Dando continuidade a nossa saga sobre os principais receios dos profissionais que pensam em mudar de carreira, trago a você uma metáfora:
Imagine iniciar uma nova jornada, uma viagem a um destino maravilhoso, porém distante. Ao longo desse caminho você terá a oportunidade de se reabastecer, adquirir coisas novas e mais ferramentas para concluir a sua viagem.
Porém ao sair de casa você decide levar tudo que vê pela frente. Desde comida, roupas até moveis e eletrônicos. Afinal, você realizará um longo trajeto, é preciso estar preparado, não?
Primeiro, sabemos que é impossível colocar tantas coisas em uma mochila, no entanto a questão não é exatamente essa, mas sim que quanto mais pesada essa mochila fica, mais lentos nos tornamos.
Além disso, como estamos cientes que tudo isso não cabe em nossa ‘’mochila’’, começamos a entender que é preciso abandonar algumas coisas, e então vem o receio real desse movimento, o medo do desapego. Mesmo sabendo que será possível se equipar novamente, com outras conquistas, ao longo dessa nova jornada.
Largar projetos construídos previamente, conquistas ou mesmo qualquer “base” de segurança, é muito difícil.
Mas resultados extraordinários exigem atitudes corajosas.
Para relatar mais sobre o receio do desapego, convido Felipe Pandolfo, um amigo o qual presenciei tudo o que ele deixou para trás, a fim de construir uma nova jornada, e também a sua belíssima trajetória de sucesso para compartilhar conosco os receios que ele possuía na época e como os superou.
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O RECEIO DO DESAPEGO
Felipe Pandolfo – Sócio da Messem Investimentos:
Quando você optou por iniciar uma nova jornada? Qual foi a sua mudança profissional na época?
“Decidi vir para a Messem quando ainda tinha 18 anos, e é nessa época onde a nossa “mochila”, como usou Willian, está mais vazia, logo, também é o momento onde temos mais oportunidades e haviam conquistas importantes as quais eu precisaria abrir mão.’’
Qual era o seu momento profissional naquela época?
“Eu trabalhava vendendo carros, onde tinha uma remuneração boa, ainda mais para a idade, me permitia fazer o que queria e ainda ajudar em casa. Além disso, o trabalho me permitia flexibilidade para manter outros projetos.”
Do que você precisou se desapegar?
“Como disse, meu trabalho me proporcionava flexibilidade, por isso existiam outras duas opções a escolher: a de me tornar profissional no esporte que sempre pratiquei, handebol, pois tinha recém recebido uma proposta de um dos melhores times do país; e, em função de boas notas do vestibular, ganhei vagas em universidades federais.”
Como foi a sua sensação na época?
“Lembro como se fosse hoje do momento da decisão, eu sabia que ao escolher um caminho dificilmente viveria as outras experiências depois, boas notas, condicionamento físico, eram coisas que poderia não ter depois. Então, dizer sim para um projeto, era dizer não para sempre aos outros dois.
Além disso, vir para Messem parecia a escolha menos óbvia, já que eu sabia que precisaria trabalhar muito mais, nasci no interior e era bastante jovem, conquistar a confiança de investidores, só seria possível com muito esforço.”
Quais foram os principais motivadores para você tomar coragem e decidir o seu novo rumo?
“Teve um momento que me peguei pensando “Onde quero estar aos 30, 40 anos?”, nessa hora entendi, mesmo dentro da ignorância de alguém de 18 anos, que o caminho com mais crescimento e com mais aprendizado, era o caminho de assessor de investimentos. E que quanto antes entrasse nele, mais rápido eu obteria meus objetivos. Resumindo a resposta, o que motivou foi entender onde eu mais poderia me desenvolver e onde no longo prazo eu teria a melhor projeção de crescimento, afinal, nessa profissão, não temos limitadores!”
O que te fez superar esse receio?
“Minha mãe sempre me disse uma frase: “Sempre dê o seu melhor”, e até então, em todas coisas que tinha feito sempre coloquei dedicação para suceder bem. Foi onde tive a confiança de que mesmo com os desafios, eu daria o meu melhor para fazer acontecer. Hoje eu vejo que os desafios, estão em todos os caminhos que escolhermos, cabe a nós escolher se queremos ou não supera-los.
Valeu a pena?
“Nem no meu maior sonho imaginaria alcançar tão rápido, algo tão grande! Aos 22 anos fui reconhecido com um dos 50 maiores assessores do país, com 24 me tornei sócio da Messem e foi quando topei o desafio de abrir a filial da Messem na capital do país, Brasília! Desafio muito maior que eu. Atualmente o escritório aqui possui 20 pessoas, e no último ano e meio, já administramos aproximadamente 1 bilhão de reais. Valeu!”
Que mensagem você deixaria as pessoas que tem receio de abandonar algumas coisas para iniciar uma nova carreira?
“A todos que pensam em optar por uma nova carreira ou oportunidade, faço uma pergunta: onde você quer estar daqui a 5-10 anos?”
