Para tentar resolver gargalo no Orçamento após cortes de R$ 9 bilhões em áreas essenciais, o Planalto estuda mandar um projeto que deve beneficiar três pastas importantes. Segundo a equipe econômica, o projeto não deve fazer o país furar o teto de gastos.
A CPI da Covid de ontem (06) foi marcada por desvios de assunto e brigas internas. O membro do governo ouvido da vez foi Marcelo Queiroga, atual ministro da Saúde.
Esses e outros destaques você confere agora.
ORÇAMENTO DE 2021: GOVERNO PRETENDE APROVAR PROJETO PARA RESOLVER GARGALO COM MINISTÉRIOS ESSENCIAIS
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o Governo Federal pretende mandar um projeto de R$ 3 bilhões para as pastas do Meio Ambiente, Desenvolvimento Regional e Ciência e Tecnologia. Além disso, a verba deve ser alocada para projetos de infraestrutura.
A ideia é aprovada por líderes no Congresso, e é mais uma tentativa de resolver o gargalo com o Orçamento. A construção de casas populares, por exemplo, devem se beneficiar da nova verba e evitar uma paralisação já em maio.
A ideia não deve ampliar os vetos aprovados por Bolsonaro nas emendas parlamentares. Neste caso, seria aprovada uma medida do Ministério da Economia que aloca recursos para áreas obrigatórias.
O presidente da Câmara dos Deputados também apoia a medida:
“Nós, da Câmara, demonstramos à parte técnica do governo que poderíamos fazer diversos ajustes porque o Orçamento é uma peça autorizativa, de modo que deixasse esses setores que são primordiais, essenciais para o Brasil, tanto o setor produtivo, como esses assuntos, como casa própria, construção pela metade, isso não existe no Brasil do século 21”, disse Arthur Lira.
Segundo a equipe econômica, essas medidas não deixam o Brasil com risco de furar o teto de gastos. Mesmo assim, impasses na área da previdência, por exemplo, ainda existem.
CPI DA COVID: DEPOIMENTO DE QUEIROGA É MARCADO POR DESVIOS DE ASSUNTO
No terceiro dia de convocações da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, os senadores ouviram o atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. O presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, estava marcado para falar ontem (06) após Queiroga, mas foi adiado.
O dia foi marcado por constantes desvios de assunto, que irritaram os membros da CPI. Em certo momento, o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), enfatizou a objetividade das perguntas:
“Todos nós estamos aguardando a resposta. Não tem três palavras, só tem uma: ‘sim’ e ‘não’. Até minha filha de 12 anos falaria ‘sim’ ou ‘não’”, disse o presidente da CPI.
Quando questionado sobre a distribuição de medicamentos sem eficácia contra COVID-19, Queiroga disse: “Eu não autorizei distribuição de cloroquina na minha gestão. Eu não tenho conhecimento de que esteja havendo distribuição de cloroquina na nossa gestão”.
Uma das informações mais importantes do dia foi a posição do ministro a respeito da quebra de patentes de vacinas contra a Sars-CoV-2. Queiroga foi enfático ao dizer que é contra a quebra de patentes, que facilitaria a produção e distribuição das vacinas, ao mesmo tempo que prejudica o setor privado.
Neste momento, o Brasil fica isolado de boa parte dos principais países desenvolvidos, que aprovam a quebra de patentes. Ainda nesta semana, Joe Biden, dos EUA, anunciou o parecer favorável à medida, dizendo através de um membro do governo que “situações extraordinárias exigem medidas extraordinárias”.
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AGENDA
O destaque do dia fica para os dados de vendas no setor de varejo referentes ao mês de março, e divulgados às 9h da manhã pelo IBGE. Em fevereiro, o índice havia ficado em 0,6%.
Às 8h: a Inflação medida pelo IGP-DI, publicada pela FGV, foi divulgada. O índice ficou em 2,22%, acima das projeções de especialistas.
Às 10h: dados das vendas de veículos referente ao mês de abril são publicados pelo IBGE. Em março, o índice havia ficado em 13,1%.
BOLSAS E CÂMBIO
Com os economistas assistindo uma recuperação econômica a todo vapor, os índices apresentam resultados positivos no início do dia.
Às 8h da manhã:
- STOXX 600 (STOXX): +0,20%, indo a 440,66 pontos
- DAX (GDAXI): +1,31%, indo a 15.395,90 pontos
- FTSE 100 (FTSE): +0,74%, indo a 7.128,55 pontos
- CAC 40 (FCHI): +0,26%, indo a 6.373,58 pontos
- FTSE MIB (FTMIB): +0,25%, indo a 24.556,50 pontos
O rally positivo em Wall Street também influencia as bolsas asiáticas, que fecharam com saldos positivos. Apenas os índices da China marcam as perdas do dia.
- Hang Seng (HK50): +0,14%, indo a 28.628,00 pontos
- KOSPI (KS11): +0,58% , indo a 3.197,20 pontos
- Shanghai Composto (SSEC): -0,65%, indo a 3.418,87 pontos
- Nikkei 225 (N225): +0,09%, indo a 29.357,82 pontos
- Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): -1,22%, indo a 5.061,12 pontos
Às 8h da manhã, os índices futuros dos EUA apresentam resultados positivos:
- Nasdaq 100 Futuros: +0,32%, indo a 13.641,12 pontos
- Dow Jones Futuros: +0,24%, indo a 34.526,00 pontos
- S&P 500 Futuros: +0,23%, indo a 4.203,88 pontos
Acompanhe as cotações do Dólar e o Euro na manhã desta sexta-feira (07):
- Às 9h03, o Dólar caiu -0,21%, a R$ 5,37
- Às 9h03, o Euro caiu -0,31%, a R$ 6,28
Foto: Folhapress / Divulgação