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Com o agravamento da crise hídrica, com a conta de luz do brasileiro mais cara, o governo sinaliza que isso não deve provocar apagões e racionamento de energia. Atualmente, a crise é mais um fator de desgaste do governo por lembrar os apagões durante a era FHC em 2001.

Em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro aprovou o Programa Nacional de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Pronampe), que beneficia micro e pequenas empresas, de forma permanente.

A agenda do dia é marcada pela publicação de inúmeros índices de geração de emprego nos Estados Unidos, que devem ser acompanhados com atenção para entender as oscilações nas bolsas mundiais.

Para o setor econômico, a publicação dos dados é um termômetro que deve indicar que a política de juros baixíssimos e aprovação de programas trilionários estão tendo efeito positivo na retomada do país.

Esses e outros destaques você confere agora.

PARA O MINISTRO DE MINAS E ENERGIA, RACIONAMENTO E APAGÕES ESTÃO DESCARTADOS

Com o agravamento da crise hídrica no país, provocada pelo baixo nível de precipitação e baixíssimo nível nos reservatórios, sobe a preocupação sobre possíveis racionamentos de energia e apagões nas principais capitais. Segundo o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, porém, ambas as possibilidades estão descartadas.

Em entrevista à Folha de São Paulo, o ministro negou qualquer semelhança com os apagões que marcaram o mandato de Luiz Fernando Cardoso em 2001:

“A crise de 2001 foi completamente diferente. Em 2001, 90% da matriz era hidráulica. Havia também menos intercâmbio de energia, fundamental num sistema interligado como o nosso. Hoje temos 160 mil quilômetros de linhas de transmissão, com uma média de expansão de 12 mil quilômetros a cada ano. Com o que fizemos até agora, a situação está supercontrolada”.

Segundo o ministro, as secas são culpa do fenômeno meteorológico ‘La Niña’, e que não há como prever quanto deve chover até setembro.

Mesmo com apagões descartados pelo governo, a conta de energia já está mais cara para o brasileiro. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) já anunciou que a conta de luz deve ir ao segundo patamar da bandeira vermelha, que representa um valor adicional de R$ 6,24 a cada 100 kwh consumidos.

Isso porque o governo, via Ministério de Minas e Energia, já aprovou o uso de termelétricas mais caras para compensar a falta de energia.

“A bandeira sinaliza que a geração está mais cara e que o consumidor vai pagar isso. Ela é importante para que ele tenha a noção de que deve economizar energia. Como estamos vivendo uma crise hídrica severa, que também use água de forma mais racional”, disse o ministro à Folha.

BOLSONARO SANCIONA PRONAMPE DE FORMA PERMANENTE

O presidente Jair Bolsonaro sancionou nesta quarta-feira (02) a aprovação de forma permanente do Programa Nacional de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Pronampe), que beneficia pequenas empresas.

R$ 5 bilhões devem ser distribuídos via o programa, valor que pode ser ampliado para até R$ 25 bilhões a depender do apoio de bancos e instituições financeiras privadas.

Segundo o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, em entrevista ao O Globo, os bancos vão demorar cerca de 15 dias para liberar os recursos, por conta de um período de adaptação do sistema.

“Mais uma semana para o governo e mais duas semanas para os bancos. Acredito que os bancos vão ser mais rápidos, estão correndo até porque querem ser os primeiros a atender os clientes. A gente estimula porque a gente sabe que os recursos precisam chegar logo para nossas empresas”, disse o secretário.

AGENDA

No Brasil, o único destaque do dia fica para a publicação do Índice dos Gerentes de Compras (PMI) Composto Markit, marcado para às 10h.

Nos Estados Unidos, inúmeros índices sobre a geração de emprego no país marcam a agenda do dia. Dependendo desses resultados sociais, é sinal que a maior economia do mundo está conseguindo se recuperar enquanto mantém os juros baixíssimos. Acompanhe as publicações:

Para começar o dia, às 8h tem discurso do presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed), Jerome Powell.

Também às 8h, tem discurso de Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (ECB em inglês)

Às 9h30:

  • O ganho médio por hora trabalhada é publicado pelo U.S. Bureau of Labor Statistics;
  • Government Payrolls são publicados, mostrando quantos empregos foram criados no setor público do país;
  • Relatório de Emprego (Payroll) não-agrícola é publicado, mostrando o número de pessoas empregadas em todas as empresas não-agrícolas;
  • A Taxa de Participação na Força de Trabalho é publicada;
  • A Taxa de Desemprego é publicada pela Bureau of Labor Statistics. A expectativa do mercado é de uma redução na taxa, de 6,1% do mês passado para 5,9% para o mês de maio.

Saiba mais

Secretário de Guedes diz que crise hídrica pode afetar o crescimento econômico brasileiro


BOLSAS E CÂMBIO

No aguardo pela publicação de dados sobre geração de emprego nos Estados Unidos, as bolsas iniciaram a manhã em tons negativos, com poucos índices registrando altas.

Mais uma vez, os investidores estão na expectativa de uma boa recuperação econômica nos países desenvolvidos, que estão mantendo juros baixíssimos para estimular a retomada.

Com o aumento da inflação nos EUA, os economistas começam a temer que os efeitos sociais negativos provoquem um aumento nos juros do país.

Às 8h da manhã:

  • STOXX 600 (STOXX): +0,02%, indo a 450,89 pontos
  • DAX (GDAXI): -0,03%, indo a 15.628,40 pontos
  • FTSE 100 (FTSE): -0,06%, indo a 7.060,35 pontos
  • CAC 40 (FCHI): +0,00%, indo a 6.507,72 pontos
  • FTSE MIB (FTMIB): +0,17%, indo a 25.496,50 pontos

Assim como na Europa, as bolsas asiáticas fecharam a sexta-feira (04) no aguardo pela publicação de dados sobre a geração de emprego nos EUA. 

A inflação dos EUA segue sendo um fator de preocupação, podendo gerar altas nos juros básicos do país e esfriando o mercado de commodities.

  • Hang Seng (HK50): -0,12%, indo a 28.908,00 pontos 
  • KOSPI (KS11): -0,23%, indo a 3.240,08 pontos 
  • Shanghai Composto (SSEC): +0,21%, indo a 3.591,84 pontos
  • Nikkei 225 (N225): -0,40%, indo a 28.941,52 pontos
  • Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): +0,51%, indo a 5.282,28 pontos

Às 8h da manhã, os índices futuros dos EUA apresentam resultados mistos:

  • Nasdaq 100 Futuros: +0,10%, indo a 13.543,00 pontos
  • Dow Jones Futuros: -0,07%, indo a 34.543,00 pontos
  • S&P 500 Futuros: +0,03%, indo a 4.192,62 pontos

Acompanhe as cotações do Dólar e o Euro na manhã desta sexta-feira (04):

  • Às 9h03, o Dólar caiu1,20%, a R$ 5,08
  • Às 9h03, o Euro caiu -0,13%, a R$ 6,15

Foto: Câmara dos Deputados / Reprodução

Juan Tasso - Smart Money

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