O ministro da Economia sinalizou o lançamento de um novo programa que deve auxiliar jovens que recém entraram no mercado de trabalho. Segundo Paulo Guedes, o programa já tem financiamento para acontecer até o fim do ano, mas ainda busca recursos para funcionar em 2022.
Meses após a aprovação do Executivo, o reajuste no salário mínimo foi aprovado pela Câmara dos Deputados. Agora, o texto segue para o Senado Federal.
A agenda de hoje no Brasil deve ser marcada pela publicação da taxa de desemprego pelo IBGE. Lá fora, índices econômicos dos EUA devem influenciar na temperatura das bolsas globais.
O receio das bolsas é que os resultados inflacionários e de crescimento dos EUA acabem provocando aumentos nas taxas de juros do país, que estão em baixa histórica.
Esses e outros destaques você confere agora.
GUEDES SINALIZA PROGRAMA DE INCENTIVO AO JOVEM TRABALHADOR
O ministro da Economia Paulo Guedes disse nesta quarta-feira (26) que o governo já tem os recursos necessários para o lançamento do novo programa de incentivo ao jovem trabalhador e à qualificação da mão de obra.
“A ideia básica é que o governo pague R$ 300 e as empresas mais R$ 300. Ou seja, as empresas pagarão para treinar, que serão qualificadas para desempenhar o que, depois, serão seus empregos”, disse Guedes.
Segundo o ministro, faltam agora recursos para garantir a continuidade do programa em 2022. A ideia é não fazer apenas um contrato de 6 meses com término já em 2021.
“Temos os recursos para este ano, mas queremos que seja um contrato de pelo menos um ano. Então, em vez de lançar um contrato de seis meses , estamos tentando obter fontes para que o jovem fique coberto por este programa de treinamento no trabalho por pelo menos um ano”, disse Paulo Guedes.
CÂMARA APROVA MP QUE FIXA SALÁRIO MÍNIMO A R$ 1.100
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (26) a Medida Provisória (MP) que fixa o salário mínimo a R$ 1.100, ante os R$ 1.045 anteriores. O reajuste é de 5,26%, de impacto de R$ 17,3 bilhões nas contas públicas, e não repõe a alta da inflação.
O texto já havia sido editado no fim de dezembro e está em vigor desde o dia 1 de janeiro após aprovação do Executivo. Ele, porém, ainda precisa passar pelas duas Casas do Congresso em um prazo de até 120 dias.
O prazo para aprovação no Senado Federal expira no dia 1 de junho, na próxima terça-feira (01).
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AGENDA
Às 9h, a taxa de desemprego do Brasil é publicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Até o momento, a taxa vem subindo desde os números de janeiro.
O índice serve como a temperatura da recuperação econômica brasileira. Embora a segunda onda de COVID-19 tenha provocado altas no desemprego, elevando para 14,4% em abril, a expectativa é de melhora até o final do ano.
Também às 9h acontece a reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN).
Às 9h30 nos Estados Unidos, dados preliminares do Produto Interno Bruto (PIB) referente ao primeiro trimestre são publicados pela Bureau of Economic Analysis, com projeções de uma alta de 6,5% no índice de crescimento econômico.
Também às 9h30 nos Estados Unidos, dados dos pedidos iniciais por seguro desemprego são publicados pelo Department of Labor, com projeção de retração frente aos dados publicados na semana passada.
Às 11h, saem os dados das Vendas Pendentes de Moradias referente ao mês de abril nos Estados Unidos. O índice é projetado para ser uma temperatura econômica do mercado imobiliário do país, com projeção de crescimento de 0,8%, frente ao crescimento de 1,9% do mês anterior.
BOLSAS E CÂMBIO
De olho em fatores macroeconômicos, os índices europeus iniciam a manhã de forma mista, com as bolsas britânicas e alemãs marcando as únicas perdas do início do dia.
Os mercados continuam de olho na publicação dos dados econômicos dos Estados Unidos. Caso a alta de preços e o PIB não estejam na linha do esperado, aumenta o risco do Fed aumentar as taxas de juros do país, que estão em baixa recorde.
Aumentando as taxas de juros, o crescimento exponencial esfria um pouco, podendo afetar até economias como o Brasil, que se beneficiam do recente superciclo das commodities.
Às 8h da manhã:
- STOXX 600 (STOXX): +0,08%, indo a 445,61 pontos
- DAX (GDAXI): -0,33%, indo a 15.399,60 pontos
- FTSE 100 (FTSE): -0,15%, indo a 7.016,45 pontos
- CAC 40 (FCHI): -0,47%, indo a 6.421,57 pontos
- FTSE MIB (FTMIB): +0,44%, indo a 24.887,50 pontos
Acompanhando os mercados europeu e norte-americano, os índices asiáticos fecham a quinta-feira (27) de forma mista.
Além de receios quanto às políticas fiscais dos EUA e publicação de dados inflacionários, investidores também acompanham a alta de casos de COVID-19 na Índia, que pode causar uma crise de abastecimento de petróleo.
- Hang Seng (HK50): -0,15%, indo a 29.113,37 pontos
- KOSPI (KS11): -0,09%, indo a 3.165,51 pontos
- Shanghai Composto (SSEC): +0,43%, indo a 3.608,85 pontos
- Nikkei 225 (N225): -0,33%, indo a 28.549,01 pontos
- Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): +0,33%, indo a 5.338,23 pontos
Às 8h da manhã, os índices futuros dos EUA apresentam resultados negativos:
- Nasdaq 100 Futuros: -0,39%, indo a 13.646,75 pontos
- Dow Jones Futuros: -0,02%, indo a 34.272,00 pontos
- S&P 500 Futuros: –0,20%, indo a 4.184,62 pontos
Acompanhe as cotações do Dólar e o Euro na manhã desta quinta-feira (27):
- Às 9h03, o Dólar subiu +0,03%, a R$ 5,30
- Às 9h03, o Euro caiu -0,08%, a R$ 6,46
Foto: Agência Brasil / Divulgação
