A CPI da Covid mais uma vez marca a quarta-feira (12) e quinta-feira (13). Após o depoimento tenso do ex-secretário da Comunicação do Governo, os senadores devem ouvir um representante da Pfizer, farmacêutica que ofereceu ao Brasil milhões de doses da vacina no ano passado.
Após pesquisa de intenções de votos para o segundo turno em 2022, o Datafolha expõe as consequências dos recentes desgastes do governo federal. Embora seja cedo para chutar um possível próximo presidente, a pesquisa serve como uma medição de temperatura política, que atualmente não está favorável para o Executivo.
Esses e outros destaques você confere agora.
CPI DA COVID: FABIO WAJNGARTEN QUASE SAI PRESO APÓS PEDIDOS DE SENADORES
A quarta-feira (12) da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid foi a mais tensa desde a abertura das investigações. Após uma comissão que durou um dia inteiro, o ex-secretário de Comunicação do Governo, Fábio Wajngarten, quase saiu preso após pedidos de senadores.
O maior motivo dos pedidos acontece por conta das inúmeras inverdades ditas pelo ex-secretário. No fim de abril, Wajngarten concedeu uma entrevista à VEJA, objeto principal usado pelos senadores. O ex-secretário negou ter dito inúmeras coisas da reportagem, incluindo o trecho em que ele diz que houve incompetência do Ministério da Saúde quanto à atuação na pandemia.
Durante a CPI, a revista VEJA liberou o áudio da entrevista na íntegra, provando inverdade dita por Wajngarten. A situação foi agravada quando o ex-secretário disse que durante a campanha “O Brasil não pode parar” pela Secom, ele estava afastado e não estava trabalhando.
Imediatamente, membros senadores mostraram à CPI uma transmissão ao vivo feita por Wajngarten com a participação do Eduardo Bolsonaro. Durante a live, o ex-secretário disse estar bem e trabalhando.
Os desvios e inverdades irritaram os senadores. O relator da CPI, Renan Calheiros, fez um dos primeiros pedidos de prisão em flagrante. Ele foi acompanhado do vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues, e de vários membros da comissão.
O pedido, porém, foi negado pelo presidente da CPI, Omar Aziz, que preferiu encaminhar o caso para o Ministério Público (MP).
Nesta quinta-feira (13), membros da CPI devem ouvir o gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo. O depoimento é importante, pois os senadores buscam descobrir os fatos quanto à oferta da Pfizer ao Brasil em 2020, quando a farmacêutica propôs milhões de doses de vacinas.
DATAFOLHA MOSTRA RECENTE DESGASTE DO PLANALTO
Ainda é cedo para chutar um segundo turno para as eleições presidenciais de 2022, mas as recentes pesquisas mostram como as crises do Planalto no início do ano causam um desgaste do Executivo.
Segundo o Datafolha, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem 55% das intenções de voto, contra 32% do presidente Jair Messias Bolsonaro para o segundo turno.
O desgaste acontece após embates quanto ao Orçamento para 2021, sancionado com inúmeros problemas fiscais. Além disso, a CPI da Covid arrasta a popularidade do Executivo para baixo, com senadores convocando membros importantes do governo federal.
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AGENDA
Às 9h no Brasil, sai o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br). O índice é considerado como uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), e é publicado pelo Banco Central (BC).
Às 9h30, sai o número de pedidos por seguro desemprego nos Estados Unidos. A taxa vem caindo desde o início do ano, com projeções apontando com o mesmo caminho.
Também sai às 9h30 nos Estados Unidos o Índice de Preços ao Produtor (IPP). Como qualquer índice inflacionário no país, acompanhar a taxa é importante para medir a temperatura da economia global, que vem aproveitando a onda de investimentos massivos em infraestrutura e crescimento interno de países como EUA e China.
BOLSAS E CÂMBIO
Dados da inflação nos Estados Unidos empurram o mercado global para a negativa no início da manhã.
A preocupação dos investidores é que o governo de Joe Biden aumente as taxas de juros no país, que estão em baixa recorde para fomentar o crescimento econômico. Caso aumente, isso pode afetar o superciclo das commodities, que vem beneficiando países emergentes, como o Brasil.
Às 8h da manhã:
- STOXX 600 (STOXX): –1,25%, indo a 432,44 pontos
- DAX (GDAXI): -1,40%, indo a 14.938,55 pontos
- FTSE 100 (FTSE): -1,86%, indo a 6.874,50 pontos
- CAC 40 (FCHI): -1,06%, indo a 6.214,49 pontos
- FTSE MIB (FTMIB): –1,37%, indo a 24.117,50 pontos
Acompanhando o mercado global, os índices asiáticos fecharam registrando baixas.
- Hang Seng (HK50): -1,67%, indo a 27.715,37 pontos
- KOSPI (KS11): -1,25% , indo a 3.122,11 pontos
- Shanghai Composto (SSEC): -0,96%, indo a 3.429,54 pontos
- Nikkei 225 (N225): -2,49%, indo a 27.448,01 pontos
- Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): -1,02%, indo a 4.992,97 pontos
Às 8h da manhã, os índices futuros dos EUA apresentam resultados negativos:
- Nasdaq 100 Futuros: -0,29%, indo a 12.960,25 pontos
- Dow Jones Futuros: -0,47%, indo a 33.351,50 pontos
- S&P 500 Futuros: –0,31%, indo a 4.046,12 pontos
Acompanhe as cotações do Dólar e o Euro na manhã desta quinta-feira (13):
- Às 9h03, o Dólar subiu +0,07%, a R$ 5,30
- Às 9h03, o Euro subiu +0,15%, a R$ 6,41
Imagem: TV Senado / Reprodução