O dia deve ser marcado pelas repercussões da meta Selic, definidas pelo Copom ontem (05) a 3,50%, e a CPI da Covid, que continua sua rodada de conversas hoje.
No caso da CPI, o atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o diretor da Anvisa, devem depor na Comissão Parlamentar de Inquérito. Ontem, o dia foi marcado pelo depoimento de Nelson Teich, que ficou no comando da pasta da Saúde por 28 dias.
Esses e outros destaques você confere agora.
CPI DA COVID: MARCELO QUEIROGA E DIRETOR DA ANVISA DEVEM SER OUVIDOS HOJE
Em terceiro dia de depoimentos, o atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, devem ser ouvidos. Os encontros estão marcados para às 10h com o ex-ministro e às 14h com o diretor da agência.
Ontem (05), o dia foi marcado pelo encontro do ex-ministro Nelson Teich com os senadores. Dentre os pontos abordados, o principal foi quanto aos remédios sem eficácia comprovada contra COVID-19, como a Cloroquina.
Segundo Teich, sua saída do ministério se deu por falta de autonomia. Na época, o Planalto pressionava para inserir o tratamento por COVID-19 na bula do medicamento.
“Quanto à minha convicção pessoal, baseada nos estudos, não existia evidência de eficácia para liberar. O pedido específico foi pelo desejo de ampliação do uso da cloroquina. Isso refletia em uma falta de autonomia e de liderança”, disse Teich ontem (05).
Em outro ponto importante, Teich confirmou a existência de uma reunião entre ele, Bolsonaro e o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), em que o presidente da entidade médica defendeu a extensão do uso da Cloroquina para pacientes com casos leves e moderados.
Por fim, Teich reafirmou ser contra a ideia de “imunidade de rebanho”, já defendida pelo chefe do Executivo como forma de erradicar a doença no país.
“Essa tese de imunidade de rebanho em que se adquire imunidade pelo contato e não pela vacina é um erro. A imunidade você tem por meio da vacina, e não de pessoas sendo infectadas. Isso não é um conceito correto. O que acabou acontecendo é que você teve uma sobrecarga dos sistemas, que teve muito mais casos do que o sistema poderia receber. Isso é mais um item que deixa clara a necessidade de já estarmos preparados gerencialmente para enfrentar uma pandemia.”, disse Teich.
META SELIC NÃO ASSUSTA MERCADO, E PRÓXIMAS REUNIÕES DEVEM SER MARCADAS POR MAIS AUMENTOS
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu por subir a meta Selic em 0,75%, empurrando a meta da inflação básica do país para 3,50% ao ano. O movimento acontece meses após a manutenção da taxa a 2%, mantida desde o ano passado e alterada para 2,75% na última reunião do comitê.
O aumento não assusta por estar de acordo com as projeções do próprio BC e dos economistas. O cenário inflacionário do país ainda preocupa, com as projeções apontando que o IPCA brasileiro pode ficar muito perto do teto da meta estabelecida para o índice, de 5,25%.
Até o momento, o Boletim Focus, que reúne análises de mais de 100 instituições financeiras, apontam para um IPCA de 5,04%.
Quanto à meta Selic, as projeções no Boletim Focus apontam para uma taxa a 5,50% a.a. no fim do ano.
As próximas reuniões do Copom estão marcadas para os dias 15 e 16 de junho, e o risco do comitê do BC aumentar a meta Selic são altíssimas.
Saiba mais
Copom eleva Selic para 3,50% ao ano
AGENDA
O destaque do dia fica para os dados sobre pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos, marcados para serem divulgados às 9:30. As expectativas do mercado quanto ao índice são boas, uma vez que os pedidos por seguro bateram baixa recorde desde o início da pandemia no país à três semanas atrás.
Na Zona do Euro, três discursos do Banco Central Europeu (BCE) marcam a agenda:
- Às 7:30: discursou o vice-presidente do BCE, Luis De Guindos.
- Às 8:15: discursou a presidente do BCE, Christine Lagarde.
- Às 10:15: discursa Isabel Schnabel, membro do Conselho Executivo do BCE.
BOLSAS E CÂMBIO
Em dia de expectativas quanto aos índices de trabalhos nos EUA, as bolsas europeias iniciam a manhã de forma mista.
Às 8h da manhã:
- STOXX 600 (STOXX): -0,20%, indo a 440,66 pontos
- DAX (GDAXI): -0,04%, indo a 15.164,85 pontos
- FTSE 100 (FTSE): +0,09%, indo a 7.045,55 pontos
- CAC 40 (FCHI): -0,07%, indo a 6.335,36 pontos
- FTSE MIB (FTMIB): +0,04%, indo a 24.474,50 pontos
Acompanhando Wall Street, os mercados asiáticos marcam um fechamento misto de pregão, com os índices chineses marcando as únicas perdas do dia na volta do feriado do país.
- Hang Seng (HK50): +0,54%, indo a 28.589,00 pontos
- KOSPI (KS11): +1,00% , indo a 3.178,74 pontos
- Shanghai Composto (SSEC): -0,16%, indo a 3.441,28 pontos
- Nikkei 225 (N225): +1,80%, indo a 29.331,37 pontos
- Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): -1,22%, indo a 5.061,12 pontos
Às 8h da manhã, os índices futuros dos EUA apresentam resultados positivos:
- Nasdaq 100 Futuros: +0,17%, indo a 13.513,50 pontos
- Dow Jones Futuros: +0,06%, indo a 34.139,00 pontos
- S&P 500 Futuros: +0,06%, indo a 4.162,38 pontos
Acompanhe as cotações do Dólar e o Euro na manhã desta quinta-feira (06):
- Às 9h03, o Dólar caiu -0,91%, a R$ 5,34
- Às 9h03, o Euro caiu -0,54%, a R$ 6,44
Foto: Agência Brasil / Divulgação
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