O ministro da Economia, Paulo Guedes, participou de um encontro nesta terça-feira (25). Além de comentar sobre projeções quanto ao cenário brasileiro, o ministro sinalizou querer retomar as discussões sobre tributos aplicados a todas as transações financeiras, já chamada de “nova CPMF”.
O Brasil passou da marca de 20% da população com a primeira dose da vacina tomada. Enquanto o número conforta e mostra um amplo cenário de recuperação para os próximos meses, a média móvel de óbitos pela doença ainda preocupa.
Na agenda do dia, destaques sobre investimento estrangeiro no Brasil e dados de lucros no setor industrial chinês.
Pela manhã, os mercados ainda passam por cautela após a publicação de dados de imóveis nos EUA. Com a publicação indicando um cenário um pouco pior que o esperado por economistas, as bolsas esfriaram com receio de um possível aumento nas taxas de juros do país.
Esses e outros destaques você confere agora.
GUEDES PRETENDE RETOMAR DISCUSSÕES DE TRIBUTOS SOBRE TRANSAÇÕES BANCÁRIAS
O ministro da Economia Paulo Guedes sinalizou que quer retomar a discussão sobre a criação de um imposto sobre todas as transações financeiras. O novo imposto é chamado de “nova CPMF”.
As informações são do jornal Valor Econômico, que também diz que o presidente Jair Bolsonaro não deve ser contra a proposta, desde que a alíquota não passe de 0,1%.
A criação dos novos tributos é polêmica, pois inclui o serviço do PIX, lançado recentemente pelo Banco Central (BC) sob a premissa de ser rápido, eficiente e de graça.
Além de comentar sobre o novo tributo, Guedes também comentou no evento a respeito do crescimento econômico brasileiro em 2021:
“Vêm as concessões, as privatizações, saneamento, infraestrutura, logística. Esse é um grande desafio à frente, e o Brasil está mostrando que vai chegar lá, como disse o Mansueto Almeida [Secretário do Tesouro Nacional], crescendo 4,5% ou 5% este ano”, disse Guedes.
Segundo o ministro, o Brasil tem condição de atingir um superávits primários antes do esperado:
“A minha hipótese é a seguinte: a arrecadação está no mínimo. E se eu conseguir baixar o déficit de 2% para 1% com arrecadação no mínimo, espera ela crescer um pouquinho e vamos ver o que acontece. Bom, os nossos cálculos, antes achava-se que isso aí só ia gerar um superávit primário em 2027. Já passou para 2024. No ritmo que está vindo a arrecadação, pode ser antes, pode ser 2023”, disse Guedes.
20% DA POPULAÇÃO BRASILEIRA JÁ TOMOU A PRIMEIRA DOSE DA VACINA
O Brasil já passou da marca de 42,9 milhões de pessoas que já tomaram a primeira dose de uma das vacinas contra COVID-19. Com esse número, 20% da população brasileira já tomou a primeira dose.
É importante ressaltar que para ter o efeito imunológico total, a segunda dose é necessária. No Brasil, 21,1 milhões de pessoas já estão totalmente imunizadas.
Enquanto os números da vacinação trazem otimismo, mesmo com ritmo lento, sobe o risco do país entrar em uma 3ª onda da doença.
O país já tem 452.224 óbitos pela doença e uma média móvel de 1.835 mortes diárias. De acordo com dados de 14 dias atrás, a variação na média móvel é de -6%, seguindo uma tendência de estabilidade.
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AGENDA DE HOJE
Às 9h no Brasil, saem os dados sobre transações correntes e investimento estrangeiro direto. Os dados são publicados pelo Banco Central (BC).
Às 11h30 nos EUA, dados sobre estoque de petróleo bruto são publicados pelo US Energy Information Administration.
Os estoques de petróleo bruto podem influenciar preços de uma cadeia de produtos, podendo assim ser levado como termômetro de impacto inflacionário. Atualmente, a inflação dos EUA é importante de se acompanhar, pois a baixa recorde de juros afeta positivamente a economia brasileira.
Às 22:30 na China, dados sobre os lucros no setor industrial referentes ao mês de abril são publicados pelo National Bureau of Statistics of China.
DESTAQUES DA AGENDA DE ONTEM
Às 9h da manhã, o IPCA-15, considerado uma prévia da inflação, foi publicado pelo IBGE. O índice ficou em 0,44% para o mês de maio, uma desaceleração comparado com os 0,60% do mês de abril.
Às 10h nos EUA, o índice de preço de imóveis foi publicado pelo Federal Housing Finance Agency. O índice ficou em 324,9 pontos em março.
Às 11h nos EUA, o índice de confiança do consumidor foi publicado pela Conference Board (CB). O índice fechou o mês de maio com 117,2 pontos, abaixo dos 119,2 pontos projetados por economistas.
Às 11h nos EUA, dados sobre venda de casas novas foram publicados pelo Census Bureau. A taxa anual ficou em 863 mil, abaixo das expectativas de 970 mil dos economistas.
BOLSAS E CÂMBIO
Dados fracos de vendas de imóveis nos Estados Unidos e confiança do consumidor jogam um balde de água fria nas bolsas mundiais, que iniciam a quarta-feira (26) de forma mista.
A preocupação é a mesma que marcou todo o mês de maio: medo de que o Fed mude suas políticas de juros baixos com a alta da inflação no país.
Às 8h da manhã:
- STOXX 600 (STOXX): +0,05%, indo a 445,44 pontos
- DAX (GDAXI): -0,17%, indo a 15.438,90 pontos
- FTSE 100 (FTSE): -0,24%, indo a 7.013,13 pontos
- CAC 40 (FCHI): -0,01%, indo a 6.389,48 pontos
- FTSE MIB (FTMIB): -0,22%, indo a 24.838,50 pontos
Acompanhando os mercados europeu e norte-americano, os índices asiáticos fecham a quarta-feira (26) de forma mista.
Além de receios quanto às políticas fiscais dos EUA, investidores também acompanham a alta de casos de COVID-19 na Índia, que pode causar uma crise de abastecimento de petróleo.
- Hang Seng (HK50): +0,72%, indo a 29.156,00 pontos
- KOSPI (KS11): -0,09%, indo a 3.168,43 pontos
- Shanghai Composto (SSEC): +0,34%, indo a 3.593,36 pontos
- Nikkei 225 (N225): +0,31%, indo a 28.642,19 pontos
- Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): +0,04%, indo a 5.318,48 pontos
Às 8h da manhã, os índices futuros dos EUA apresentam resultados positivos:
- Nasdaq 100 Futuros: +0,38%, indo a 13.708,00 pontos
- Dow Jones Futuros: +0,24%, indo a 34.354,00 pontos
- S&P 500 Futuros: +0,31%, indo a 4.198,62 pontos
Acompanhe as cotações do Dólar e o Euro na manhã desta quarta-feira (26):
- Às 9h03, o Dólar subiu +0,02%, a R$ 5,33
- Às 9h03, o Euro caiu -0,50%, a R$ 6,50
Foto: Agência Brasil / Divulgação
