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Segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, o dólar não deve voltar a subir acima de R$ 5,60. O ministro comentou a respeito da alta das commodities no mundo, e como ela provoca a queda do valor da moeda no mundo.

Ontem (08), o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, comentou a respeito da economia brasileira, que deve se recuperar mais no segundo semestre do ano com a retomada dos serviços. O presidente do BC também comentou sobre a inflação, que é fator de preocupação.

O destaque do dia na agenda fica para a publicação da inflação oficial brasileira, o IPCA, pelo IBGE às 9h. A expectativa de economistas apontam para uma alta de preços em maio maior que a registrada em abril.

Nas bolsas, investidores reagem aos dados da alta de preços de matérias-primas na China, e aguardam os dados de vendas em atacado nos Estados Unidos.

Esses e outros destaques você confere agora.

PARA GUEDES, DÓLAR NÃO DEVE VOLTAR A SUBIR ACIMA DE R$ 5,60

O ministro da Economia Paulo Guedes disse nesta terça-feira (08) em um evento promovido pelo Bradesco BBI que o dólar já passou por um overshooting, e que a moeda não deve subir acima dos R$ 5,60.

“O câmbio também está se acalmando, porque nós certamente já observamos o que classificamos como overshooting. A taxa de câmbio foi a R$ 5,80, R$ 5,60, e agora recuperou-se a R$ 5,00. Provavelmente o câmbio não terá essa alta novamente”, disse o ministro.

O dólar comercial fechou o pregão de ontem (08) sendo vendido a R$ 5,035, caindo -0,05%.

Diversos motivos levam o dólar para um patamar próximo dos R$ 5,00. Um deles é o recente superciclo das commodities, provocado por investimentos massivos dos Estados Unidos e China na infraestrutura.

Alinhado aos investimentos, os juros nos EUA estão baixíssimos, sendo mantidos juntamente a programa trilionários de auxílio à população. Com maior liquidez, o dólar está mais barato no mercado internacional, ajudando a moeda brasileira a ter um melhor desempenho.

PRESIDENTE DO BC DIZ ESPERAR UMA MAIOR ABERTURA ECONÔMICA NO SEGUNDO SEMESTRE

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse em uma conferência para o banco JP Morgan que uma maior abertura econômica deve acontecer no Brasil no segundo semestre do ano. Segundo ele, a mesma euforia com o setor de serviços observada em países como Estados Unidos pode acontecer aqui.

Referenciando ao ‘novo normal’, com países sentindo impactos mais brandos quanto às medidas restritivas, o presidente do BC disse que “a economia de alguma maneira se adaptou a essa nova maneira de fazer as coisas, e acho que em grande parte [as mudanças] serão permanentes”.

Para ele, um dos maiores pilares para a recuperação é a vacinação em massa da população. Comparado a países desenvolvidos, o Brasil está atrasado nessa retomada da normalidade, mas espera-se que os mesmos efeitos observados no resto do mundo sejam identificados aqui.

Ele também disse que a inflação no setor de serviços é um ponto a se considerar na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para acontecer nos dias 15 e 16 de junho.

Campos Neto também comentou sobre a inflação brasileira, que deve ficar mais alta em maio por conta da recente crise hídrica.

“Muito já foi falado sobre inflação, e temos tido revisões para cima para 2021, pois há muitos choques, como o de reprecificação de energia”, disse o presidente do BC.


Saiba mais

Entenda como o cenário externo, commodities, resolução do Orçamento e Selic podem empurrar dólar abaixo de R$ 5,00


AGENDA

O destaque do dia fica para a publicação da inflação oficial do Brasil, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que deve ser divulgado às 9h pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

As expectativas do mercado apontam para uma inflação de 0,71% para o mês de maio, uma variação maior que a registrada em abril (0,31%).

A publicação deve refletir a recente alta nos preços provocados pela crise hídrica no sudeste e centro-oeste do país. Por conta do uso de termelétricas, a bandeira está no patamar 2 da vermelha, com a conta de luz ficando mais cara para o brasileiro. Segundo o presidente do BC, o efeito causado pela seca é temporário, mas deve marcar um IPCA alto para o mês.

Vale lembrar que, atualmente, as projeções publicadas no Boletim Focus do Banco Central (BC) apontam para uma inflação fechando a 5,44% em 2021, acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 5,25%.

Ainda no Brasil, outro destaque fica para a publicação do Índice Primário de Sentimento do Consumidor do Brasil Thomson Reuters/Ipsos às 12h. A expectativa de economistas é que a confiança do consumidor suba em junho, fazendo parte da sequência de altas que iniciou em abril.

Nos EUA, às 11h, dados das vendas no atacado em abril são publicados pelo US Census Bureau, podendo indicar uma recuperação mais acentuada da economia do país.

Às 11h30 nos EUA, saem os dados de estoques de petróleo bruto.

BOLSAS E CÂMBIO

Após ganhos extensivos de preços do setor industrial chinês, os índices europeus iniciam a manhã de quarta-feira (08) de forma negativa, registrando perdas nos seus principais índices.

O dia também é marcado pela publicação de dados hipotecários nos Estados Unidos, combustíveis e vendas em atacado.

Às 8h da manhã:

  • STOXX 600 (STOXX): 0,07%, indo a 453,67 pontos
  • DAX (GDAXI): -0,52%, indo a 15.559,10 pontos
  • FTSE 100 (FTSE): -0,51%, indo a 7.059,25 pontos
  • CAC 40 (FCHI): -0,04%, indo a 6.548,41 pontos
  • FTSE MIB (FTMIB): -0,13%, indo a 25.775,50 pontos

Acompanhando o mercado global, os índices asiáticos fecham registrando perdas nos seus principais índices.

O destaque fica para os índices chineses, representando os únicos ganhos do dia.

  • Hang Seng (HK50): -0,05%, indo a 28.758,12 pontos 
  • KOSPI (KS11): -0,97%, indo a 3.216,18 pontos 
  • Shanghai Composto (SSEC): +0,32%, indo a 3.591,40 pontos
  • Nikkei 225 (N225): -0,35%, indo a 28.860,80 pontos
  • Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): +0,08%, indo a 5.236,45 pontos

Às 8h da manhã, os índices futuros dos EUA apresentam resultados mistos:

  • Nasdaq 100 Futuros: +0,28%, indo a 13.850,38 pontos
  • Dow Jones Futuros: -0,05%, indo a 34.569,50 pontos
  • S&P 500 Futuros: +0,09%, indo a 4.229,38 pontos

Acompanhe as cotações do Dólar e o Euro na manhã desta quarta-feira (09):

  • Às 9h03, o Dólar caiu 0,23%, a R$ 5,02
  • Às 9h03, o Euro caiu -0,10%, a R$ 6,12

Foto: Agência Brasil / Divulgação

Juan Tasso - Smart Money

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