Se você conhece a história da Bolsa de Valores, uma coisa é inegável: estamos em um momento ímpar de avanços tecnológicos.
Em poucas décadas, operações que eram feitas na base do grito dão lugar a aplicativos de celular que, apenas com acesso a internet, fazem qualquer operação financeira na velocidade da luz.
Hoje em dia, o conceito de home broker está cada vez mais popular, especialmente depois de um ano marcado pela grande expansão no número de pessoas cadastradas na B3, a Bolsa de Valores oficial do Brasil.
De acordo com a B3, o número investidores ativos saltou 93% em 2020, chegando a 3,2 milhões de pessoas.
Home broker nada mais é que as plataformas que ligam os investidores ao mercado financeiro, sem a necessidade de negociar ações em mesas de operações, que contavam com inúmeros operadores. Antigamente, todas as negociações na Bolsa eram assim.
Voltando um pouco no tempo, de onde surgiu o home broker?
Nós já contamos a história das negociações nos pregões da Bolsa de Valores brasileira, desde a criação das primeiras bolsas nas principais capitais do país até o grande período de fusões que culminou na criação da B3 em 2017.
A criação do home broker foi ocorrer no fim da década de 90, pouco antes dos acontecimentos que marcaram o fim da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro (BVRJ). Na época, a grande revolução tecnológica estava a todo vapor, com a implementação da Mega Bolsa, sistema eletrônico de acesso a todas as corretoras.
O grande destaque da implementação da Mega Bolsa é a quantidade de informações processadas diariamente nas Bolsas, que agora contavam com técnicas de programação em HTML.
Embora o modelo esteja migrando para um formato 100% eletrônico no final da década de 90, essa transição durou até 2009. Na Bovespa, o pregão viva-voz acabou oficialmente em 2005.
Mais recentemente, em 2013, os sistemas foram integrados em uma plataforma só lançada pela B3, a Plataforma Unificada Multiativos Trading System (PUMA), sistema em vigor até hoje.
O que faz um home broker?
Segundo a Bovespa, o home broker é “o acesso ao sistema de operações da BOVESPA efetivado por um cliente final via Internet, através da página de uma corretora de valores mobiliários”.
De forma direta, é uma via de comunicação eletrônica entre o investidor e as corretoras que fazem operações nas bolsas. Como tudo é feito na base de internet e aplicativos, a facilidade é a mesma que acessar contas de bancos, atividade nomeada como home banking.
A palavra chave do home broker é comodidade, pois do conforto da sua casa milhares de operações são possíveis, entre elas:
- Ver negociações e cotações em tempo real: Todas as operações feitas na Bolsa de Valores podem ser vistas a qualquer momento no home broker, inclusive acompanhar a volatilidade das ações compradas. Antigamente, acompanhar a subida e descida do câmbio e ações não era a tarefa mais prática do mundo.
- Carteira de investimentos: Em uma era marcada pela revolução da informação, a carteira de investimentos também passou por um processo de evolução com a chegada do modelo eletrônico. Com home broker, seu saldo na carteira está sempre disponível, e você pode visualizar outras ações de interesse.
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Como escolho um home broker?
Da mesma forma que você escolhe um home banking, uma pesquisa prévia é imprescindível. Embora certos aspectos sejam pessoais, você deve estar atento a gama de serviços que cada home broker oferece, e as vantagens de assinar com uma determinada corretora.
Além disso, segurança e atendimento ao cliente são essenciais. Quando você opera com dinheiro, você quer ter o maior nível de segurança possível, e quer sempre contar com alguém para te ajudar quando algum problema, ou dúvida, surgir.
Além disso tudo, vale a pena dar uma olhada mais generosa em corretoras com o selo Retail Broker dado pela B3, que, segundo a Bolsa Brasileira, “possuem estrutura organizacional e tecnológica especializada na prestação de serviços de atendimento consultivo e de assessoria financeira, prospecção de clientes e execução de ordens e distribuição de produtos da B3 para os investidores pessoas físicas e jurídicas não financeiras”.
Abaixo, veja a lista de corretoras com esse selo de qualificação operacional da B3:
Ágora | BTG Pactual | CM Capital | Fator |
Ativa Investimentos | C6 | Credit Suisse | Genial Investimentos |
Banrisul | Citi | Easynvest | Guide |
Bradesco | Clear | Elite | H.Commcor |
Icap | Inter | Itaú | J.Safra |
Mercantil do Brasil | Mirae Asset | Modal | Necton |
Nova Futura | Órama | Planner Corretora | Socopa |
Terra Investimentos | Tullett Prebon | UBS | Votorantim |
XP Investimentos |
Cada plataforma possui sua política de taxa de corretagem, especialmente as que possuem plataformas mais profissionais para day trading. Algumas corretoras até permitem a compra de pacotes de corretagem, que diminuem o custo geral.
Mesmo com a praticidade e facilidade de compra e venda de ações, é importante ressaltar que dinheiro é coisa séria, e que o melhor método de usufruir de lucros é consultando um assessor de investimentos profissional.