Em votação considerada simbólica, o Senado aprovou o Pronampe, criado durante a pandemia do ano passado, em caráter permanente. Agora, o programa deve receber novas taxas.
Em pedido inédito, a PF levou ao STF um pedido de abertura de inquérito contra um ministro da Casa. A investida acontece após a delação premiada de um ex-governador.
A CPI da Covid deve marcar o dia mais uma vez, com o ex-secretário de Comunicação do Governo conversando com os senadores da comissão nesta manhã.
Esses e outros destaques você confere agora.
SENADO APROVA PRONAMPE EM CARÁTER PERMANENTE
O Senado Federal aprovou ontem (11) uma medida que torna permanente o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), criado no ano passado para auxiliar pequenos empresários durante a pandemia, além de ajudar na manutenção de empregos. Agora, o texto deve ir à sanção do presidente.
Pelo texto aprovado, ficam elegíveis para o programa de emissão de crédito os Microempreendedores Individuais (MEI), microempresas de faturamento anual de até R$ 360 mil, e empresas de pequeno porte que faturam até R$ 4,8 milhões por ano.
As diferenças do Pronampe do ano passado para o programa de caráter permanente estão nas taxas de juros. Conforme o texto aprovado, as taxas são de 6%, mais a taxa básica de juros, a Selic. É, portanto, a 9,5% a.a.
POLÍCIA FEDERAL PEDE ABERTURA DE INVESTIGAÇÃO DE MINISTRO DO STF
A Polícia Federal (PF) enviou ontem a Edson Fachin, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de abertura de inquérito que deve investigar outro ministro da Casa, Dias Toffoli. O pedido acontece após a delação premiada de Sérgio Cabral (MDB).
Segundo informações obtidas pela PF, existe uma suspeita de repasses ilegais feitos ao ministro do STF, envolvendo até a compra de decisões judiciais. Segundo a Folha de S. Paulo, Toffoli teria recebido R$ 4 milhões para decidir de forma favorável a respeito de processos envolvendo dois prefeitos fluminenses.
O ministro, por sua vez, nega as acusações, e diz “não ter conhecimento dos fatos mencionados e disse que jamais recebeu os supostos valores ilegais”.
CPI DA COVID: EX-SECRETÁRIO DE COMUNICAÇÃO DO GOVERNO DEPÕE HOJE
Mais um dia de trabalhos da CPI da Covid marcam a agenda. Hoje, os senadores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investiga a atuação do governo federal, estados e municípios quanto à pandemia de COVID-19, devem ouvir Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação do Governo.
O depoimento de hoje é visto com preocupação pelo Planalto. Isso porque, recentemente, Wajngarten disse à VEJA que o Ministério da Saúde foi incompetente por não comprar a vacina da Pfizer durante o mandato de Eduardo Pazuello na pasta.
Quanto ao depoimento de ontem, do presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, o episódio foi visto como constrangedor para o Planalto. O presidente da Anvisa afirmou aos senadores uma tentativa do Executivo de alterar a bula da Cloroquina, remédio ineficaz contra o Sars-CoV-2, para inserir o tratamento contra COVID-19.
Enquanto tudo isso acontece, membros da CPI estudam quebrar sigilo do dono da Havan, Luciano Hang. Segundo membros, de acordo com a apuração do O Globo, existe uma suspeita do empresário ter financiado sites de propagação de desinformação sobre a pandemia no Brasil.
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AGENDA
O destaque do dia fica para a publicação dos dados do crescimento do setor de serviços referente ao mês de março. Os dados são publicados às 9h pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Nos EUA, às 9h30, é publicado o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do país, referente ao mês de abril. Os dados são publicados pela Secretaria de Estatísticas Trabalhistas dos Estados Unidos (BLS em inglês).
Índices inflacionários dos EUA são importantes de se acompanhar, pois sinalizações de altas desenfreadas de preços podem provocar aumentos nas taxas básicas de juros do país, que estão em baixa recorde. Um possível aumento pode esfriar, nem que seja um pouco, o recente superciclo das commodities, por exemplo, que beneficia diretamente países emergentes como o Brasil.
Às 13h no Brasil: é publicado o Índice Primário de Sentimento do Consumidor (PCSI), pela Thomson Reuters/IPSOS.
Às 14h30 no Brasil: publicado os dados do Fluxo Cambial Estrangeiro pelo Banco Central (BC).
BOLSAS E CÂMBIOS
Após grandes quedas ontem, os mercados europeus iniciam a manhã de forma mista, ainda influenciados por uma terça-feira (11) marcada por sell-out nos Estados Unidos.
Às 8h da manhã:
- STOXX 600 (STOXX): +0,42%, indo a 438,46 pontos
- DAX (GDAXI): +0,12%, indo a 15.137,85 pontos
- FTSE 100 (FTSE): +0,37%, indo a 6.973,73 pontos
- CAC 40 (FCHI): -0,14%, indo a 6.258,79 pontos
- FTSE MIB (FTMIB): –0,06%, indo a 24.381,50 pontos
Influenciados pelo mercado global, as bolsas asiáticas fecharam de forma mista. O destaque fica para os índices chineses, as únicas altas do dia.
Segundo analistas, os bons dados do setor de agricultura e aço d a China empurram otimismo para as bolsas.
- Hang Seng (HK50): +0,81%, indo a 28.185,12 pontos
- KOSPI (KS11): -1,49% , indo a 3.161,66 pontos
- Shanghai Composto (SSEC): +0,61%, indo a 3.462,75 pontos
- Nikkei 225 (N225): -1,61%, indo a 28.147,51 pontos
- Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): +0,43%, indo a 5.044,55 pontos
Às 8h da manhã, os índices futuros dos EUA apresentam resultados negativos:
- Nasdaq 100 Futuros: -0,68%, indo a 13.255,25 pontos
- Dow Jones Futuros: -0,41%, indo a 34.042,00 pontos
- S&P 500 Futuros: –0,46%, indo a 4.127,38 pontos
Acompanhe as cotações do Dólar e o Euro na manhã desta quarta-feira (12):
- Às 9h03, o Dólar caiu -0,02%, a R$ 5,22
- Às 9h03, o Euro caiu -0,16%, a R$ 6,34
Foto: Folhapress / Reprodução
