimas.

Outro ponto sobre bancos é que as operações de investimentos disponíveis são, geralmente, de origem do próprio banco. É o caso das Certificado de Depósito Bancário (CDB’s) e títulos de capitalização.

A conveniência é um dos principais motivos que levam as pessoas a não procurarem por formas mais mais rentáveis de investimento. Elas, porém, existem.

Foto: VEJA

O que faz uma corretora de investimentos?

Uma das principais diferenças entre as Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários (SCTVM) e os bancos está na possibilidade de realização de operações de crédito. De forma resumida, as corretoras não podem emprestar dinheiro a alguém.

As corretoras servem de intermediário entre os clientes e detentores de títulos e papéis de investimento. A diferença delas para os bancos é que enquanto bancos pegam dinheiro emprestado para realizar outras operações de créditos, as corretoras cobram uma taxa pequena para o cliente usufruir das plataformas que elas oferecem. Por isso, ao investir juntamente à corretoras de investimentos, a rentabilidade costuma ser maior que colocar o dinheiro na poupança, por exemplo.

Outra vantagem é que, diferente dos bancos, as corretoras podem oferecer vários outros tipos de investimentos, como:

  • Certificados de Depósito Bancário (CDB’s)
  • Letras de Crédito Imobiliário (LCI’s)
  • Letras de Crédito do Agronegócio (LCA’s)
  • Recibos de Depósito Bancário (RDB’s)
  • Ações
  • Fundos de investimentos
  • Debêntures
  • Títulos públicos

Como as corretoras não são tão populares como os bancos, não podendo realizar operações de créditos e tentando ficar atrativas, os clientes podem se beneficiar de menores custos, como isenção de taxas de custódia e custo zero para aplicações como no Tesouro Direto. Além disso, elas contam com profissionais especializados, que vão dar atenção especial ao seu dinheiro.

Já que os profissionais especializados trabalham a favor da sua rentabilidade, eles oferecem mais opções de investimento, podendo escolher qual tipo de perfil de investimentos mais combina com seus planos para o futuro. A atenção pessoal de um profissional é importantíssima para garantir que sua carteira de investimentos esteja saudável.


Saiba mais

Instituições financeiras: conheça os tipos e o que cada uma faz


Se as corretoras rendem mais, por que investimentos em bancos são tão populares?

O atrativo de se aplicar dinheiro em bancos não está em sua rentabilidade, e sim na praticidade, conveniência e segurança. São instituições sólidas e conhecidas pelas pessoas que as usam, e, por isso, sempre vão ser a primeira opção de muita gente.

Como as corretoras de investimentos oferecem múltiplas opções, com diferentes níveis de risco e com siglas que não fazem parte do dia-a-dia do brasileiro, muitos preferem a estabilidade e simplicidade de uma conta poupança no banco de confiança.

Faz parte de um processo natural o investidor, especialmente o amador, aplicar seu dinheiro através de uma corretora. Embora os bancos sejam uma instituição sólida, as corretoras devidamente regularizadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) oferecem a segurança e o tratamento pessoal que podem beneficiar seus investimentos de forma mais rentável.

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