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Com o agravamento da crise hídrica, o governo federal prepara uma MP que amplia poderes do MME, ao mesmo tempo que cria brechas para possíveis racionamentos de energia no setor industrial do país.

Impulsionado pela recuperação econômica dos últimos meses, os resultados primários dos estados ficaram acima do dobro do registrado nos primeiros quatro meses de 2020.

O destaque na agenda fica para a publicação do IBC-Br, índice conhecido por ser a prévia do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.

Quanto às bolsas, um feriado na China e Hong Kong fecha os índices, enquanto o resto do mundo se preocupa com fatores macroeconômicos e dados dos setores industriais do Japão e da Zona do Euro.

Esses e outros destaques você confere agora.

CRISE HÍDRICA: GOVERNO PREPARA MP QUE AMPLIA PODERES DO MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA

Sob risco de racionamento de energia elétrica e apagões nos estados, o governo federal está preparando uma Medida Provisória (MP) que amplia o poder de atuação do Ministério de Minas e Energia (MME) na gestão de usinas hidroelétricas, retirando o poder de atuação da Agência Nacional de Águas (ANA) e do Ibama.

A Medida Provisória (MP) cria a Câmara de Regras Operacionais Excepcionais para Usinas Hidrelétricas (Care), comitê que poderá estabelecer limites de uso da energia elétrica, armazenamento e vazão das usinas, para tentar obter uma melhor gestão dos recursos hídricos limitados em um momento de crise.

“Diante do contexto crítico e excepcional que o País vivencia, para garantir a efetividade das deliberações desse colegiado, com a tempestividade necessária, torna-se premente que essas se tornem excepcional e temporariamente determinativas, podendo prever, inclusive, o estabelecimento de programa prioritário de termoeletricidade e de programa de racionalização compulsória do consumo de energia elétrica”, diz a minuta que o Estadão obteve acesso.

A crise hídrica é um fator de extrema preocupação para o governo, especialmente em um semestre que deve ser marcado pela recuperação econômica. Com a alta dos preços da energia elétrica, o setor industrial, que acaba de passar por uma crise de abastecimento de insumos, corre o risco de sofrer racionamento.

Isso, juntamente com a alta dos preços para os consumidores, pode acarretar em uma desaceleração do Produto Interno Bruto (PIB), custando caro aos cofres públicos.

Segundo o governo, a crise hídrica, que afeta principalmente o sudeste e centro-oeste do país, só deve acabar de verdade em novembro, mês que marca o fim da estiagem.

RESULTADO PRIMÁRIO DOS ESTADOS É O DOBRO DOS VALORES DIVULGADOS EM 2020

Impulsionado pela recuperação da atividade econômica que surpreendeu os economistas, os resultados primários dos 26 estados, mais Distrito Federal, da federação mais que dobraram comparado com o ano passado.

Segundo o jornal Valor Econômico, o resultado primário somou R$ 56,95 bilhões de janeiro a abril. O resultado é mais que o dobro do registrado no mesmo período de 2020, de R$ 26 bilhões.

EX-PRESIDENTE DO BC MORRE DE COVID

Morreu neste domingo (13) de COVID-19 Carlos Geraldo Langoni, ex-presidente do Banco Central (BC) após internação que durou 6 meses no hospital Copa Star, no Rio de Janeiro. O economista tinha 76 anos.

Ele atuava como diretor do Centro de Economia Mundial da FGV (Fundação Getúlio Vargas), e foi um dos grandes atuantes durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, tendo contribuído no processo de privatizações da Embraer e da Vale.

AGENDA

No Brasil, o destaque do dia fica para a publicação do IBC-Br, conhecido como o índice de atividade econômica publicado pelo Banco Central (BC). Publicado às 9h, ele serve como uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB).

Um pouco mais cedo, às 8h25, o Boletim Focus é publicado pelo Banco Central (BC), contando com a colaboração de mais de 100 instituições financeiras. O boletim é o último antes da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para acontecer nos dias 15 e 16 de junho.

No Japão, o índice de produção industrial do país avançou 2,9% em abril, resultado um pouco melhor que as expectativas de 2,5%, e uma alta significativa comparada com o crescimento do mês anterior, de 1,7%.

Na Zona do Euro, a produção industrial avançou 0,8% em abril, resultado maior que as projeções de 0,4% e maior que os resultados  do mês anterior, de 0,4%.

Às 10h, tem pronunciamento oficial de Isabel Schnabel, do Banco Central Europeu (ECB).


Saiba mais

Efeito cascata: entenda como a retomada econômica brasileira pode ser prejudicada pelos efeitos inflacionários da crise hídrica


BOLSAS E CÂMBIO

Após a publicação de dados da produção industrial no Japão e Zona do Euro, os índices europeus iniciam a manhã registrando altas nos seus principais índices, com investidores de olho em fatores macroeconômicos.

A segunda metade do mês deve ser marcada pelos efeitos decorrentes das publicações quanto à inflação nos países. Nos EUA, o medo é que a alta dos preços acarrete em um aumento das taxas de juros do país, que estão em baixa recorde.

Na Europa, os dados inflacionários e de crescimento econômico indicam que a recuperação pós-pandemia talvez não seja tão robusta quanto o esperado por economistas.

Às 8h da manhã:

  • STOXX 600 (STOXX): +0,22%, indo a 458,51 pontos
  • DAX (GDAXI): +0,16%, indo a 15.718,50 pontos
  • FTSE 100 (FTSE): +0,34%, indo a 7.158,03 pontos
  • CAC 40 (FCHI): +0,15%, indo a 6.610,73 pontos
  • FTSE MIB (FTMIB): +0,12%, indo a 25.749,50 pontos

Acompanhando o mercado global e de olho nas consequências macroeconômicas, os índices asiáticos fecharam com a maioria dos índices registrando altas.

As bolsas chinesas e de Hong Kong estão fechadas para o feriado nacional.

  • Hang Seng (HK50): +0,36%, indo a 28.842,13 pontos 
  • KOSPI (KS11): +0,09%, indo a 3.252,13 pontos 
  • Shanghai Composto (SSEC): -0,58%, indo a 3.589,75 pontos
  • Nikkei 225 (N225): +0,74%, indo a 29.161,80 pontos
  • Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): -0,89%, indo a 5.224,70 pontos

Às 8h da manhã, os índices futuros dos EUA apresentam resultados positivos:

  • Nasdaq 100 Futuros: +0,33%, indo a 14.032,38 pontos
  • Dow Jones Futuros: +0,01%, indo a 34.359,50 pontos
  • S&P 500 Futuros: +0,08%, indo a 4.239,88 pontos

Acompanhe as cotações do Dólar e o Euro na manhã desta segunda-feira (14):

  • Às 9h03, o Dólar caiu 0,20%, a R$ 5,10
  • Às 9h03, o Euro caiu -0,10%, a R$ 6,19

Foto: Ministério de Minas e Energia / DIvulgação

Juan Tasso - Smart Money

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