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Mais uma crise política deve marcar a agenda do Planalto neste mês. A existência de um possível “orçamento paralelo”, direcionamento de recursos para membros aliados do Executivo no Congresso, já arranca pedidos de investigação ao TCU.

Outro item que marca a agenda é o depoimento do presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid.

Por fim, o IBGE publica nesta manhã o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) referente ao mês de abril.

Esses e outros destaques você confere agora.

MP E TCU PEDEM INVESTIGAÇÃO QUANTO AO POSSÍVEL ‘ORÇAMENTO PARALELO’ DO PLANALTO

Assim como o impasse da aprovação do Orçamento e CPI da Covid, mais um caso deve agravar a crise política do governo federal. Agora, indícios surgem de um “orçamento paralelo”, R$ 3 bilhões em emendas parlamentares destinadas a aliados do Planalto no Congresso.

Segundo a apuração do Estadão, o dinheiro foi, em sua boa parte, destinado para a compra de tratores por valores até 259% acima dos valores de referência fixados pelo governo.

O possível esquema aparece em cerca de 101 ofícios enviados por membros do Congresso ao Ministério do Desenvolvimento Regional.

Alguns dos destaques da apuração apontam membros do Centrão como grandes beneficiados. No caso do deputado Lúcio Mosquini (MDB-RO), por exemplo, R$ 8 milhões foram direcionados. Destes, o governo pagou R$ 359 mil em um trator que, normalmente, resultaria em uma liberação de R$ 100 mil.

Segundo o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), à TV Brasil, a matéria do Estadão tem “exagero” e “falta de conhecimento técnico”.

Mesmo assim, segundo a apuração do UOL, o subprocurador-geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Furtado, pediu investigações pelo tribunal. 

Segundo ele, houve uma “inadequada execução orçamentária, motivada supostamente por interesses políticos e em desvirtuamento do princípio da isonomia que orienta a distribuição de recursos”.

Segundo Alessandro Molon (PSB-RJ), líder da oposição na Câmara, o “orçamento paralelo” burla a transparência do governo.

“São denúncias muito graves, porque o princípio de qualquer orçamento público é absoluta e total transparência. E o que esse caso revela é a existência de uma forma de operar o orçamento totalmente obscura e que se presta a acertos escusos entre governo e Parlamento, sem que o povo tenha noção de quem, de quê, porquê e para onde está indo esse dinheiro. Some-se a isso as denúncias de direcionamento e de superfaturamento”, disse Molon ao EXAME.

CPI DA COVID: PRESIDENTE DA ANVISA É OUVIDO HOJE

Em mais um capítulo da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, instalada para investigar governo federal, estaduais e municipais quanto à atuação durante a pandemia de COVID-19, o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, deve ser ouvido hoje.

“A expectativa que nós temos com relação ao depoimento é que ele nos convença que a Anvisa não participou do boicote às vacinas”, disse o relator Renan Calheiros (MDB-AL) sobre a convocação.

Os senadores da CPI ainda estudam quebrar sigilo das ligações telefônicas do presidente da Anvisa. A intenção é descobrir se houve ou não pressões por parte do Planalto que podem ter atrasado a aprovação de imunizantes contra COVID-19.

Outro ponto da investigação quer apurar a existência de uma espécie de “Ministério da Saúde paralelo”, com o Executivo escutando fontes formais e de aliados, decidindo rumos durante a pandemia. Neste caso, a suspeita é que a médica Nise Yamaguchi tenha papel fundamental

Isso porque durante a reunião que contou com o presidente da Anvisa e o ex-ministro da Saúde, Mandetta, a médica, que não exercia cargo público, pressionou pela inclusão do tratamento por COVID-19 na bula da Cloroquina.

Outro depoimento que deve marcar a semana é o do ex-secretário de Comunicação da Presidência da República, Fabio Wajngarten. 


Saiba mais

CPI da Covid e Orçamento podem atrasar agenda de reformas do Planalto


AGENDA

O destaque do dia fica para a publicação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) referente ao mês de abril. Os dados são publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em março, a inflação brasileira ficou em 0,93%. A expectativa dos economistas é de uma desaceleração do índice para o mês de abril, que ainda deve ser afetado pelo preço dos combustíveis e alimentos.

Segundo o Boletim Focus, publicado semanalmente pelo Banco Central (BC) com projeções de mais de 100 instituições financeiras, a inflação brasileira deve terminar o ano em 5,06%, perto do teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 2,25% a 5,25%.

Às 8h: é publicada a Ata da reunião do Copom, que definiu a Selic a 3,50% a.a.

BOLSAS E CÂMBIO

Dados sobre a inflação nos Estados Unidos provocaram uma sessão de liquidação de ações no pregão desta terça-feira (11). O sentimento de economistas é de que os juros baixos do país podem aumentar.


O sell-off provoca quedas nos principais índices mundiais.

Às 8h da manhã:

  • STOXX 600 (STOXX): -2,24%, indo a 435,42 pontos
  • DAX (GDAXI): -2,31%, indo a 15.045,40 pontos
  • FTSE 100 (FTSE): -2,21%, indo a 6.965,95 pontos
  • CAC 40 (FCHI): -2,12%, indo a 6.250,87 pontos
  • FTSE MIB (FTMIB): 1,90%, indo a 24.332,50 pontos

O sell-off também provocou quedas nos índices asiáticos, que fecharam no negativo. As únicas bolsas do continente a não caírem são as chinesas.

  • Hang Seng (HK50): -2,22%, indo a 27.959,62 pontos
  • KOSPI (KS11): -1,23% , indo a 3.209,43 pontos
  • Shanghai Composto (SSEC): +0,30%, indo a 3.441,85 pontos
  • Nikkei 225 (N225): -3,08%, indo a 28.608,59 pontos
  • Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): +0,61%, indo a 5.023,06 pontos

Às 8h da manhã, os índices futuros dos EUA apresentam resultados negativos:

  • Nasdaq 100 Futuros: -1,29%, indo a 13.184,38 pontos
  • Dow Jones Futuros: -0,45%, indo a 34.511,00 pontos
  • S&P 500 Futuros: 0,75%, indo a 4.152,12 pontos

Acompanhe as cotações do Dólar e o Euro na manhã desta terça-feira (11):

  • Às 9h03, o Dólar caiu -0,04%, a R$ 5,22
  • Às 9h03, o Euro subiu +0,22%, a R$ 6,36

Foto: Poder 360

Juan Tasso - Smart Money

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