A medida que viabiliza a desestatização da Eletrobras foi aprovada pela Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (19). A MP deve ir ao Senado Federal, onde membros da casa analisam a proposta antes do dia 22 de junho, data de expiração.
Também no Senado, a CPI da Covid deve, mais uma vez, marcar a agenda do dia. O ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, depõe novamente aos membros da casa após a sessão ser interrompida ontem (19) depois que o ex-ministro passou mal.
Na agenda global, além dos índices inflacionários alemães e discurso da presidente do BCE, os dados semanais de pedidos de seguro-desemprego nos EUA devem demonstrar a recuperação econômica do país.
Quanto às bolsas, a alta volatilidade do Bitcoin, considerada a moeda virtual mais importante entre as criptomoedas, provoca receios no mercado. Na semana, a moeda chegou a perder mais de um quinto do valor.
Esses e outros destaques você confere agora.
MP QUE VIABILIZA PRIVATIZAÇÃO DA ELETROBRAS É APROVADA NA CÂMARA
A Medida Provisória (MP) 1031/21, que viabiliza a privatização da estatal Eletrobras, foi aprovada pela Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (19), por 313 votos a 166.
A MP passou sem as emendas propostas por partidos da oposição e do MDB. As emendas queriam impedir que a Eletrobrás ficasse com os recebíveis da União, para manter o controle sobre a empresa e manter o corpo de funcionários.
Agora, o texto segue para o Senado Federal, que tem até o dia 22 de junho para analisar a proposta. Caso o prazo expire, a MP caduca.
De acordo com a MP, o governo terá uma ação especial golden share que garante o poder de veto e participação de reuniões do Conselho Administrativo, além de evitar que membros tenham mais de 10% do capital votante da Eletrobras. A participação da União, antes de 60%, deve ir a 45%.
Segundo a proposta, a captação de recursos será feita através de uma oferta pública de ações.
A MP também cria uma série de exigências a serem cumpridas pelo Governo Federal, que foram incluídas pelo relator da proposta, Elmar Nascimento (DEM-BA). Uma delas é quanto à obrigatoriedade de contrato de 6 mil MW de termelétricas movidas a gás por 15 anos.
Outra exigência é a prorrogação do Programa de Incentivos às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa) por mais 20 anos.
CPI DA COVID: PAZUELLO DEPÕE NOVAMENTE
Após um dia marcado por acusações de inverdades e desvios de assunto, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello depõe novamente na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, que investiga o governo federal, estados e municípios quanto à atuação dos poderes durante a pandemia de COVID-19.
O depoimento do Pazuello deveria ter continuado após uma pausa de uma hora no fim da tarde de ontem (19), mas foi suspenso quando o general alegou ter passado mal, precisando ser socorrido por médicos.
Entre os principais assuntos abordados, estão a atuação da pasta da Saúde durante a crise de falta de oxigênio em Manaus. Segundo senadores, existiu um atraso da pasta e do governo federal no fornecimento de cilindros, além de não acatarem ajudas oferecidas pelos Estados Unidos e Venezuela.
Outro ponto abordado na CPI foi um programa experimental lançado pelo Planalto e divulgado em canais oficiais, o TrateCov. Tratava-se de um aplicativo que receitava remédios sem eficácia comprovada contra COVID-19.
Quanto ao tratamento precoce contra o vírus, que o órgão sanitário mais respeitado do Brasil, a Anvisa, diz que não existe, Pazuello disse que o termo foi “politizado”.
“O atendimento do paciente, e isso está escrito na nota informativa de forma clara, é o paciente buscar o atendimento o mais rápido possível para que o médico faça seu diagnóstico e defina sua conduta, aí defina tratamentos farmacológicos, não farmacológicos e outras ações”, disse Pazuello.
A retomada do depoimento de Pazuello está marcada para acontecer a partir das 9h da manhã no Senado.
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AGENDA
Às 3h da manhã, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) alemão foi publicado. O índice inflacionário fechou em 0,8% em abril, uma desaceleração quando comparado com março (0,9%).
Às 9h, teremos um discurso de Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (ECB em inglês).
Às 9h30, saem os dados semanais dos EUA quanto aos pedidos iniciais de seguro-desemprego. O índice vem caindo conforme as semanas passam, fruto de esforços do governo do país para o fomento do trabalho e retomada da normalidade econômica.
BOLSAS E CÂMBIO
Os mercados europeus iniciam a manhã em alta, com investidores de olho na volatilidade das criptomoedas.
O Bitcoin chegou a cair 20% nessa semana, enquanto tenta absorver pressões de órgãos regulatórios da China e dos Estados Unidos, além do recente anúncio da Tesla, que parou de vender seus carros elétricos utilizando a moeda virtual.
Às 8h da manhã:
- STOXX 600 (STOXX): +0,39%, indo a 438,05 pontos
- DAX (GDAXI): +0,56%, indo a 15.197,70 pontos
- FTSE 100 (FTSE): +0,19%, indo a 6.963,15 pontos
- CAC 40 (FCHI): +0,60%, indo a 6.300,29 pontos
- FTSE MIB (FTMIB): +0,21%, indo a 24.537,50 pontos
Os mercados asiáticos acompanham Wall Street e fecham de forma mista, com os índices japonês e de Shenzhen marcando os únicos ganhos do dia.
- Hang Seng (HK50): -0,69%, indo a 28.390,87 pontos
- KOSPI (KS11): -0,34% , indo a 3.162,28 pontos
- Shanghai Composto (SSEC): -0,11%, indo a 3.506,94 pontos
- Nikkei 225 (N225): +0,19%, indo a 28.098,25 pontos
- Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): +0,27%, indo a 5.186,41 pontos
Às 8h da manhã, os índices futuros dos EUA apresentam resultados negativos:
- Nasdaq 100 Futuros: -0,29%, indo a 13.194,62 pontos
- Dow Jones Futuros: -0,39%, indo a 33.700,50 pontos
- S&P 500 Futuros: –0,34%, indo a 4.097,38 pontos
Acompanhe as cotações do Dólar e o Euro na manhã desta quinta-feira (20):
- Às 9h03, o Dólar caiu -0,09%, a R$ 5,30
- Às 9h03, o Euro caiu -0,01%, a R$ 6,46
Foto: Agência Brasil / Divulgação